O SR. PAULO PAIM (Bloco Apoio Governo/PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu me dirijo à Mesa e queria uma resposta de V. Exª.

            A empresa Zarcone, uma das empresas que prestam serviços terceirizados a esta Casa - as benditas terceirizadas; não vou usar outro termo -, está sem pagar aos funcionários os salários do mês de novembro. Eles não têm vale-transporte, não têm vale-alimentação e não receberam também os salários, Sr. Presidente. Há um desespero, essa moçada depende disso. Para eles, R$20,00, R$30,00, R$40,00, R$50,00 é dinheiro. É o dinheiro do lanche, é o dinheiro do almoço, é o dinheiro do transporte!

            Eles me fizeram um apelo quando cheguei aqui, hoje pela manhã, no sentido de que, pelo amor de Deus, a Casa tomasse providências. É um absurdo a empresa não dar o vale-refeição e o vale-transporte. O salário, que deveria ter sido pago até o quinto dia, não foi pago, e amanhã já será dia 10. Então, estão sem salário, sem vale-transporte e sem vale-alimentação. É gravíssimo isso!

            Como nós, que cobramos tanto, que somos fiscalizadores da lei e que fizemos as leis, vamos admitir que nossos funcionários estejam sem salário?

            É uma postura, para mim, covarde dessa empresa, que deve ter recebido, e muito bem, do Senado e não paga os funcionários da Casa, que, em média, ganham R$1 mil, R$700,00, um salário mínimo. Nem pagam o vale-refeição ou o vale-transporte! Eles estão arrumando dinheiro para pegar ônibus para vir trabalhar, senão perdem o dia e perdem o fim de semana remunerado.

            Então, é o apelo que faço a V. Exª: que chame aos fatos essa tal de Zarcone, para que responda. Tenho a certeza de que o Senado pagou a essa empresa, que não pagou seus funcionários, que estão aqui desesperados. Recebi uma comitiva hoje pela manhã e outra agora.

            Então, esse é o apelo que faço, Sr. Presidente.