Discurso durante a 25ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Voto de pesar pela morte do ex-Senador Sérgio Guerra.

Autor
José Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: José Sarney
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pela morte do ex-Senador Sérgio Guerra.
Publicação
Publicação no DSF de 12/03/2014 - Página 449
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • VOTO DE PESAR, MORTE, SERGIO GUERRA, EX SENADOR.

            O SR. JOSÉ SARNEY (Bloco Maioria/PMDB - AP) - Srª Presidente.

            A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco Apoio Governo/PCdoB - AM) - Pois não, Senador Sarney. É um prazer.

            O SR. JOSÉ SARNEY (Bloco Maioria/PMDB - AP) - Se V. Exª permitir, eu pediria que consentisse que eu fizesse uma breve e pequena comunicação.

            A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco Apoio Governo/PCdoB - AM) - Perfeitamente. Eu acho que a Senadora Ana Amélia, que é a próxima inscrita... Assim como a Mesa, a Senadora também consente que o nosso querido Presidente Sarney...

            O SR. JOSÉ SARNEY (Bloco Maioria/PMDB - AP) - Perdão, infelizmente, eu entrei e me sentei aqui, e não estava vendo que a Senadora Ana Amélia estava aqui.

            A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco Apoio Governo/PCdoB - AM) - Não, V. Exª tem toda a prevalência, Senador, de toda a Casa e sobretudo da bancada feminina.

            Então, com a palavra V. Exª, Senador Sarney.

            O SR. JOSÉ SARNEY (Bloco Maioria/PMDB - AP. Com revisão do orador.) - Srª Presidente, eu não estava em Brasília quando do falecimento do ex-Senador Sérgio Guerra.

            Passaram-se alguns dias. Mas eu achei do meu dever -- e um problema mesmo de consciência -- que ficasse nos Anais o quanto eu senti profundamente a perda desse político, que foi também meu amigo e com quem convivi durante cerca de 40 anos.

            Eu conheci Sérgio Guerra através do seu irmão José Carlos Guerra, que foi Deputado Federal em 1959, no Rio de Janeiro, e conjuntamente comigo participou do movimento renovador da UDN a que os jornalistas deram o nome de Bossa Nova. Através dele conheci Sérgio Guerra, em Pernambuco, quando ele era Secretário do Governador Miguel Arraes. E desde logo senti que se tratava de um político de grandes virtudes. Sobretudo, ele tinha uma fundamental, que era aquela de não transformar os adversários em inimigos. Ele nunca os considerava assim.

            Quando ele estava doente, também o visitei em São Paulo. Já era grave o seu estado de saúde, mas a sua preocupação com os problemas nacionais, a preocupação do homem público que ele era, estava presente e a nossa conversa quase toda não versou sobre a sua saúde nem sobre a nossa convivência, mas ela se processou sobre notícias, sobre o que acontecia no Brasil, o que estava acontecendo, analisando os fatos.

            Portanto, eu queria deixar aqui o registro de que foi um grande político.

            Aqui, no Senado, ele foi um companheiro que com todos nós sempre teve um tratamento ameno, sereno, sempre disposto a harmonizar, a não agravar os debates, a buscar uma solução de conciliação, para que jamais perdêssemos a capacidade de ter sempre uma discussão civilizada e com grandeza.

            Portanto, com essas palavras, eu quero deixar o meu profundo pesar à memória de Sérgio Guerra, em quem identifico um grande político do Brasil e também de Pernambuco.

            Muito obrigado. Muito obrigado à Senadora Ana Amélia por ter tolerado esses poucos minutos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/03/2014 - Página 449