Discurso durante a 44ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cobrança de mais investimento na Zona Franca de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia; e outro assunto.

Autor
Ivo Cassol (PP - Progressistas/RO)
Nome completo: Ivo Narciso Cassol
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES, PARTIDO POLITICO. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. CALAMIDADE PUBLICA.:
  • Cobrança de mais investimento na Zona Franca de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia; e outro assunto.
Aparteantes
Magno Malta.
Publicação
Publicação no DSF de 03/04/2014 - Página 98
Assunto
Outros > ELEIÇÕES, PARTIDO POLITICO. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. CALAMIDADE PUBLICA.
Indexação
  • COMENTARIO, CANDIDATURA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MAGNO MALTA, SENADOR.
  • REGISTRO, REUNIÃO, SECRETARIO EXECUTIVO, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), BANCADA, CONGRESSISTA, ENFASE, ASSUNTO, REIVINDICAÇÃO, AREA DE LIVRE COMERCIO, MUNICIPIO, GUAJARA-MIRIM (RO), ESTADO DE RONDONIA (RO), SOLICITAÇÃO, INVESTIMENTO, SEMELHANÇA, OCORRENCIA, ZONA FRANCA, MANAUS (AM).
  • REGISTRO, ATIVIDADE POLITICA, ORADOR, ESTADO DE RONDONIA (RO), ACOMPANHAMENTO, SITUAÇÃO, CALAMIDADE PUBLICA, INUNDAÇÃO, ENFASE, NECESSIDADE, APOIO, VITIMA, COBRANÇA, GOVERNO FEDERAL, LIBERAÇÃO, RECURSOS, EMENDA, CONGRESSISTA, ATUAÇÃO, PREFEITO, SOLICITAÇÃO, BANCO DA AMAZONIA S/A (BASA), CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF), BANCO DO BRASIL, CONCESSÃO, CREDITOS, AUXILIO, AGRICULTOR, DETALHAMENTO, BENEFICIO, REGIÃO.

            O SR. IVO CASSOL (Bloco Maioria/PP - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

            Cumprimento o Senador Magno Malta. Dei sorte, porque tenho o prazer e o privilégio de contar com a presença do nosso pré-candidato à Presidência do Brasil, que está assumindo o compromisso com o povo brasileiro de trazer segurança para a população.

            Senador Magno Malta, desejo-lhe sucesso nessa empreitada, nessa caminhada, depois de tantos tiros que houve aqui, nesta Casa, para tudo quanto é lado. Hoje nós estamos vendo CPI para um lado, CPI para outro. É até bom, ótimo.

            Assim, Sr. Presidente, já se faz uma faxina, um limpa. O que está estragado, doente, corta-se. Ao mesmo tempo, demos condições para aquilo que está dando certo continuar, e aquilo que não está certo simplesmente recuperar.

            Então, é com imensa alegria...

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - Concede-me um aparte? Eu agradeço a V. Exª e à sua filha pela referência que fez a mim - sua filha, muito gentil, é Presidente do nosso Partido no seu Estado. Lá eu estive. Fiquei muito impressionado porque, num domingo, a Assembleia Legislativa estava cheia para me ouvir falar de redução da maioridade penal. Fui lá num dia não muito feliz, porque havia muita água caindo. Vi o desespero das pessoas e a angústia de quem deveria ser indenizado pelas usinas e nunca foi. Vi a angústia dessas pessoas buscando indenizações, o sofrimento das ruas. Fui a alguns abrigos. Ouvi os partidários de V. Exª, as lideranças comandadas, que morrem de saudades de V. Exª e que sonham com a sua volta. Aqueles que não gostam podem falar o que quiserem, mas há quem tenha reconhecimento pelo que V. Exª fez e pelo que V. Exª significou como governador. Qualquer cidadão que andar pelas ruas de Rondônia vai entender as razões desse reconhecimento que V. Exª tem. O meu partido, sob o comando da sua filha, entende esse clamor da população. Estavam lá para me ouvirem falar sobre a redução da maioridade penal, uma proposta inclusiva, cristã, verdadeira, que não permite que eles morram em tenra idade, que não os leva à penitenciária. Muito ao contrário; devolve um atleta à sociedade nesse processo que tenho apresentado. Por isso, quero fazer uma referência ao seu Estado, aos seus partidários e à população mais simples. Visitei alguns abrigos, e, quando disse que era Senador, aquela população simples, pobre, desabrigada, fazia a citação do nome de V. Exª. Os desabrigados precisam receber as suas indenizações, e não as receberam, pagando um preço alto pelas usinas que lá foram feitas. Não estou dizendo que não há necessidade de termos usinas, pois um país feito o nosso não se desenvolve sem energia. Mas que tivessem cumprido o seu papel com eles. As pessoas estão ali angustiadas. E sei que foi um clamor dos Senadores contra essa debilidade - não digo nem deficiência - que praticaram contra a sociedade de Rondônia. Por isso, fico muito feliz de fazer essa referência neste momento. V. Exª, quando chegou à Casa, veio fazendo coro com um discurso, fazendo propostas e projetos de lei que estão engavetados aí e que tratavam da questão da pedofilia no Brasil. Só lembrando. Espero que V. Exª tenha visto, também, no domingo o Fantástico, que mostrou a rede de pedofilia do Amazonas. Que coisa feia para aquele Deputado; que vergonha. Eu já conhecia essa pilantragem porque investiguei aquilo lá: o Cônsul da Holanda, uma rede de abuso, de violência. Os indivíduos são chamados de autoridades. Exemplo todo mundo tem de dar, mas quero parabenizar a Rede Globo por aquela reportagem. E tem mais chumbo grosso para vir sobre aquela região lá. Senador Ivo, faço referência a isso porque os primeiros discursos que ouvi de V. Exª nesta Casa foram sobre esse assunto.

            O SR. IVO CASSOL (Bloco Maioria/PP-RO) - Com certeza. Obrigado pelo aparte.

            A minha filha, Karine, a minha caçula, hoje comanda o PR, o seu partido, nosso aliado no Estado de Rondônia. Ela está à frente do partido lá e dá total apoio, tanto ela como o Deputado Luiz Cláudio, justamente na busca de construir dias melhores, especialmente, nestes momentos tão difíceis.

            Mas eu queria aproveitar esta oportunidade, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para ressaltar que tivemos, hoje, uma reunião com o nosso Secretário-Executivo, Dr. Ricardo, se não me engano com o nome, do Ministério da Indústria e Comércio, quando discutimos também a Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim. Eu dizia, especificamente, que aquela era uma reivindicação que me fez o Gerson, Presidente da Facer, a Federação das Associações Comerciais do Estado de Rondônia, juntamente com o Marcelo, Presidente da Associação Comercial de Nova Mamoré, que solicitam e reivindicam, com o apoio da nossa Bancada Federal, comandada por Nilton Capixaba - e estavam lá presentes o Deputado Carlos Magno, que marcou a audiência, bem como o Senador Raupp e os demais membros da bancada -, a aplicação, como se fez no Estado do Acre, para o Município de Nova Mamoré dos incentivos da Zona Franca - ainda que um meio termo, mas que seja contemplado.

            Além disso, tratamos do fato de que a Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim está vencendo, já em 2016, e do trabalho que estamos fazendo para poder ampliar a fim de que também ali se possa ter esse benefício,. tal como outras regiões de outras cidades que contam com esse benefício. E, embora ali, infelizmente, também esteja vencendo o prazo, até hoje só têm se preocupado com a nossa Capital do Amazonas, Manaus, isto é, com a Zona Franca de Manaus.

            Quero deixar bem claro, aqui, que apoio mais 50 anos para a Zona Franca de Manaus, desde que a Zona Franca de Guajará-Mirim, do nosso Estado de Rondônia, também seja contemplada; caso contrário, voto contra a PEC, mesmo sendo da base do Governo Federal, uma vez que espero tratamento igualitário para que possamos desenvolver um trabalho diferenciado, que, hoje, infelizmente, não podemos.

            Quero cumprimentar todos os Presidentes de associações comerciais do Estado de Rondônia, que estiveram presentes nessa audiência pública hoje à tarde, reivindicando esses benefícios para Guajará-Mirim. E reitero que não é justo, Sr. Presidente, Srs. Senadores.

            Nós temos, em Pimenta Bueno, uma fábrica de bicicletas; temos, no Piauí, o Presidente do nosso partido lá, o Ciro Nogueira, que também parece ter, lá na região, uma fábrica de bicicletas. Há, no Ceará, outra fábrica de bicicletas. E, aí, como se cobra o IPI, como se cobra o imposto, se essas indústrias não tiverem, pelo menos, uma equiparação na composição de custo, vão perder mercado para essa outra região, igual à Zona Franca.

            Portanto, como disse, não sou nada contra, desde que a nossa região do Estado de Rondônia também seja contemplada.

            Estive também, na semana passada, juntamente com o Deputado Federal Carlos Magno, o Deputado Estadual Luís Cláudio, do PR, partido do nosso Senador Magno Malta - Deputado que, aliás, recepcionou S. Exª lá no Estado de Rondônia, em Porto Velho -, quando fui recebido tanto pelo Noronha, que faz parte da Federação da Indústria e do Comércio de Rondônia, que também esteve presente, bem como o Presidente da Câmara Municipal, Lindomar Carlos, lá de Nova Mamoré, o Prefeito Dúlcio, de Guajará-Mirim, para acompanhar, in loco, as necessidades e o clamor da população afetada por essas enchentes que estão acontecendo.

            A situação está crítica. O trabalho inicial é obrigação da prefeitura, é obrigação do Estado, é obrigação do governo, ou seja, dar apoio, não só de água potável, mas também de alimentação e alojamento para que eles possam ficar melhor instalados, provisoriamente, até que as águas baixem.

            Mas o prejuízo maior ainda virá. O prejuízo já está causado. Quando as águas baixarem, terão de ser refeitas várias construções. O prejuízo é muito grande, e nós precisamos, aí sim, que o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Integração Nacional, da Secretaria de Defesa, atue imediatamente na liberação de recursos.

            Estive também com o Prefeito Laerte, de Nova Mamoré, no seu gabinete, juntamente com os seus secretários. Eu fui lá, naquele momento, não para tirar proveito político, porque muitos, às vezes, aproveitam a desgraça alheia, num momento de sofrimento, de dificuldade, e vão lá só para tirar fotos. Eu fiz o contrário. Eu fui lá, levei a legislação, levei o que era preciso para cada prefeito e seus secretários comecem a trabalhar, tão logo as água baixem, na reivindicação de que tudo aquilo que foi destruído seja reconstruído.

            Deixei bem claro para o Prefeito, tanto de Cacoal, onde estive na última segunda-feira, como para o Padre Franco, Prefeito de Pimenta Bueno, Município que também está sendo atingido, orientando, tanto a prefeitura de Cacoal, com a Drª Ivone, que é a Chefe de Gabinete, a secretária, como também o Prefeito Dúlcio, o Prefeito Laerte e todo o secretariado, para que aproveitem essa oportunidade e façam o levantamento, apurando o que aconteceu em Surpresa, distrito de Guajará-Mirim, onde uma escola municipal foi totalmente tomada pela água. Trata-se de uma obra de muitos anos e que foi praticamente roda deteriorada; tem de fazer uma escola nova.

            Reafirmo que, para isso, há recursos; são recursos que já estão alocados e à disposição para atender a esses casos de Rondônia, como nos casos dos demais Estados. Porém, para isso, ressalto que os prefeitos precisam trabalhar em cima de projetos, em cima da reivindicação daquilo que tem de ser reconstruído. São pontes que caíram, são bueiros que rodaram etc. Tudo isso pode ser alocado junto.

            Em Guajará-Mirim, é exemplo a estrada que dá acesso ao aeroporto, porque por estrada não se tem acesso pela BR-425, uma rodovia federal que está alagada; e, mesmo indo para o aeroporto, há que se passar por um desvio, porque também estava alagado. Então, tem de fazer outra ponte.

            Portanto, há recursos para isso. É dinheiro disponível que está aqui não por emenda de parlamentares, mas recursos disponíveis para atender a essa demanda nos casos de calamidade pública, nos casos de tragédia, enfim, em casos como o da enchente do Rio Madeira, que atinge os Estados de Rondônia, Acre, Amazonas e até Amapá, como vi agora há pouco.

            Portanto, esse trabalho nós fizemos junto com o Paulo Varejão, que me acompanhou, meu secretário regional. O tempo que o secretário regional trabalhava, fazia, correspondia, naquela região... Foi junto também o ex-deputado estadual, ex-secretário de saúde do meu governo e amigo particular, Miguel Sena, que também esteve presente nesses municípios, onde, in loco, nos acompanhamos a situação. Andamos pelas avenidas principais, mas não de carro, de barco a motor, porque estava tudo alagado. Até o Museu da Estrada de Ferro estava alagado. São situações que ainda vão complicar muito.

            Queria também aqui repercutir uma reivindicação, um pedido dos Presidentes das associações comerciais, tanto de Nova Mamoré como de Guajará-Mirim, o Sr. Marcelo e o Sr. Deoni Cavalcante, que solicitam que o Basa, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica liberem recursos para capital de giro, de modo a atender essas demandas reprimidas, uma vez que a maioria dos comerciantes, hoje, se encontra com enormes prejuízos e precisam se recuperar para continuar produzindo e trabalhando. Portanto, que se crie uma linha de crédito emergencial, com juros subsidiados e com prazo de pagamento no longo prazo. Com isso, nós vamos conseguir atender a essa demanda, pois, hoje, infelizmente, essa situação de calamidade tem causado um prejuízo muito grande para a população de Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e demais Municípios do Estado de Rondônia, como Cacoal. Mas a situação de Guajará-Mirim é pior ainda.

            Mas, ao mesmo tempo, tenho aqui em minhas mãos o Ofício nº 45, de 2 de abril, encaminhado hoje pelo nosso amigo, ex-Secretário de Agricultura do Estado de Rondônia - nós fizemos um projeto e um trabalho extraordinário em prol da agricultura do nosso Estado, o que hoje não acontece mais -, Deputado Estadual Luiz Cláudio, do PR, um pré-candidato nosso a Deputado Federal, quando fez uma reivindicação para que o Banco da Amazônia crie, facilite e, ao mesmo tempo, conceda uma anistia para os produtores ribeirinhos do Baixo-Madeira e do Rio Madeira para cima também.

            Por que isso? Essas são regiões, Sr. Presidente, onde, quando a água baixa, mesmo no período da chuva, é plantado feijão de corda, bem como todas as culturas usuais na nossa agricultura - mandioca, batata doce, milho, feijão, arroz. Contudo, infelizmente, hoje, além de esses produtores deverem aos bancos, a sua produção foi para a cucuia. A produção dos nossos agricultores a água levou; e o que não levou, infelizmente, está afogado, causando um prejuízo inimaginável.

            Portanto, com essa liberação de recursos, com o acompanhamento da Emater, nós vamos conseguir, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, atender e liberar mais recursos, a fim de que essas pessoas sejam atendidas, como é o caso, hoje, de São Carlos, que está debaixo d’água, como em parte de Calama, em Santa Catarina e em tantos outros lugares e distritos que passam por essa situação e que precisam ser contemplados com essa reivindicação.

            Portanto, nós precisamos urgentemente que o Basa, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica liberem esses recursos, por intermédio do Governo Federal. Precisamos trabalhar aqui uma anistia para esses pequenos produtores, os comerciantes e os empresários, liberando recursos com juros subsidiados, com um tempo de amortização mais alongado, para que eles possam pagar e também atender a essa demanda reprimida que têm, uma vez que o prejuízo causado pelas enchentes do Rio Madeira e seus afluentes foi muito grande, como se pode ver em Pimenta Bueno e Cacoal. Eu estive em Cacoal esta semana e constatei que a situação também ali é crítica.

            Eu estive ontem com o nosso Ministro e já o coloquei a par da situação em relação à cidade de Cacoal, de Guajará-Mirim, de Nova Mamoré, para liberar mais casas, casas populares para a baixa renda, para atender a essas pessoas que estão em local de risco, para que possam ser construídas essas casas e, com isso, fazer, nesses locais de alagamento um parque, um parque ecológico, criar uma estrutura nova, para que, assim, no futuro, não tenhamos o incômodo das dores de cabeça, como tem acontecido.

            Além disso tudo, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, sempre tive muita preocupação, e continuo tendo, com a liberação dos recursos em nosso Estado. Tenho trabalhado, diuturnamente, junto com os demais colegas, para liberar recursos. A exemplo disso, quero, aqui, colocar a cidade de Rolim de Moura.

            A cidade de Rolim de Moura me acolheu, em 1996; a partir de 1997, como Prefeito da cidade. A população de Rolim de Moura, além de ter me colocado como Prefeito no primeiro mandato, me reelegeu para um segundo mandato. Depois, em 2002, quando renunciei ao mandato de prefeito para concorrer a uma cadeira de Governador do Estado de Rondônia, concorri ao Governo do Estado de Rondônia e, mais uma vez, fui abençoado não só pela população de Rolim de Moura, mas pela população do Estado de Rondônia.

            Então, é minha obrigação, Sr. Presidente, é minha obrigação, Srªs e Srs. Senadores, colocar recursos, especialmente para todos os Municípios, mas também eu não posso deixar de lado a minha casa, e a Prefeitura de Rolim de Moura teve vários convênios. Teve um convênio, a construção de um centro odontológico, no valor de R$255 mil - o valor que nós liberamos aqui foi R$250 mil -pavimentação asfáltica e construção de ponte, mais R$880 mil para atender à cidade de Rolim de Moura.

            Mas por que estou falando isso? É porque, de repente, no meio do caminho, nós temos pessoas maldosas, que acabam, às vezes, dizendo: “O Senador Ivo Cassol não levou recursos para a sua cidade, onde foi Prefeito por dois mandatos.”

            Portanto, levei para lá pavimentação asfáltica, mais R$880 mil; aquisição de máquina. É a patrola nova que está trabalhando no Município; é a retroescavadeira nova que está trabalhando no Município; é a roçadeira hidráulica que está dentro do Município; é um caminhão que está dentro do Município; é o carro de passeio, o carro utilitário que está dentro do Município.

            Esses são os recursos que eu liberei para que a Prefeitura pudesse adquirir esses equipamentos, mais R$1,1 milhão, como também liberei recursos, R$2 milhões, para a cidade de Cerejeira comprar maquinário, equipamentos, patrolas, carregadeiras, PCs e tantas outras máquinas; como também liberei recursos para comprar uma patrola lá no Vale do Paraíso; como também liberei recursos para comprar caminhões em outros Municípios.

            Não foi diferente também com a reforma hidráulica e elétrica da Unidade Mista do nosso Município.

(Soa a campainha.)

            O SR. IVO CASSOL (Bloco Maioria/PP - RO) - Liberamos R$1,85 milhão, no final do ano, para que possa ser executada a melhoria, a recuperação do nosso hospital de base, nosso hospital municipal de Rolim de Moura.

            Além disso tudo, também liberamos, no começo do ano passado, mais R$2,471 milhões para a infraestrutura urbana: pavimentação asfática, galerias e tantas outras obras.

            Além disso, também colocamos, no final do ano passado, um recurso extra de R$3.954.600. Na verdade, eram R$4 milhões, mas, muitas vezes, na Prefeitura, há algum engenheiro ou alguns assessores que não analisam direito e perderam quase R$50 mil.

            Houve emenda de bancada? Houve emenda de bancada, sim, mas todo mundo sabe que eu nunca falei que emenda de bancada era dinheiro para o Município. Eu sempre dizia que o Governo Federal nunca teve interesse em liberar emenda de bancada em lugar nenhum. Eles enrolam os Parlamentares e acabam não liberando.

            Conseguimos recursos para a reconstrução de pontes e bueiros, no valor de R$3,4 milhões, dos quais já foram liberados R$1,3 milhão. Foram conseguidos em parceria com o Senador Raupp, com a Deputada Marinha, com o Deputado Carlos Magno para o nosso Município de Rolim de Moura. Deveriam ser R$8 milhões, que viraram R$3,4 milhões, porque as obras de reconstrução, na verdade, só seriam essas.

            Quando fui Governador do Estado de Rondônia, fiz projeto de saneamento básico para a cidade de Porto Velho, quando foram liberados mais de R$500 milhões. A obra está parada hoje. Não concluíram nem o projeto executivo. Água tratada já está autorizada, já foi aprovada - o Tribunal de Contas sancionou -, e nem assim o Governo do Estado consegue concluir. São mais de R$100 milhões, e eu tinha deixado mais de 50% pronto.

            Ao mesmo tempo, recursos também foram para a cidade de Vilhena, para saneamento básico e para obras de drenagem profunda. Também foram para a cidade de Ji-Paraná e para a cidade de Ariquemes. Também foi liberado recurso para a cidade de Jaru - se não me engano, o valor foi R$55 milhões. E não foi diferente o meu trabalho como Governador com a cidade de Rolim de Moura, de R$36,1 milhões. Foram R$36,1 milhões.

            Quando Governador, fizemos o projeto e, agora, como Senador, nós, da Bancada da Zona da Mata, trabalhamos diuturnamente para liberar esses recursos. Essas obras já foram contratadas e estão sendo executadas com os recursos que nós trabalhamos em conjunto aqui em Brasília.

            Esses recursos, tanto da parte do saneamento, R$36 milhões, e os R$3,4 milhões, conseguimos em parceria com o Senador Raupp e com a Deputada Marinha, juntamente com o Deputado Carlos Magno. Faço tudo em parceria com ele. Ao mesmo tempo, mais R$10,505 milhões foram liberados por este Parlamentar, Senador Ivo Cassol, para Rolim de Moura, para fazer as obras essenciais, as obras necessárias.

            Nós, Senadores e Deputados Federais, não temos a caneta na mão nem poder para fazer as obras, nem para contratá-las, nem para executá-las e nem para licitá-las. Só temos condições, sim, com a caneta na mão, Sr. Presidente, de fazer a emenda individual ou a emenda de bancada para colocar à disposição dos Municípios. E, aí, sim, o trabalho é uma obrigação dos prefeitos.

            Ainda há prefeitos que muitas vezes, Sr. Presidente, acabam perdendo os recursos. Nós temos que ligar para os Municípios e falar com os prefeitos para eles tirarem o pé do chão e colocarem a coisa para andar. Se não, acabam perdendo os recursos, e é ruim para todo mundo. Fiz várias ligações e, graças a Deus, os recursos, a maioria deles, foram liberados, as obras estão acontecendo, e quem ganha com isso é a população.

            Não foi diferente com o Município de Santa Luzia, onde coloquei recursos para pavimentação asfáltica da avenida do Riacho Doce, que vai lá para o balneário, recurso, na época, não me recordo se foi de R$1,300 milhão;

(Soa a campainha.)

            O SR. IVO CASSOL (Bloco Maioria/PP - RO) - recurso também para a pavimentação asfáltica da rua ao lado da delegacia; mais recursos para fazer galerias na zona rural; mais recursos para fazer galerias na cidade.

            Na cidade de Alta Floresta não foi diferente. Coloquei recursos lá também, Sr. Presidente, para que se pudesse fazer a pavimentação em bloquete nas avenidas da cidade. Mais R$1,3 milhão, se não estou enganado, para cascalhamento nas estradas vicinais. Assim também foi no Município de Alto Alegre, mais R$600 mil. Município de Ministro Andreazza, Município de Vilhena também assim. No Município de Colorado também não foi diferente, Sr. Presidente. Colocamos lá mais de R$2,5 milhões de recursos à disposição para atender especialmente às obras que estão sendo feitas dentro da cidade de Colorado, que são galerias de concreto armado. O custo maior para fazer o asfalto não é a parte alta da cidade. É aquela parte baixa, que tem alagamento, que tem banhado e que tem um córrego. Além de você botar a galeria, fazer a drenagem, você ainda precisa fazer o aterro, tirar o solo mole e colocar aterro bom para poder fazer a pavimentação.

            Estou fazendo essa parceria com o nosso companheiro Enedino; Airton, de Cerejeiras; José Rover, de Vilhena, enfim, com todos os prefeitos dos 52 Municípios do Estado de Rondônia.

            “Ivo, você poderia ter feito mais.” Eu também queria ter feito mais. Trabalhei para isso. Mas, graças a Deus!

            Parabéns para a Presidente Dilma, Senador Paim, que botou para andar a Ministra de Relações Institucionais, responsável pela Casa Civil, acompanhada do assessor, Claudinei. Esse é um picareta, Ministro adjunto!

(Soa a campainha.)

            O SR. IVO CASSOL (Bloco Maioria/PP - RO) - Estou aqui falando para ele. Enrolou a gente, enganou a gente. Vem com conversa fiada, e a gente faz compromisso com os prefeitos, depois eles não priorizam, Sr. Presidente.

            Então, que seja macho, que seja homem! Eu falava isso já para o novo Ministro que assumiu a Casa Civil, o Mercadante. Esse tratamento com a Bancada Federal é fundamental. Nós não estamos indo lá encher o saco, perturbar, como tem alguns que fazem. Ao contrário, nós ajudamos o Governo Federal. Nós somos da Base, mas nós não podemos ser tratados como se não fôssemos ninguém. Nós não podemos ser tratados, Sr. Presidente, como se simplesmente nós, aqui, estivéssemos atrapalhando a administração, a gestão - mais dois minutinhos para terminar aqui, Sr. Presidente, se V. Exª permitir.

            Estou aqui desabafando neste momento porque há prefeitos que, muitas vezes, saem daqui e voltam lá para o Município dizendo: “O Senador botou aqui um caminhão, e agora não saiu.” Não saiu porque esse picareta do Claudinei - estou dando o nome - e os outros que estão com ele trabalhando...

            Eu fui lá esses dias, Sr. Presidente, para poder falar com ele, para ele me dar explicação, mas nem sequer deu bola, nem sequer conversou. Mas também não tenho que estar perdendo tempo com uma pessoa que simplesmente já tinha que ter voltado para o Estado de origem.

            Isso deixa a gente, infelizmente, triste, porque na verdade essas pessoas deveriam estar ajudando a Presidente Dilma, deveriam estar colaborando com a Presidente Dilma, porque ela tem trabalhado diuturnamente para compensar os estragos que esses incompetentes fazem.

            Mas já foi um alívio quando trocou a Ministra que não deu no couro, que não deu conta. Mas também vai levar o marido lá para não sei onde, nos Estados Unidos, que entende de música, para olhar avião, caramba!

(Soa a campainha.)

            O SR. IVO CASSOL (Bloco Maioria/PP - RO) - Aí não tem jeito. Isso é subestimar, é brincar conosco aqui no Senado Federal!

            Pega o marido, que é tocador de flauta no Exército... Não tenho nada contra o pessoal do Exército. Defendo o pessoal do Exército. Mas que levasse alguém que entendesse de aviões de caça, e não alguém que entende de tambor, para tocar no dia 7 de setembro!

            Portanto, desculpem-me o desabafo, mas é verdade.

            Sr. Presidente, eu me coloco à disposição.

            Vou mais uma vez afirmar a minha luta. Sou um Senador do Brasil, mas da minha luta eu não abro mão, para continuar defendendo o povo da minha terra, o povo do meu Estado.

            Obrigado, de coração.

            Que as pessoas continuem orando para que Deus continue me abençoando, me iluminando e dando saúde e paz. Do resto nós corremos atrás.

            Que Deus abençoe todo mundo.

            Muito obrigado. 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/04/2014 - Página 98