O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Renan Calheiros, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, na última quinta-feira, 5 de dezembro, o Hangar Centro de Convenções da Amazônia recebeu um grande evento, que reuniu lideranças do PSDB e mostrou, com clareza, o sentimento que temos hoje em nosso Estado, que é a angústia e a expectativa por mais respeito do Governo Federal com o povo paraense.

            Quase três mil pessoas foram receber, de forma calorosa, o Presidente Nacional do PSDB, Senador Aécio Neves, que ouviu as reivindicações das lideranças do Partido durante o Encontro Regional da Amazônia Oriental. Esse é o quinto encontro regional que o Presidente do PSDB faz em todo o Brasil.

            Antes do evento, Aécio Neves passou pelas ruas de Belém, concedeu entrevista na sede das Organizações Romulo Maiorana e então, já no Hangar, reuniu-se com JPSDB, a juventude tucana do Pará, sem dúvida uma das mais aguerridas de todo o Brasil, onde então ouviu o Presidente da JPSDB de Belém, Gabriel Chaves e o Presidente em exercício da JPSDB Pará, Renato Smith.

            Em seguida, com certa dificuldade por conta da quantidade de pessoas que queriam se aproximar e tirar uma foto com o Senador Aécio, iniciamos o encontro, com a presença de centenas de lideranças.

            É difícil citar todos os presentes, mas deixo o registro, em nome do próprio Governador Simão Jatene, das dezenas de prefeitos de todo o Estado, em especial dos Prefeitos Zenaldo Coutinho, de Belém; Alexandre Von, de Santarém; Manoel Pioneiro, de Ananindeua; além do Senador Mário Couto, os Deputados Federais Wandenkolk Gonçalves; Nilson Pinto; Wladimir Costa, pelo Partido Solidariedade; além de deputados estaduais do PSDB do Pará, vereadores de todos os Estados e demais lideranças.

            Nos pronunciamentos, colocamos a necessidade de revisão do Pacto Federativo, cuja distorção e enfraquecimento pelo Governo Federal atinge principalmente Estados que estão em desenvolvimento, como é o caso do Estado do Pará.

            Entre os temas, foi citado o trabalho desenvolvido para a revisão do marco regulatório da mineração, que conta com a atenção total das Bancadas de Minas Gerais e do Pará, e obras estruturantes, como o asfaltamento das rodovias federais no Estado e o uso do nosso potencial fluvial para a efetiva participação das hidrovias entre os modais de transporte. Também foi colocada na reunião a necessidade - e falarei mais à frente no pronunciamento - de um tratamento diferenciado por parte da União para a Ilha do Marajó.

            Em linhas gerais, todos cobramos mais respeito e dedicação da União em fazer com que o Pará seja beneficiado pelas suas riquezas, e não apenas explorado, penalizado e prejudicado como é hoje.

            No final, foi a vez do nosso Presidente do PSDB nacional, Senador Aécio Neves. Entre os temas abordados, Aécio destacou o quanto o PT perdeu a capacidade e a autoridade de conduzir um projeto transformador de Brasil, porque se contenta única e exclusivamente com um projeto de poder. Num tom emocionado, o Presidente do PSDB, Senador Aécio Neves, saudou as lideranças do Estado e relembrou a primeira vez que esteve em Belém do Pará.

Foi com meu velho tio Tancredo com quem vim pela primeira vez a Belém há quase trinta anos, no momento em que ele tinha sobre seus ombros a responsabilidade de nos fazer reencontrar com a democracia e com a liberdade. Desde lá, um profundo afeto me ligou ao Estado do Pará, seja por sermos Estados irmãos em razão da nossa principal matriz econômica, que é o minério, mas também por nós sermos Estados com enorme tradição cultural e religiosa, e Estados onde os valores para todos nós são extremamente caros. Falo isso porque sempre buscarei inspiração nos bons exemplos na gestão do Governador Jatene e dos demais companheiros prefeitos.

            O Presidente Senador Aécio Neves, Senador Edison Lobão Filho, também criticou o atual modelo econômico, com crescimento baixo e inflação alta, gerando absoluto descrédito do Brasil perante os investidores de dentro e de fora.

            Afinal, nós do PSDB somos o Partido da estabilidade da moeda, da modernização da economia, da responsabilidade fiscal. E o PT, lamentavelmente, se transformou no Partido que está destruindo esses pilares fundamentais da nossa economia.

            Abordando os temas nacionais, o Senador Aécio Neves comentou também aquilo que mais incomoda os paraenses. Muitas das questões agrárias de regularização fundiária, das obras de infraestrutura e de tantas outras são definidas em gabinetes fechados de Brasília, sem ouvirem a voz do povo paraense.

            Também não poderia faltar a questão da mineração. Sobre este assunto, Aécio Neves destacou a luta empreendida por nós, aqui, no Senado Federal, e o esforço do Governo em atrasar sucessivamente a discussão do tema. Mandou apenas este ano a proposta ao Congresso, mas a votação é adiada de forma sistemática. Com isso, perdemos verbas para os nossos Estados todos os dias.

            Outro ponto abordado é o plano de desenvolvimento sustentável do Marajó, lançado em 2006, pelo ex-Presidente Lula. A propaganda e a pirotecnia prometiam uma revolução no Marajó, com investimento da ordem de R$2 bilhões. Mas o que foi feito? Quase nada. Esse plano é o péssimo exemplo da forma como os governos Lula e Dilma tratam o Pará.

            Encerrando o encontro de forma cívica e emocionante, cerca de três mil presentes cantaram junto com o Governador Simão Jatene o Hino do Pará.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, fiz esse relato para transmitir ao restante do Brasil os momentos emocionantes, festivos e de enorme esperança, que tomaram conta na tarde do dia 5 de dezembro em Belém do Pará.

            Mais do que acreditar nas pesquisas que mostram o quanto a população brasileira deseja mudança, acreditamos no olhar e no sentimento das pessoas, da nossa gente.

            E foi emocionante ver o quanto a presença do Senador Aécio Neves desperta entusiasmo e garra em nossa gente, cansada de ser maltratada e desprezada por este Governo que aí está. Sem dúvida, assistimos em Belém ao fortalecimento desse sentimento de que o Brasil precisa e vai encontrar um novo rumo, com mais respeito pelos Municípios, pelos Estados e por todos os cidadãos deste País.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.