Pronunciamento de Gleisi Hoffmann em 02/04/2014
Explicação pessoal durante a 44ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Explicação pessoal referente a pronunciamento do Senador Aécio Neves, o qual citou suposta existência de manobra política da base governista para impedir a instalação da CPI da Petrobras.
- Autor
- Gleisi Hoffmann (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
- Nome completo: Gleisi Helena Hoffmann
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Explicação pessoal
- Resumo por assunto
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EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
- Explicação pessoal referente a pronunciamento do Senador Aécio Neves, o qual citou suposta existência de manobra política da base governista para impedir a instalação da CPI da Petrobras.
- Publicação
- Publicação no DSF de 03/04/2014 - Página 67
- Assunto
- Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
- Indexação
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- EXPLICAÇÃO PESSOAL, REFERENCIA, PRONUNCIAMENTO, AECIO NEVES, SENADOR, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), DEFESA, POSIÇÃO, GOVERNO, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
A SRª GLEISI HOFFMANN (Bloco Apoio Governo/PT-PR. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - É rápido, Sr. Presidente.
Quero apenas fazer uma referência ao que disse aqui o Senador Aécio Neves, ou seja, que estamos fazendo uma manobra. Essa palavra é muito forte. Estamos fazendo um debate político, com base no Regimento, com base nas disposições constitucionais e com base na legislação deste País.
Tudo o que apresentamos a este Plenário, tudo o que discutimos neste plenário, nesta Casa, tem base regimental e base legal. Portanto, não é manobra; é do Estado de direito, é legítimo dos Senadores, é legítimo da oposição, da situação, de qualquer Senador, fazer o debate, contraditar, defender as suas ideias e utilizar-se do Regimento Interno, da Constituição Federal e da legislação deste País para encaminhar as suas propostas e defendê-las.
Portanto, quero aqui dizer que não aceito ter a palavra manobra colocada como ação ou como atitude do que fizemos e do que discutimos. Nós estamos num ambiente democrático.
Talvez constrangido esteja o Senador, porque vai ter que se deparar com fatos duros, difíceis, para os quais não está preparado, porque não gostaria de vê-los discutidos no âmbito do Congresso Nacional. Porque nem mesmo no âmbito do seu Estado, da sua Assembleia Legislativa, permitiram - seu partido e seus Líderes - fosse instalada uma comissão de inquérito para averiguar politicamente essas denúncias tão graves que li agora.
Então, é uma oportunidade, Senador, para que a gente possa passar a limpo o que se passa em Estado de São Paulo... E me parece que falaram agora também de Minas Gerais. Até foi o Senador Aloysio Nunes quem falou. Então, será uma oportunidade para que V. Exª também passe a limpo essa situação que está acontecendo em São Paulo, bem como as outras questões que elencamos aqui, permitindo que a CPI faça essas averiguações.
O respeito às minorias não quer dizer ditadura de minoria. Há respeito à minoria. As minorias apresentam, mas não é porque são minorias que têm que se colocar e têm que prevalecer. Nós temos uma maioria aqui, eleita pelo povo brasileiro, que também merece e tem o direito de fazer os seus encaminhamentos e as defesas de sua proposta.
Eu queria deixar isso claro, Presidente, para que nós retomássemos o respeito do debate nesta Casa.