Comunicação inadiável durante a 44ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do impeachment da Presidente Dilma Rousseff em razão de, supostamente, concorrer para a fragilização dos Poderes da República.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI).:
  • Defesa do impeachment da Presidente Dilma Rousseff em razão de, supostamente, concorrer para a fragilização dos Poderes da República.
Publicação
Publicação no DSF de 03/04/2014 - Página 54
Assunto
Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI).
Indexação
  • DIFICULDADE, DEMORA, IMPLEMENTAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), CULPA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, OFENSA, PODERES CONSTITUCIONAIS, CRITICA, ATUAÇÃO, PRESIDENTE, CAMARA DOS DEPUTADOS, CITAÇÃO, PREJUIZO, ECONOMIA NACIONAL, DEFESA, IMPEACHMENT, CHEFE DE ESTADO, ACUSAÇÃO, IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - V. Exª é sempre muito carinhoso e bondoso com todos os Senadores.

            Sr. Presidente, quero agradecer ao Senador Aloysio por ter me concedido este horário de Liderança para falar. Muito obrigado.

            O SR. ALOYSIO NUNES FERREIRA (Bloco Minoria/PSDB - SP) - V. Exª nos representa magnificamente, meu caro companheiro.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Obrigado, Senador.

            Senadores e Senadoras, ouvintes da Rádio e da TV Senado, essa confusão toda, criada em torno da CPI da Petrobras, só tem uma fundamentação, Senador Mozarildo: ela envolve a Presidenta da República. Se essa CPI não envolvesse a Presidenta da República, não estaríamos neste impasse em que estamos hoje.

            Vão usar de todas as formas, vão usar de tudo para que essa CPI demore ou não seja instalada.

            É aquilo que eu sempre digo, Brasil, quase todas as tardes aqui: os Poderes da República estão fragilizados. A Dilma conseguiu fragilizar os Poderes; o Poder Legislativo e, agora, o Supremo Tribunal Federal. Todos sob a mão, a proteção e a ordem da Presidenta da República.

            Ora vejam, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, no dia 9 de março - diz o advogado, agora mesmo, de um dos membros do Conselho, o Sr. Cerveró -, a Secretaria de Comunicação da Presidência justificou, por meio de nota, que a Presidenta Dilma votou pela compra da refinaria com base em informações incompletas. E o Cerveró diz que o Conselho recebeu documentação completa 15 dias antes da aprovação.

            Está claro, evidente, cristalino que a Dilma cometeu um crime de improbidade administrativa.

            Aqui, quero mandar um recado ao Presidente da Câmara. Primeiro, quero dizer ao Sr. Henrique Alves que eu não tenho nem um pouquinho de medo de V. Exª. Nenhum! Nenhum! Saiba V. Exª que há uma grande diferença entre mim e o senhor: eu trabalho para o povo brasileiro, e V. Exª trabalha para a Dilma. Essa é a grande diferença entre nós, Presidente da Câmara dos Deputados, que já está anunciando, sem ler, o meu pedido de impeachment à Presidenta, altamente fundamentado na Constituição brasileira, altamente fundamentado na Lei nº 1.079.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Ele está dizendo que nós estamos fazendo graça. Graça? Por que V. Exª não trabalha para o povo? Vira as costas para o povo. Eu, não. Eu faço a minha obrigação constitucional de Senador da República. Eu trabalho pela minha Nação, pelo povo sofrido da minha Nação com este Governo.

            Essa é a grande diferença, Sr. Presidente da Câmara, entre V. Exª e o Senador Mário Couto.

            Ora, Brasil, vejam, neste momento, você que está assistindo à programação da TV Senado, vou lhe dar um conselho, um conselho de brasileiro que tem o coração verde-amarelo, de um brasileiro que dá o seu próprio sangue por esta Nação:

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - vá assistir à TV Senado agora, neste momento. Convide o seu vizinho para assistir à TV Senado neste momento, para ver o que vai acontecer neste Senado exatamente agora, o que vai acontecer com a CPI da Petrobras. Ligue a televisão, assista ao que vai acontecer. Depois, vá à sua cadeira da sala, fique pensando na situação da Pátria, fique pensando como se encontram os nossos Poderes. Poderes fragilizados são nação fragilizada. Só há uma coisa, uma única coisa que nos resta...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Fico triste a cada dia com a minha Pátria, ao ver que os dirigentes da minha Pátria são incompetentes. Notícias mais tristes a cada dia que passa.

            Mais uma notícia triste eu trago ao povo brasileiro: balança comercial. O que é balança comercial, Brasil? É aquilo que se compra e que se vende. O Brasil comprou mais do que vendeu. A balança comercial do Brasil tem o pior primeiro trimestre em 21 anos. Nos três primeiros meses do ano, houve um déficit de US$6.07 bilhões.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Já vou descer.

            Trata-se do pior resultado desde o início da série história de 1994.

            Desço, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: oposição brasileira, não se curve neste momento patriótico. Meu querido Brasil, olhe o que vai acontecer agora; olhe o que vai acontecer agora com o resultado do pedido de CPI para investigar a Petrobras.

            Sabem por que tudo isso? Porque envolve a Presidenta Dilma. E ela, sim, neste momento, deveria receber o impeachment da Nação brasileira.

            Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/04/2014 - Página 54