Discurso durante a 225ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações sobre o potencial turístico do País, advertindo para a necessidade de resolução de problemas como a carência de infraestrutura e a falta de segurança.

Autor
Casildo Maldaner (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Casildo João Maldaner
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
TURISMO.:
  • Considerações sobre o potencial turístico do País, advertindo para a necessidade de resolução de problemas como a carência de infraestrutura e a falta de segurança.
Aparteantes
Aloysio Nunes Ferreira.
Publicação
Publicação no DSF de 10/12/2013 - Página 92908
Assunto
Outros > TURISMO.
Indexação
  • APREENSÃO, ORADOR, RELAÇÃO, SETOR, TURISMO, BRASIL, DEFESA, NECESSIDADE, OBRAS, INFRAESTRUTURA, AUMENTO, SEGURANÇA, RECEBIMENTO, TURISTA, PAIS, PROXIMIDADE, OLIMPIADAS, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL.

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, caros Colegas, vou fazer alguns comentários sobre um tema não só do meu Estado, mas do Brasil.

            Eu já vinha, há dias, meditando. Recolhemos dados em nosso gabinete. Sempre tenho falado aqui do peso do agronegócio, da evolução econômica, do setor industrial de Santa Catarina, em que a diversidade se destaca, mas não poderia deixar de trazer alguns dados também sobre outra indústria que, de certo modo, não usa chaminé, como se diz na gíria, que é a do turismo.

            O turismo é algo por meio do qual as pessoas veem o Brasil: frequentam os locais, procuram conhecer, admirar, enchem os olhos. Deixam recursos com hospedagem, com alimentação, adquirem alguns bens, enfim, desfrutam, mas não levam o produto, porque se trata da beleza, de admirar. Elas enchem os olhos, pagam, mas não levam. Fica aqui.

            Então, é uma espécie de indústria que não polui, que não tem chaminés. É alguma coisa que vale a pena conservar, vale a pena cuidar, vale a pena oferecer infraestrutura cada vez melhor para quem não usufruiu ainda, não conheceu diversas coisas diferentes, não fez um turismo interno.

            Quem não conhece as belezas do Nordeste, do Centro-Oeste? Quem não conhece as características de um litoral? Quem não conhece, no Sul, os cânions, por exemplo, coisas diversas? E assim não só em relação ao turismo interno como também em outros países.

            Acho que é alguma coisa que cada vez mais cresce. Hoje há longevidade. A média de vida, cada vez mais, melhora. As pessoas investem em si e chegam ao ponto, quando se aposentam ou mesmo antes, de conhecer, ou com filhos, ou na meia idade, ou depois, algumas belezas; curtir, como se diz, tirar uma semana ou quinze dias de férias. Acho que isso faz parte de alguma coisa que precisamos fomentar e colocar como uma das prioridades em todos os setores.

            Então, trago algumas considerações em relação a isso.

            Há poucos dias, o Ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o Ministério está tentando criar um programa para que até os trabalhadores de restaurantes, os trabalhadores de pousadas, os trabalhadores que servem na alta temporada, que precisam se dedicar ao trabalho em alguns meses de grande movimento, possam, na baixa temporada, esses mesmos trabalhadores - vamos supor, lá do Sul, do nosso litoral - sair e conhecer outras regiões do Brasil.

            O Ministério está criando um fomento, Sr. Presidente, para que os trabalhadores possam se deslocar com suas famílias; para que tenham um bônus para ir, dependendo da distância, de avião. Seria um bônus para que conheçam hotéis. Há aqueles que, sendo do litoral do Sul, não conhecem as praias do Nordeste ou da Amazônia. Manteríamos, com isso, em épocas de baixo movimento, a circulação com aqueles que não tiveram o direito de conhecer, de usufruir ou de participar.

            Assim, eu diria que vai ser bom para o turismo interno, para o litoral. Quem não conhece o interior poderá conhecê-lo em momentos de baixo movimento.

            Com isso, cria-se uma atividade, geram-se recursos, cria-se o movimento. Os do Nordeste vão para o Sul e vice-versa. Acabam ocupando também os hotéis, e isso vale a pena.

            Na última quinta-feira, chegou ao Brasil o turista de número 6 milhões. Foi na última quinta-feira, na semana passada: o turista de número 6 milhões. O número é um recorde histórico e rompe a marca dos 5 milhões de visitantes, em que o País estava desde 2005.

            O fato foi comemorado pela Embratur, órgão responsável pela promoção do Brasil no exterior, com direito a telas espalhadas pela área de desembarque do aeroporto e mimos como brigadeiros e o mapa da cidade. A Embratur coordenou esse movimento, criou um fato, marcou. Foi algo diferente.

            Não há dúvida de que devemos celebrar o incremento do número de desembarques internacionais, em boa parte fomentado pela Jornada Mundial da Juventude e pela presença do Papa, que movimentou o País em julho.

            A festividade, contudo, não deve esconder que ainda estamos a uma distância abissal da imensa potencialidade do Brasil no setor e dos grandes dividendos gerados mundo afora.

            Temos um País de dimensões continentais: são mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, quinto maior Território do mundo. Maior, inclusive, que a soma de todos os países que compõem a União Europeia.

            Somente de litoral, são quase 7.500 quilômetros, banhados pelo Oceano Atlântico - mais de 9.000 quilômetros, se considerarmos as saliências e as reentrâncias, por onde se espalham praias, falésias, dunas, mangues, recifes, baías, restingas, entre outras formações.

             Somam-se a esse belo litoral as belezas da Amazônia, do Norte e do Nordeste, do Centro-Oeste de V. Exª, meu caro Presidente, o bioma único do Pantanal - que V. Exª conhece tão bem -, as riquezas históricas de Minas, a multifacetada metrópole que é São Paulo, de Aloysio Nunes, a nossa eterna cidade maravilhosa do Rio, o mosaico cultural do Vale Europeu de nossa Santa Catarina e do Rio Grande do Sul - por que não dizer, do Senador Paulo Paim, que aí se encontra -, além da nossa gastronomia única, da nossa música e nossas festas, e veremos uma pequena amostra do fantástico potencial turístico do Brasil. É uma coisa interessante! Desde já me desculpo, porque, por falta de tempo - V. Exª até disse que eu poderia ocupar a tribuna por mais tempo, mas existe um limite; foi bondade de V. Exª -, tenho consciência de que deixei de lado muitos destinos, regiões e Estados repletos de belezas e encantos.

            Os números no setor, no entanto, não têm correspondido à altura, quando comparados a outras nações. A Organização Mundial do Turismo, organismo ligado à ONU, registrou, em 2012 - no ano passado, portanto -, a movimentação de 1,3 bilhão de turistas. Desse total, o Brasil recebeu pouco mais de 0,5% - ou seja, 5,7 milhões de visitantes.

            Quando falamos na receita gerada pela atividade, a proporção é a mesma. Ficamos com US$6,6 bilhões, de um total de US$1,37 trilhão gastos no período.

            Alguns fatores contribuem decisivamente para a composição desse quadro. Obviamente, o cenário econômico internacional tem influência direta, determinando as possibilidades e o alcance das intenções dos visitantes estrangeiros. Mas não podemos negar que a infraestrutura desempenha um papel fundamental na capacitação do turismo nacional. Nossos aeroportos ainda são acanhados. Como alternativa aos aviões, nos deslocamentos internos, sobram ao turista os ônibus, opção desconfortável, quando o objetivo é vencer distâncias maiores.

            Dispomos de poucas opções para o turismo marítimo, especialmente com relação aos cruzeiros, que movimentam importantes fatias do mercado internacional. Contam-se nos dedos as cidades que dispõem de estrutura apta a receber, com conforto, transatlânticos com turistas. No Brasil, podemos contar nos dedos.

            A segurança em nossas cidades também é fator determinante. Nada mais frustrante que correr riscos, ao patrimônio e à vida, durante o precioso período de lazer. Tem que se cuidar até disso! Não se pode sair e dizer: “Vou curtir”.

            É claro que, em Campo Grande, em Dourados, no Estado de V. Exª, ou em alguns lugares do Pantanal, para descansar, isso é possível, mas, no Brasil, no geral, como um todo, não. Não dá, Senador Figueiró. Não dá!

            Gosto de lembrar uma história que ouvi há pouco tempo. Um visitante brasileiro, acompanhado da esposa, chegou, no início da noite, ao seu hotel, em uma cidade alemã. Querendo jantar em determinado restaurante, próximo dali, perguntou ao recepcionista se poderia ir caminhando. A reação do funcionário foi de surpresa com a pergunta, uma vez que a questão da segurança nem sequer estava entre o rol de preocupações concernentes à sua atividade. Nem estava! O recepcionista ficou surpreso com aquela pergunta, “se poderia ir caminhando”. Pela surpresa do recepcionista do hotel, para ir ali, logo ali, à noite, para jantar, por que isso? Aí, naturalmente, o turista brasileiro contou o que pode ocorrer aqui. Ele ficou muito surpreso: “Aqui, não. Vá, vá curtir. Não se preocupe”.

            A Copa do Mundo, no próximo ano, e as Olimpíadas, em 2016, indubitavelmente trarão considerável incremento às nossas estatísticas internas. Sem dúvida. O grande desafio, contudo, é transformar essas oportunidades em melhorias perenes, que possam contribuir para a consolidação do País na rota do turismo internacional.

            Nós temos que ter cuidado com isso. Temos que levar a sério! Temos que nos preparar. Temos que nos preocupar com isso para não criarmos uma imagem cada vez mais frustrante. Agora, temos que estar 24 horas mergulhados nisso, procurando não fazer nada desprevenidos. Não pode ocorrer o que houve lá em Joinville, ontem, por exemplo.

            Não podia ocorrer o que houve lá em Joinville ontem, por exemplo; não pode ocorrer um negócio desses. Jamais pode se alugar ou se locar: “Deixa que a segurança é por nossa conta; nós vamos contratar os seguranças”. Isso para realizar uma partida dificílima, que poderia decidir o primeiro quadro nacional entre um time do Rio e um de Curitiba, uma decisão. “Deixa que os seguranças nós contratamos.”!

            Isso não dá, de jeito nenhum, deve ser preparado previamente: “Nós precisamos de tantos homens”. Não pode. Disseram que já estava locado o estádio, em outras vezes, já haviam locado o estádio de Joinville, que já era por conta, já havia um contrato realizado há mais tempo, e que a segurança era por conta deles. Mas num caso como esse não dá, não é possível. Nós temos que pensar um pouco adiante, nos reflexos disso. Nós todos temos que pensar assim, no Brasil inteiro. Temos que ter um cuidado danado. Se não, já viu: vai chegar o ano que vem, vão chegar as Olimpíadas, e se nós não nos prepararmos, Senador Aloysio Nunes, vai ser uma decepção.

            Eu diria que, com as medidas corretas, o setor pode dar uma contribuição valiosa ao desenvolvimento econômico e social. Trata-se de indústria limpa, como eu disse no início, de alto valor agregado, envolvendo a extensa cadeia produtiva, intensiva de mão de obra. Como resultado, geração de emprego e de renda, além da arrecadação de impostos e do desenvolvimento sustentável.

            E nós temos que dar um exemplo ao Brasil; aliás, ao mundo, não só ao País. Portanto, eu não poderia deixar de trazer, nesta tarde, Sr. Presidente, algumas considerações sobre esse marco que nós tivemos este ano, quando se comemorou a chegada ao Rio do turista de número 6 milhões. A Embratur fez uma festa, e tal, e tal, porque completou 6 milhões, e não sei o quê, e tal. Isto é bonito: tapete vermelho, rosas, quitutes, abre o espumante, o champanhe, e tal.

            Vender isso ao mundo é bonito, mas temos que ter cuidado e oferecer segurança, para não ocorrer o que houve com esse brasileiro que esteve na Alemanha. Pertinho do hotel e do estádio, havia um restaurante que tinham recomendado a ele, porque não é distante, e ele perguntou se podia ir a pé. E o recepcionista da pousada, do hotel, ficou com surpreso: “Mas que pergunta! Por que isso? É logo ali”. Mas diante da pergunta: “Dá para ir caminhando?”, ele ficou surpreso.

            O Sr. Aloysio Nunes Ferreira (Bloco Minoria/PSDB - SP) - V. Exª me permite?

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria /PMDB - SC) - Com muita honra, Senador Aloysio Nunes.

            O Sr. Aloysio Nunes Ferreira (Bloco Minoria/PSDB - SP) - V. Exª aborda o tema do turismo sob diferentes ângulos, que são usualmente empregados para analisar o impacto positivo desse ramo de atividade, e aborda com a vivacidade, a competência de sempre. V. Exª lembrou, agora há pouco, a chegada do turista de número 6 milhões no Rio de Janeiro. Será que ele foi tomar banho de mar no Rio de Janeiro? Qual a condição das águas daquelas praias belíssimas? São quase todas poluídas por falta de um sistema adequado de saneamento básico. O meu Estado, o Estado de São Paulo, tem um litoral muito bonito, e há um investimento forte do Governo de São Paulo, através da empresa de saneamento estadual, a Sabesp, para criar lá uma rede de esgoto capaz de atender a população que ali mora e também a população flutuante, além de fornecer água em condições adequadas, inclusive durante as temporadas de férias, para atender a população que para ali acorre. Mas é um investimento constante, são anos e anos de investimento, de avaliação, de crítica, de busca de financiamentos. Estamos caminhando. Mas, veja V. Exª, este fim de semana, estive em um lugar belíssimo em Alagoas, norte de Maceió, um dos lugares mais bonitos do mundo, e creio que dificilmente se encontrará um lugar tão bonito quanto aquele, uma praia. A praia é linda, mas por quanto tempo continuará preservada, como é hoje, da poluição? Não sei, porque, nas cidades que pontuam o litoral, não há redes de esgoto. A população se serve de fossas ou, então, o esgoto vai para os córregos, que acabam parando no mar. Eu penso que esse é o retrato do Brasil. Não é só o Rio de Janeiro ou o meu Estado, o Estado de São Paulo, que ainda têm problemas de poluição nas praias. As praias do litoral norte ainda hoje, muitas delas, creio que a maioria delas, as mais procuradas, estão muito poluídas, não obstante o esforço que o Governo vem desenvolvendo, um esforço eficaz. Vamos trazer turistas? Vamos. Vamos acolhê-los? Vamos. É uma indústria limpa, gera empregos, multiplica os empregos, como pude ver agora mesmo, na viagem que fiz neste fim de semana e que relato a V. Exª. Há uma profusão de pequenas atividades, de pequenas oficinas, construção civil, lojas, vendedoras de produtos de beleza, restaurantes, pousadas, uma quantidade enorme aproveitando aquele recurso natural que nós temos. Mas até quando, se não tratarmos, se não investirmos na qualidade de vida das pessoas que moram lá, que moram lá, para que o turista, quando chegue, encontre uma cidade arrumada, um povo educado, um povo com saúde, a praia limpa, a natureza preservada? Infelizmente, meu caro Senador Casildo Maldaner, nós estamos muito longe disso. O senhor vem do Estado de Santa Catarina e aqui o representa muito bem. Santa Catarina é um Estado privilegiado desse ponto de vista. Mas eu penso que, infelizmente, o Brasil como um todo ainda está muito distante desses padrões mínimos de, digamos, decência e de qualidade de vida que possam fazer com que devido a essa beleza natural, a esse povo maravilhoso que nós temos, hospitaleiro e alegre, turistas realmente acorram em grande número ao nosso País.

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Recolho, Senador Aloysio Nunes, do grande Estado de São Paulo, as observações de V. Exª, que fala como autoridade não só desse setor, mas também de todos os outros que conhecemos.

            E quero receber essas observações, encerrando, Senador, e dizendo que, na verdade, é isso mesmo. O meu Estado também tem problemas. E eu sei que, inclusive, o Senador Aloysio é um dos frequentadores das belezas da costa catarinense; o Mato Grosso do Sul também, como outros Estados. Mas nós precisamos cuidar ainda mais do nosso litoral. O nosso, o catarinense, tem quinhentos e poucos quilômetros de extensão de praias. Nós temos muito que avançar. Precisamos melhorar mesmo. Há espaço para isso, e não só ali, pois há espaço para a parte interna também.

            Eu sempre brinco. Lembro-me que, certa vez, o Governador Luiz Henrique, em uma missão, foi à festa do chope, na Alemanha, em Munique. A trade turística reuniu os setores e o então Governador Luiz Henrique fez um esforço para propagar Santa Catarina, que é um Estado que, se quisessem conhecer, tem as características da Alemanha: a tradição, o eisbein, o wurst, aquele chope, que nós temos em Blumenau aquele negócio todo, etc. Quando terminou, eles começaram a questionar: “Nós aqui da Alemanha gostamos de Santa Catarina para fazer joint ventures, investir em tecnologias, fazer parcerias. Agora, para turismo, nós gostamos de conhecer Salvador, a Bahia, a Amazônia, o Pantanal, o Corcovado.”. Eles gostam de conhecer coisas diferentes. Aí nós nos conscientizamos de que Santa Catarina, na verdade, é uma minieuropa. Nós temos as quatro estações do ano muito claras em Santa Catarina; se quiser conhecer praias, tem; se quiser conhecer neve, sentir frio, nós temos. Quer dizer, as quatro estações, a variedade, uma minieuropa nós temos em Santa Catarina. Dá para fazer turismo nacional. Quem quiser conhecer, é possível.

            Mas o Brasil tem características totalmente extraordinárias. Se nós cuidarmos, como disse o Senador Aloysio, desses 8,5 mil quilômetros de extensão que temos de costa, e se contarmos as falésias e os nossos rios, vai para mais de 9 mil quilômetros, curtir isso... E isso porque não estou falando do Pantanal de V. Exª ainda, das belezas que existem neste nosso Centro-Oeste e em todos os lugares do Brasil. Nós temos um gigante ainda adormecido.

            E, para concluir, é uma indústria sem chaminé. Vem, gasta, enche os olhos, não leva a beleza e deixa o dinheiro para fomentar a profusão, segundo a expressão do Senador Aloysio Nunes, de pequenos negócios aqui e acolá, gera emprego, desenvolve, e sai alegre. Propaga lá fora, vêm outras levas, e continua isso.

            A natureza linda, coisas diferentes, matas ainda intocadas, no mundo não se encontra mais. Nós encontramos no Brasil selvas que desde a eternidade são a mesma coisa, como eram nos tempos antes da Bíblia, já estavam assim. Pessoas virão para ver como é, pagam bem para ver, querem sonhar e ver, pois só conhece o artificial, o que foi plantado. No primeiro mundo, na Europa, só conhecem o que foi plantado, uma imitação. Mas o original, para ver ali, nós temos. E isso vale a pena.

            Quero lhe agradecer pela tolerância, Senador Figueiró, do Mato Grosso do Sul, que sempre está aí conosco, não só com Santa Catarina, mas com o Brasil, pela oportunidade de trazer essas preocupações na tarde de hoje.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/12/2013 - Página 92908