O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco Apoio Governo/PT - SP) - Meus parabéns, prezado Deputado Andre, pelo aniversário da sua cidade, Maringá.

            Com carinho e respeito ao Deputado Garotinho, eu gostaria de dizer que confio na forma com que a Presidenta Dilma avaliou que era importante manter a diretriz de suas políticas e manter o veto. Por isso, eu votarei “sim”.

            Quero aqui registrar um fato de extraordinária relevância ocorrido hoje na África do Sul, em Joanesburgo, onde, no City Soccer Stadium, eis que, no momento em que o Presidente Barack Obama foi chamado para realizar o seu pronunciamento, ele teve um gesto extraordinário. Primeiro, ele se dirigiu, subindo a escadaria daquele estádio onde se foi disputada a Copa do Mundo da África do Sul e acelerando o passo, quase correndo, ao lugar onde estavam os chefes de Estado. Ele, então, parou diante do Presidente de Cuba, Raúl Castro, o cumprimentou e, ao lado da Presidenta Dilma Rousseff, dialogou por cerca de um minuto e pouco, como tantos pudemos assistir - e eu recomendo a todos vocês que assistam a essa cena de extraordinário significado. Sabemos que, há mais de 50 anos, Cuba solicita e tem tido o apoio de todos os países da OEA e da enorme maioria dos países representados na Organização das Nações Unidas para que se termine o embargo das relações entre os Estados Unidos e Cuba.

            Hoje, realizou-se esse gesto de diálogo inspirado em tudo aquilo que representa o Presidente Nelson Mandela para a humanidade, inclusive a tal ponto de a Presidenta Dilma Rousseff ter convidado os ex-Presidentes da República, o Presidente José Sarney, o Presidente Lula, o Presidente Fernando Collor de Mello e o Presidente Fernando Henrique Cardoso para lá prestarem a homenagem a esse homem que, segundo a Presidenta Dilma, soube fazer da busca da verdade e do perdão os pilares da reconciliação nacional e da construção de uma nova África do Sul. Sua luta transcendeu as fronteiras nacionais, inspirou homens e mulheres, jovens e adultos a lutarem por sua independência e por justiça social.

            Que bom que o Presidente Barack Obama também homenageou, dizendo que Mandela havia mexido com ele próprio, despertando-o para as suas responsabilidades com os outros. “E para mim mesmo”, disse Barack Obama. “E me pôs numa viagem provável, que me conduziu até onde estou hoje.”

            O Presidente Barack Obama percebeu o significado de Nelson Mandela, sobretudo de saber perdoar, quando as coisas devem ser perdoadas. Portanto, esse gesto poderá significar o fim do embargo dos Estados Unidos em relação a Cuba.

            Quero aqui muito saudar e avalio que era da maior importância que, nesta sessão do Congresso Nacional, nós registrássemos esse gesto tão significativo, realizado há cerca de meio metro - conforme poderemos todos ver na televisão a cena hoje - de onde estava a Presidenta Dilma Rousseff, que testemunhou o diálogo e as palavras de Barack Obama trocadas com o Presidente Raúl Castro, de Cuba.

            Parabéns a todos. Parabéns à África do Sul.

            Nossas condolências e respeito ao extraordinário Presidente Nelson Mandela.