A SRª LÚCIA VÂNIA (Bloco Minoria/PSDB - GO. Pela Liderança. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o dia 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down. No Brasil o preconceito de ontem cedeu lugar a um novo consenso favorável à integração e ao respeito a esses cidadãos especiais.

            No plano internacional, o orgulho de milhares de atletas paralímpicos, nas edições regulares dos jogos que os reúnem a cada quatro anos reitera a idéia de que para muito além das sensações efêmeras de vitória e de derrota, tão corriqueiras no âmbito esportivo, as competições podem apresentar não apenas um único vencedor no alto do pódio, mas todos os participantes como autênticos vencedores.

            A Síndrome de Down figura entre as dificuldades que acometem o ser humano no plano estrito da existência corpórea. Juntamente com outros problemas orgânicos, tanto os geneticamente herdados, quantos os resultantes de infortúnios como amputações e paralisias decorrentes de acidentes de trânsito ou de trabalho, a Síndrome de Down necessita do empenho de toda a sociedade.

            Não deve o problema de saúde, contudo, afligir os pais, familiares e amigos dos portadores de necessidades especiais a ponto de lhes roubar a alegria e o bem-estar. Em verdade, os percalços e as barreiras que a vida nos impõe é que são capazes de fortalecer nossa resistência, nossa vontade e nossa capacidade de mobilização em favor do que deve ser feito.

            Por isso, ao falarmos dos brasileiros tão especiais, impõe-se a nós, também, falar de seus amáveis cuidadores; impõe-se a nós falar das mães, dos pais, das irmãs, dos irmãos zelosos. Ao falarmos dos portadores de necessidades especiais, devemos também render nossa homenagem a todos os profissionais de saúde que, dia após dia, se desdobram para oferecer aos que deles necessitam o conforto e o apoio que todos nós ambicionamos em nossa vida.

            Cumpre mencionar que, aqui no Congresso Nacional, nós temos feito todo um trabalho no sentido de promover a integração dos deficientes à vida do nosso cotidiano.

            Eu, como Parlamentar, consegui, aqui no Senado da República, aprovar um projeto de equoterapia, método terapêutico de eficácia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina que auxilia os enfermos na reabilitação dos movimentos corporais e na sua reintegração social e psicológica à vida cotidiana.

            O contato afetuoso com os animais de montaria facilita aos deficientes a descontração necessária para o aprendizado. Na equoterapia, os movimentos corporais do cavalo auxiliam aos que, em processo de recuperação de traumas neurológicos, precisam reaprender a andar.

            É nosso dever, como Parlamentares, contribuir para o avanço possível, em nossa sociedade, que efetivamente auxilie o povo brasileiro a atingir o máximo de bem-estar social ao nosso alcance.

            Por isso, no Dia Internacional da Síndrome de Down, devemos reiterar que os brasileiros especiais precisam, cada vez mais, do nosso apoio aqui nesta Casa, para que eles possam ter uma vida tranquila, para que eles possam ser inseridos na sociedade sem preconceitos e assumir com alegria a vida que todos desejamos seja a mais feliz e a mais tranquila para todos nós.

            Portanto deixo aqui o meu abraço, o meu carinho e, acima de tudo, o meu compromisso de, como Parlamentar, trabalhar em favor dos deficientes, para que eles possam ter os seus direitos assegurados e ter, sem dúvida nenhuma, uma inserção tranquila na sociedade.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.