O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Com todo respeito ao meu grande Senador do Nordeste, que me fez aqui uma correção, e quero fazer um esclarecimento.

(Soa a campainha.)

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Primeiro, quando disse que o Senador Aloysio Nunes não havia votado ainda foi apenas para fazer menção ao art. 8º do nosso Regimento, que estabelece que as pessoas presentes devem votar. Foi apenas nesse sentido.

            Ainda hoje, tive a coragem de fazer o reconhecimento de que a didática do Senador Aloysio Nunes Ferreira foi muito mais apropriada do que a procrastinação do Senador Rodrigo Rollemberg, em que pese eu tenha votado todas as vezes com o Senador Lindbergh e contrário à posição do Senador Aloysio Nunes Ferreira.

(Soa a campainha.)

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Portanto, não cabe, neste momento, essa aula de didática que foi dada pelo Senador Cássio Cunha Lima, querendo fazer entender que eu tenha desrespeitado o Senador Aloysio Nunes Ferreira. Isso não condiz com a verdade, porque a minha relação com o Senador Aloysio Nunes Ferreira é uma relação de absoluto respeito, de reconhecimento pela sua qualidade e de admiração pela sua coragem de manter, de maneira transparente, a sua posição.

            Foi exatamente em função de ele defender, de maneira transparente, a sua posição que fiz o reconhecimento de que ele havia sido didático. E foi exatamente a partir da sua didática que podemos fazer as votações aqui.

            A forma que entendo ser a mais correta é esta: colocamos as matérias em votação e expomos ao Brasil exatamente qual é a cara do Senado Federal. Quem é a favor vota a favor, quem é contra vota contra, porque não aceito as manobras que tentam apenas procrastinar a votação das matérias.

            Nesse sentido, fiz um reconhecimento ao Senador Aloysio Nunes Ferreira, nesta tarde. Quando falei que ele não havia votado foi apenas fazendo menção ao que há no Regimento Interno do Senado, no seu art. 8º.

            Portanto, Senador Cássio Cunha Lima, com todo respeito que também tenho a V. Exª, acho que V. Exª me deve um pedido de desculpas, porque, em nenhum momento, faltei com respeito a esse grande Senador da República, que é o Senador Aloysio Nunes Ferreira, por quem tenho profunda admiração. A nossa relação é de profundo respeito, e não faz sentido eu ser chamado a atenção dessa forma no Senado Federal.

            Da mesma forma que o Senador Aloysio Nunes Ferreira votou plenamente convicto das suas posições, eu também votei e continuo votando plenamente convicto.

            Votar com coragem é votar abertamente para tudo, não apenas para a cassação de mandatos. Quando um Senador ou quando um Deputado Federal é cassado, ele é lançado ao submundo. Ele não é mais respeitado por ninguém.

            Portanto, não é nenhum ato de coragem manifestar publicamente que se quer votar pela cassação de mandato de maneira pública, de maneira aberta. Mas, quando é para votar autoridades ou para votar outras matérias mais delicadas, vamos propor o voto escondido.

            De qualquer maneira, quero dizer que respeito muito a posição de Aloysio Nunes Ferreira, que foi sempre corajosa e sempre transparente. Isto, para mim, é o que fortalece a democracia, quando as pessoas têm clareza de sua posição e a defendem de maneira transparente para a sociedade.