Discurso durante a 22ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do Deputado Federal e ex-Presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Autor
Alvaro Dias (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PR)
Nome completo: Alvaro Fernandes Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Pesar pelo falecimento do Deputado Federal e ex-Presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
Publicação
Publicação no DSF de 07/03/2014 - Página 5
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, VOTO DE PESAR, MORTE, SERGIO GUERRA, EX SENADOR, EX-DEPUTADO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

            O SR. ALVARO DIAS (Bloco Minoria/PSDB - PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, protocolei requerimento em nome do PSDB, um voto de pesar pelo falecimento do nosso companheiro Sérgio Guerra, ocorrido hoje pela manhã.

            Requeiro, também, que esse voto de pesar seja encaminhado à família do Deputado e ex-Senador Sérgio Guerra.

            Sérgio Guerra foi formado em Economia pela Universidade Católica de Pernambuco, foi aluno da Universidade de Harvard e trabalhou durante muitos anos como executivo e consultor de empresas. Filiado ao PSDB desde 99, ocupou inúmeros cargos públicos como os de Deputado estadual, Secretário Estadual da Indústria, Comércio e Turismo e de Ciência e Tecnologia, Secretário Extraordinário do Governo de Pernambuco, Deputado Federal e Senador da República.

Em 2007, foi eleito Presidente do PSDB, depois foi reeleito, ocupando o cargo até o ano passado, com extrema dedicação, competência e liderança, qualidades que sempre estiveram à frente de sua intensa vida política.

            O Brasil, a Região Nordeste e, especialmente, o Estado de Pernambuco perdem uma de suas mais significativas lideranças políticas.

            Em nome do PSDB apresento nossos sinceros sentimentos e solidariedade à família de Sérgio Guerra, um homem de inúmeras qualidades, que tinha compromisso com o seu País.

            Sérgio Guerra foi um dos líderes mais influentes do PSDB nos últimos anos. No seio do Partido, certamente, com uma influência decisiva, sobretudo em momentos especiais, como o da escolha de candidatos ou dos dirigentes partidários. Foi, certamente, influente e decisivo na escolha de José Serra, candidato a Presidente da República, como foi também decisivo, recentemente, na escolha de Aécio Neves para presidir o PSDB, sucedendo-o, e para se colocar como nosso candidato à Presidência da República. A influência de Sérgio Guerra deve ser reconhecida nesses episódios.

            Sérgio Guerra demonstrou aquela fibra do sertanejo nordestino. Mesmo nos momentos agudos da doença, enfrentou as suas responsabilidades. Em nenhum momento, deixou o comando do PSDB. E, recentemente, ainda em tratamento, com todas as dificuldades impostas pela gravíssima doença, ele assumiu a responsabilidade de dirigir o Instituto Teotônio Vilela, demonstrando seu apreço ao Partido, responsabilidade política, vocação política. Na verdade, eu diria que a política foi a sua existência. Ele viveu para a arte da política, um conciliador emérito.

            Sérgio Guerra me confessava horror ao denuncismo. Ele tinha pavor de ter que denunciar. Ele o fazia se necessário para cumprir a sua responsabilidade, mas não com gosto, não com prazer. Ele era um político cordial e conciliador, que atuava com discrição, não gostava dos refletores. Sérgio Guerra preferia atuar nos bastidores e atuava com muita competência e eficiência.

            Preferia o entendimento, a conversa, o diálogo ao enfrentamento exacerbado e exposto. Dessa forma que ele procurava conduzir seu Partido, o PSDB, na busca das vitórias que almejava.

            Sergio Guerra, portanto, tem a marca de um político conciliador que fará falta ao nosso Partido e à política brasileira, tão carente de lideranças conciliadoras com competência para a articulação política e, certamente, Sérgio Guerra foi um mestre da conciliação e da articulação política.

            Nossas homenagens póstumas a esse líder e nossa solidariedade a seus amigos, principalmente os de Pernambuco, mas de todo o Brasil, sobretudo, nossos sentimentos sinceros e nossa solidariedade a sua família.

            Muito obrigado, Presidente.

 

            [...]

            O SR. ALVARO DIAS (Bloco Minoria/PSDB - PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, aproveito esta oportunidade do momento triste que estamos vivendo no Senado Federal para fazer um apelo.

            Toda vez que perdemos um brasileiro em razão dessa doença, do câncer, lembro-me de que esta Casa aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição que levava aqui o número 100, que acaba com o monopólio na produção de radioisótopos, que, na medicina nuclear, é importantíssimo para prevenção e combate do câncer e de outras doenças graves. Essa proposta está paralisada na Câmara dos Deputados.

            A quebra desse monopólio é essencial, porque a produção no Brasil não atende 50% da demanda, e esse produto tem vida curta, não pode ser transportado a longas distâncias e é produzido só no eixo Rio-São Paulo. Por essa razão, a quebra desse monopólio vai permitir que o produto possa ser produzido em outras partes do País.

            Esse projeto está na Câmara dos Deputados. Nós já fizemos um apelo ao Presidente Henrique Eduardo Alves - apelo que renovo aqui, publicamente -, para que esse projeto possa ser votado, o mais rapidamente possível, na Câmara dos Deputados.

            Tenho esperança de que ele possa ser útil para salvar muitas vidas no nosso País.

            É o apelo que formulo, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/03/2014 - Página 5