O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim; Srªs e Srs. Senadores; senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado e telespectadores da TV Senado, hoje, sem dúvida, é um dia triste para o mundo. Ontem, perdemos uma referência mundial na luta pela justiça, pela igualdade racial e pelos direitos humanos.

            Nelson Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918 e consagrou-se como uma das personalidades mais influentes do século XX. O líder sul-africano morreu na sua residência, em Johannesburgo, para onde havia sido levado no dia 1º de setembro, após passar quase três meses internado para tratamento de uma infecção pulmonar.

            Como Presidente da África do Sul, lutou constantemente pela liberdade, pela justiça e pela democracia e inspirou gerações, principalmente os jovens, aqueles que lutam pela igualdade. Acima de tudo, lutou contra o regime segregacionista que existia naquele país, regime cruel, que foi oficializado em 1948. No entanto, a luta contra a discriminação no país o levou a ficar 27 anos recluso, 27 anos preso. Uma das coisas que me marcou quando li o livro de Nelson Mandela é que ele arrumava sua cama todos os dias. Todos os dias, ao levantar, ele deixava sua cama impecável, arrumada, no presídio.

            Em 1993, Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid. Em todo o período em que esteve preso, não se tornou vítima das injustiças cometidas contra ele.

            Não há dúvidas de que ele foi uma fonte inesgotável de solidariedade e de que seu legado estará sempre presente na construção da história.

            Concluo minha breve fala, Sr. Presidente, com a seguinte manifestação de Mandela:

Durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, lutei contra a dominação negra. Acalentei o ideal de uma sociedade livre e democrática, na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e realizar [e ele viveu], mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer.

            Esse era Nelson Mandela. Mandela nos deixa, mas sua luta por um mundo mais justo continua.

            Em nome do meu Partido; de todas as Lideranças; do Vice-Presidente da República, Michel Temer; do Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros; do Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Henrique Alves; de todos os Senadores e Deputados do PMDB e de todos os políticos do meu Partido, expresso nossas mais profundas condolências e votos de pesar.

            Que o povo africano continue de cabeça erguida, lutando pelos ideais de Nelson Mandela!

            Antes de encerrar, eu gostaria de parabenizar o Presidente José Sarney pelo brilhantíssimo pronunciamento que fez a respeito da vida, da trajetória e da história de Nelson Mandela.

            Parabéns, Presidente Sarney!

            Muito obrigado.