O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco União e Força/PSC - SE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, espectadores da TV Senado, todos que nos acompanham pelas redes sociais, hoje, o Dia Nacional de Combate ao Câncer, criado em 1988, nasceu com o objetivo de ampliar o conhecimento da população sobre o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção da doença.

            O câncer já foi considerado uma doença de países desenvolvidos. Mas nos últimos 40 anos houve um aumento na incidência e mortalidade nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as estimativas referentes ao ano de 2013 prevêem um número aproximado de 518.510 novos casos de câncer.

            Daí a importância, das inúmeras campanhas que visam orientar as pessoas sobre importância de um diagnóstico precoce. Ainda no mês passado, tivemos uma campanha mundial, alertando sobre o câncer de mama - o Outubro Rosa - e esse mês, o Novembro Azul, visa alertar sobre o câncer de próstata, o que mais atinge a população masculina.

            Contudo, Sr. Presidente, temos alertado os brasileiros, orientando-os sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, mas será que estamos oferecendo a esses mesmos cidadãos um atendimento que seja consonante com o que estamos preconizando através das campanhas?

            Quero deixar muito claro que não sou, de maneira nenhuma, contrário às campanhas de prevenção ao câncer. Sua a favor e apoio incondicionalmente a todas, sem exceção.

            Mas precisamos de medidas efetivas. As pessoas acometidas pelo câncer, seja ele de qual tipo for, precisam ter acesso rápido e eficiente, tanto ao diagnóstico, quanto ao tratamento.

            Não é possível, que tantos e tantos brasileiros precisem passar meses e meses, em alguns casos mais de ano, para conseguir fazer um exame específico que confirme o diagnóstico.

            Sabemos, Sr. Presidente, que rapidez nesse diagnóstico, é determinante para cura ou não da doença. Um verdadeiro divisor de águas, entre a vida e a morte.

            Mas não podemos esquecer que outro fator determinante é o acesso ao tratamento adequado e, para isso, hospitais especializados no tratamento do câncer fazem, realmente, toda a diferença.

            Por ser médico, ter trabalhado e coordenado a oncologia do maior hospital público de Sergipe, é que faço essa afirmação. Por muitas vezes, Senhor Presidente, vi pacientes oncológicos que estavam prontos para serem operados, terem suas cirurgias canceladas, porque o centro cirúrgico tinha que ser usado em um procedimento de emergência.

            Desde há muitos anos muitos anos venho defendendo e mostrando a necessidade de implantação do Hospital do Câncer de Sergipe e, nesse sentido, em 2011 apresentei emenda ao orçamento, junto ao Ministério da Saúde, no valor de R$ 47 milhões, dos quais foram empenhados R$ 20 milhões. Ano passado, apresentei mais uma emenda, no valor de R$ 29 milhões, com empenho de R$ 11,9 milhões e este ano foi adicionado R$ 33 milhões, valor este que aguarda autorização do limite orçamentário para apresentação de proposta.

            Dessa maneira, Senhor Presidente, poderemos ver concretizado uma dos grandes sonhos, não apenas meu, mas do povo sergipano. O sonho de darmos a nossa gente e ao nosso povo, atendimento digno, eficiente e eficaz.

            Temos sonhado juntos e a concretização desse sonho coletivo é o Hospital do Câncer de Sergipe, funcionando prontamente para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e pesquisa de ponta, dando aos sergipanos a esperança da cura e o respeito que merecem. Lembrando-nos sempre que prevenir é melhor que remediar.

            Muito obrigado.