Comunicação inadiável durante a 231ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Considerações sobre aspectos positivos que aconteceram em Santa Catarina esse ano corrente.

Autor
Paulo Bauer (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SC)
Nome completo: Paulo Roberto Bauer
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Considerações sobre aspectos positivos que aconteceram em Santa Catarina esse ano corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 19/12/2013 - Página 97443
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • ANALISE, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), ANO, VIGENCIA, COMENTARIO, BAIXA, TAXAS, DESEMPREGO, REGIÃO, REGISTRO, MELHORIA, CLASSIFICAÇÃO, FUTEBOL, REGIÃO SUL, CRITICA, RELAÇÃO, AUSENCIA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, RESOLUÇÃO, PROBLEMA, ESTRADA, AEROPORTO, LOCALIDADE, OBJETIVO, PARTICIPAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL.

            O SR. PAULO BAUER (Bloco Minoria/PSDB - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Jorge Viana; Srs. Senadores, Srªs Senadoras, com muito prazer, compareço a esta tribuna, já nos últimos dias de trabalho legislativo deste semestre, para dizer a V. Exªs e a todos os ouvintes da Rádio Senado e também aos telespectadores que assistem a esta sessão pela TV Senado que, durante todo este ano legislativo, ocupei, por diversas vezes, esta tribuna para fazer cobranças em nome dos catarinenses. No entanto, também estive aqui muitas vezes para divulgar boas notícias sobre Santa Catarina - e elas não foram poucas.

            Em 2013, tivemos posição de destaque nas principais pesquisas sobre os índices de desenvolvimento do nosso País. Um exemplo foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, mostrando que a taxa de desemprego de Santa Catarina é a menor do País.

            Outra pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que, dos 100 Municípios brasileiros com melhor Índice de Desenvolvimento Humano, 23 são catarinenses.

            Das 50 melhores cidades do País, 10 são catarinenses, Senadora Vanessa Grazziotin - V. Exª que é uma catarinense ilustre e, embora represente, com muito talento e com muito empenho, o Estado do Amazonas, conhece bem a realidade de Santa Catarina e, com certeza, sabe que falo aqui com muita alegria e informo esses números para o Brasil porque eles são resultado de muito trabalho.

            Hoje, quero celebrar aqui, Senador Jorge Viana, outro índice que, de certa forma, também atesta o desenvolvimento do nosso Estado, que chamo de índice Série A. Hoje, Santa Catarina tem três equipes de futebol entre as 20 melhores do País: Criciúma, Chapecoense e Figueirense. O Criciúma jogou a Série A deste ano e garantiu sua permanência na elite do futebol brasileiro. A Chapecoense sagrou-se vice-campeã da Série B e foi a sensação do campeonato. O Figueirense conquistou sua classificação de forma heroica, na última rodada, com a ajuda de outro clube catarinense, o meu Joinville Esporte Clube, que derrotou um adversário direto do Figueira na rodada final, em uma demonstração desportiva de extremo profissionalismo.

            Falando em Joinville, não posso deixar de fazer um desagravo à cidade - minha cidade -, que nenhuma culpa teve nos lamentáveis acontecimentos relacionados ao confronto físico entre torcidas organizadas do jogo entre Atlético Paranaense e Vasco. Joinville apenas cedeu, generosamente, seu estádio e foi a maior vítima de uma sequência de erros das instituições esportivas e governamentais, para não falar do erro das próprias torcidas organizadas, que demonstraram falta de civilidade. Joinville é uma cidade pacífica e ordeira. Nenhum de seus cidadãos teve participação naquele triste acontecimento. Aliás, a cidade se uniu e, no último domingo, abraçou a Arena Joinville, demonstrando, em um gesto, em uma manifestação pela paz, que quer, sim, o desporto continuando vivo e o esporte e o futebol presentes na vida da cidade.

            Mas, voltando ao lado positivo do esporte, quero destacar o significado socioeconômico de um Estado como Santa Catarina ter três times na elite do futebol brasileiro. Hoje, apenas oito Estados brasileiros contam com representantes na Série A: Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul têm duas equipes representando os Estados, cada um; Goiás e Pernambuco têm uma; Santa Catarina é o segundo Estado com mais equipes na elite do futebol, empatado com o Rio de Janeiro e atrás apenas de São Paulo.

            Não tenho dúvidas de que o futebol reflete o momento socioeconômico do Estado de Santa Catarina como um todo, que, nesta semana, também comemorou o lançamento da pedra fundamental das instalações da indústria de automóveis da BMW na cidade de Araquari, evento ao qual não pude comparecer, por ironia do destino, porque as condições de tráfego na BR-101 - que é uma via de acesso entre a capital e o norte do Estado - estavam muito comprometidas, e não consegui chegar a tempo ao evento.

            O futebol cresce conforme aumenta o mercado consumidor, com mais empresas se interessando em patrocinar os clubes e mais torcedores com renda para comprar ingressos. Tais condições são observadas em Santa Catarina. No entanto, o desenvolvimento do futebol catarinense diferencia-se do restante do País em um ponto muito significativo: ele não está concentrado na capital. Santa Catarina tem clubes de três cidades diferentes na Série A: Florianópolis, Criciúma e Chapecó. Comparando com os demais Estados, notamos que apenas São Paulo tem um clube que não é da capital: o tradicionalíssimo Santos. Ou seja, Santa Catarina é o Estado brasileiro com mais cidades na elite do futebol brasileiro!

            Essa conquista nos traz muita alegria, mas também grandes responsabilidades. Chapecó enfrentará uma série de novos desafios, que não se resumem à ampliação da Arena Condá, que é o estádio de futebol da cidade. O fluxo das estradas aumentará muito nos períodos de jogos, e as rodovias federais da região não comportam esse tráfego com segurança e eficiência.

(Soa a campainha.)

            O SR. PAULO BAUER (Bloco Minoria/PSDB - SC) - A duplicação da BR-282, no oeste, está parada, e a da BR-470 continua apenas na promessa.

            Como tudo que depende do Governo Federal, as obras do novo terminal do aeroporto de Chapecó não deslancham. Além disso, ainda não foi comprado o ILS, equipamento de segurança fundamental, especialmente para uma região tão chuvosa como aquela.

            Em Criciúma, as dificuldades não são menores. O aeroporto da cidade é de pequeno porte, e só conta com dois voos diários para Campinas. O acesso à Criciúma é feito principalmente pela BR-101 sul, cujas obras de duplicação, Srs. Senadores, já duram mais de nove anos, sem previsão do conclusão. A solução seria utilizar o aeroporto de Jaguaruna, que está pronto. No entanto, ele não pode entrar em operação...

(Interrupção do som.)

            O SR. PAULO BAUER (Bloco Minoria/PSDB - SC) - ... pois a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ainda não forneceu a liberação para sua operação, o que é inexplicável.

            Na capital, Florianópolis, o cenário se repete. As obras do contorno rodoviário da grande Florianópolis não saíram do papel, por incapacidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres, que não consegue fazer a empresa concessionária cumprir suas obrigações contratuais.

            Lamentavelmente, Santa Catarina estará entre duas cidades-sedes da Copa, Curitiba e Porto Alegre, e, a despeito de todas suas belezas naturais, não estará preparada para se beneficiar plenamente da Copa do Mundo. A responsabilidade, mais uma vez, é principalmente do Governo Federal.

            No entanto, nada disso arrefecerá o ânimo do povo catarinense. Nossa discreta participação na Copa do Mundo será compensada por um grande papel no campeonato brasileiro. Seremos o segundo Estado com mais jogos da Série A, e vamos ter o orgulho de dizer que somos o Estado brasileiro com mais cidades na Série A. Além disso, ano que vem teremos Joinville e Avaí, novamente muito fortes na Série B. Quem sabe, sonhando ainda mais alto, Santa Catarina possa ter cinco equipes na Série A em 2015. Potencial para isso nós temos. Determinação e talento são as marcas do povo catarinense.

            E, em nome do povo catarinense, aproveito a oportunidade para apresentar a V. Exªs, colegas Senadoras, colegas Senadores, os meus votos de um feliz Natal e um ano novo de muitas realizações, de muitas conquistas, e que possamos continuar, em nome do Brasil e dos brasileiros, trabalhando em favor do atendimento de suas necessidades no Senado da República. E agradeço ao Senador Jorge Viana (Fora do microfone.)

(Interrupção do som.)

            O SR. PAULO BAUER (Bloco Minoria/PSDB - SC) -... pela cortesia de me conceder este minuto a mais.

            Desejo tão somente muitas felicidades a todos, agradecendo pelo apoio principalmente aos servidores da Casa, aos servidores deste plenário, que, durante o ano inteiro, prestaram-nos atendimento, atenção desde o cafezinho até o encaminhamento da papelada. E poucas vezes alguém lembra, mas é muito importante também dizer aqui que as taquígrafas que trabalham silenciosamente, registrando todo nosso trabalho nesta Casa, também merecem carinhosamente o nosso abraço, e os taquígrafos igualmente, pelo trabalham que realizam.

            Votos de um feliz Natal.

            Muito obrigado a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/12/2013 - Página 97443