Encaminhamento durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PLV n. 26/2013 (proveniente da Medida Provisória n. 621, de 8-7-2013).

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Encaminhamento
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PLV n. 26/2013 (proveniente da Medida Provisória n. 621, de 8-7-2013).
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2013 - Página 72517

            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco União e Força/PSC - SE. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, procurarei ser breve. Não sei se conseguirei falar em um minuto apenas, mas tentarei, o máximo possível, ser breve.

            Sr. Presidente, diante de tantos encaminhamentos, de tantas discussões e de tantos debates; diante do recuo em relação ao relatório inicial, sobretudo no que diz respeito ao Capítulo V; diante dos avanços e das promessas aqui concordadas por parte do Governo, reconhecendo, sobretudo, espero, não só a Medicina mas todas as outras categorias como carreiras de Estado - a saúde pública não é só feita pelos médicos, mas é feita por 14 categorias, todas com similar importância na saúde -, com certeza, Sr. Presidente, votarei “sim”, votarei a favor do Programa.

            Agora, temos consciência, Sr. Presidente, da necessidade de mais médicos, é verdade, como de mais enfermeiros, de mais psicólogos, de mais agentes de saúde, de agentes de endemia. Que também seja reconhecido o piso dos agentes de endemia, dos agentes de saúde, que lutam anos e anos pelo reconhecimento, por um salário realmente digno para esses profissionais.

            Também temos consciência, Sr. Presidente, de que o médico não vai levar no jaleco o medicamento; não vai levar no porta-malas do carro o equipamento, o mamógrafo, nem o tomógrafo, nem a ressonância magnética, Sr. Presidente.

            Temos consciência de que é preciso mais investimentos na área da saúde, sim. Não podemos esquecer isso. É preciso mais investimento para que as pessoas, o cidadão e a cidadã brasileira, ao fazer uma consulta, não levem meses ou até mesmo anos, Sr. Presidente, sem fazer o seu exame e depois ter seu tratamento aí constituído e aí mantido.

            No meu Estado, no Estado de Sergipe, temos uma população de 87% completamente SUS dependente. Não têm outro plano de saúde. O único que têm é o SUS. Portanto, se a porta do SUS estiver fechada, se a porta do hospital do SUS, se o posto de saúde estiverem fechados, Sr. Presidente, isso pode significar a diferença entre a vida e a morte.

            É necessário mais investimento. O Governo não pode se esquecer disso, e espero que não se esqueça de que realmente prometeu e está pactuando aqui mais investimento para a saúde, Sr. Presidente.

            Como médico, como anestesista que sou - e hoje é o Dia do Médico Anestesiologista -, sei, tenho consciência de que muitas vezes na minha vida passei por essa condição. Você tem o conhecimento, Senador Capiberibe, você sabe o que fazer, mas você se angustia por não ter o equipamento necessário, por você não ter o medicamento necessário, por você não ter o anestésico ideal para aplicar naquele paciente. Pior do que uma má remuneração é uma má condição de trabalho.

            Espero que o Governo também busque a solução para que possa dar a esses médicos que aqui chegam, profissionais de todos os cantos, uma condição adequada para se trabalhar; e também aos que aqui estão sendo formados, que possa dar a eles condição digna para trabalhar.

            Por tudo isso, Sr. Presidente, e pelo acordo feito com as entidades, votarei favoravelmente à medida provisória.

            É só, Sr. Presidente.

            Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2013 - Página 72517