Discurso durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Autor
Wellington Dias (PT - Partido dos Trabalhadores/PI)
Nome completo: José Wellington Barroso de Araujo Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2013 - Página 72452

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco Apoio Governo/PT - PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu queria também dizer aqui da importância da escolha da Drª Luiza Cristina, que todos aqui já apresentaram.

            E fiz questão de levar para V. Exª, Sr. Presidente, agradecendo a todos os demais Senadores, e o Senador Inácio Arruda falava há pouco de uma invenção - ele diz até o nome do cearense -...

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco Apoio Governo/PCdoB - CE. Fora do microfone.) - Rodolfo Teófilo, farmacêutico.

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco Apoio Governo/PT - PI) - ...de Rodolfo Teófilo, a cajuína. E o nosso querido Caetano Veloso, Sr. Presidente, foi um amigo pessoal de um importante e destacado piauiense que é o Torquato Neto. O Torquato Neto, um jovem piauiense, foi para o Rio de Janeiro e fez parte da Tropicália. E acho que poucos conhecem a história desta música Cajuína, gravada pelo Caetano.

            Na verdade, o Caetano Veloso conta sobre a convivência dele com Torquato Neto - ele morreu muito jovem, Sr. Presidente, com 27 anos. Mas, quando o Caetano, logo após o falecimento dele, foi a Teresina e foi visitar os seus pais - ele conta -, a mãe do Torquato Neto o recebeu e lhe entregou uma flor, uma rosa. Na verdade, quando ele entrou na casa, ela lhe serviu uma cajuína e, contando a história de vida do Torquato, ela chorou. Aí, de volta ao Rio de Janeiro, ele fez a letra desta música - segundo o Caetano -, que conta essa história:

Existirmos: a que será que se destina?

Pois quando tu me deste a rosa pequenina

Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina

Do menino infeliz não se nos ilumina

Tampouco turva-se a lágrima nordestina

Apenas a matéria vida era tão fina

E éramos olharmo-nos intacta retina

A cajuína cristalina em Teresina.

            Então, é um poema belíssimo em que ele retrata esse momento, e o Brasil inteiro canta, mas acho que pouca gente conhece essa história.

            Então, são passagens como essa, de um grande piauiense, o Torquato Neto, que nos orgulham muito.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2013 - Página 72452