Pela ordem durante a 54ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da agenda política do orador como pré-candidato à Presidência da República; e outro assunto.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA, LEGISLAÇÃO PENAL, SEGURANÇA PUBLICA. POLITICA ENERGETICA, CORRUPÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).:
  • Registro da agenda política do orador como pré-candidato à Presidência da República; e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 16/04/2014 - Página 233
Assunto
Outros > ATIVIDADE POLITICA, LEGISLAÇÃO PENAL, SEGURANÇA PUBLICA. POLITICA ENERGETICA, CORRUPÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
Indexação
  • REGISTRO, ATIVIDADE POLITICA, ORADOR, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, VISITA, ESTADO DO PARANA (PR), ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), ESTADO DE ALAGOAS (AL), DEFESA, NECESSIDADE, REDUÇÃO, MAIORIDADE, IMPUTABILIDADE PENAL, AUMENTO, QUANTIDADE, AGENTE, DELEGADO, POLICIA FEDERAL.
  • COMENTARIO, AQUISIÇÃO, REFINARIA, PETROLEO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), DENUNCIA, CORRUPÇÃO, DEFESA, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, fiz esse pedido pela ordem, porque preciso fazer um registro muito importante. Até pedi vênia ao Senador Alvaro, que é o próximo orador, e ele vai retardar um pouco para chegar à tribuna, para que eu possa fazer esse registro.

            Desde que coloquei o meu nome, Senador Mozarildo, e apresentei ao meu Partido, solicitando legenda para disputar a eleição de Presidente da República, tenho andado por este País. Inclusive já estive no Estado de V. Exª, onde V. Exª é respeitado, bem-visto pela sua postura e caráter de homem público - e faço o registro porque lá estive duas vezes. E estive num momento emblemático da vida do Estado, quando da prisão do procurador - aquele pedófilo desgraçado que ia três vezes por dia com crianças de cinco, sete anos de idade para o motel, e está preso. Viva ao juiz, Dr. Jarbas, que o sentenciou a mais de 30 anos, com aqueles empresários bandidos! E já naquela ocasião, as referências que o povo fazia a V. Exª. Eu estive na Câmara de Vereadores, lotada de cidadãos do seu Estado para ouvir o debate proposto sobre segurança pública, abandonada neste País.

            Mas, esta semana, eu estive em Curitiba, na terra do Senador Alvaro e do Felinto. E, lá na terra do Senador Alvaro, falei na Assembleia Legislativa para 36 Deputados.

            Agradeço muito a recepção, o respeito deste debate de combate à violência do País de fronteiras abertas, urgentemente necessitando fazer a redução da maioridade penal. E esse é um clamor.

            À noite, estive com o Pastor Silas Malafaia, na Advec, num congresso de líderes, para seis mil líderes. Ao falar para seis mil líderes, Senador Alvaro, a resposta dos líderes do Brasil que amam a família e que amam os princípios foi a receptividade, a colocação do meu nome para fazer um debate de segurança pública dentro do processo eleitoral deste ano.

            De lá fui para Aracaju, onde fui muito bem recebido na Assembleia Legislativa, num debate com a sociedade civil, absolutamente receptiva, porque a dor da sociedade deste País é a segurança pública.

            O Governo vigente, além de ter abandonado, faz afirmações de que não o fará, porque quem faz um trabalho duro para derrubar uma PEC que propõe redução de 18 anos para 16 anos, o que não muda absolutamente nada, já que quem tem 16 tem 18, manda dois recados para a sociedade: um é que vocês continuem sendo assaltados, esfaqueados, mortos, com ônibus queimados e gente estuprada na rua. E o recado bom para os bandidos: até 18 anos, matem, estuprem, sequestrem, porque nós estamos aqui para proteger vocês.

            Fiz um debate com uma resposta muito forte da sociedade brasileira e da sociedade do Estado de Sergipe. Falei à imprensa, aos meios de comunicação, e a dor e a resposta de quem está nas ruas é muito grande, Senador.

            À noite, fui à Igreja Assembleia de Deus lotada, quase quatro mil pessoas. E eu agradeço muito a movimentação do Deputado Pastor Antônio, pois foi uma apoteose.

            De lá, eu fui para Alagoas. Em Alagoas, falei no Fenasp, num evento que envolvia mais de 1.200 líderes e pessoas. Falei às emissoras de rádio e televisão, discutindo esse abandono nos 20 anos de segurança pública deste País, um País de fronteiras abertas.

            O que me impressiona é que a Argentina está bem ali, com 32 milhões de argentinos, 48 mil homens na Polícia Federal, Senador Avaro Dias. O nosso querido Brasil tem quase 200 milhões, e não tem seis mil homens na operacional da Polícia Federal do Brasil. Não há seis, com quase 200 milhões. Em 1.100 quilômetros de fronteira aberta com o Paraguai, tem apenas 47 policiais federais, 8 delegados e 39 agentes. Nos 700 quilômetros de fronteira aberta com a Bolívia, não tem nada. E em quase 3.000 abertos no nosso entorno da Amazônia. Aí a droga entra, porque nós não temos polícia de fronteira. Neste País não tem um orçamento de fronteira, este país não tem ministério de segurança pública.

            Esse debate foi colocado para a sociedade lá em Alagoas.

            Eu quero agradecer muito, pela resposta, à Deputado Rosinha, ao Deputado JHC, jovem Deputado Estadual, à Deputada Estadual Thaise também, que luta pela acessibilidade, por ser cadeirante, como a Deputada Federal Rosinha.

            E foi um debate plural, dentro da dor da proposta da sociedade, sem viajar na maionese.

            Agora eu quero afirmar que encerrei ontem, em Natal, no Rio Grande do Norte. À noite eu falei para quase três mil pessoas. No Rio Grande do Norte, eu fiz as televisões, fiz os telejornais, fiz as rádios e a resposta do povo é muito forte.

            Agora, há uma coisa que esses Estados todos falam em coro: esse dado novo dessa compra maravilhosa que a Petrobras fez, comprando a metade de uma sucata, sucata comprada por 42...

            Foi a segunda vez na história em que a Matemática foi contrariada, porque a primeira vez que a Matemática foi contrariada foi quando Jesus curou dez. Só um voltou para agradecer. Um ficou maior que nove e nove ficaram menores do que um. E agora também eles querem contrariar a Matemática, querendo provar que R$1bilhão e 200 é muito menor do que R$42 milhões.

            CPI é fato determinado. Essa balela de que estão querendo investigar, esmiuçar em época eleitoral a Petrobras, isso é falácia. Ninguém quer esmiuçar a Petrobras. Quer investigar um fato lesivo, em que aconteceu desvio de conduta e desvio de dinheiro público dentro da Petrobras. Pronto. É um fato determinado. Qual é o fato determinado? A compra da tal refinaria.

            E todo mundo, até os mais simples cidadãos deste País, aonde a gente acha que a informação não chega... Mas nós não podemos esquecer que parabólica custa cento e poucos reais divididos em 20 vezes, e todo mundo tem parabólica. Esse assunto já chegou ao cidadão comum. E o cidadão comum, Senador Alvaro, sabe de tudo, sabe dos números. E o mais difícil de tudo isso, com todo o respeito... Eu não tenho nada contra o Governo nem contra a Presidente.

            Todo mundo sabe que eu fiz campanha para a Presidente Dilma. Todo mundo sabe. Todo mundo sabe que, no segundo turno dela, no meu segmento - eu sou evangélico e tenho orgulho disso -, eu viajei este País por 28 dias, falando de cinco a oito vezes por dia para dessatanizar a Presidente Dilma. Inclusive estive no seu Estado, estive no Estado do Senador Capiberibe e ajudei a virar a eleição do filho dele, que estava no segundo turno, fazendo essa cruzada em favor da Presidente Dilma.

            Não tenho nada contra ela, mas tenho tudo a favor do Brasil. Eu assinei a CPI da Petrobras porque meu coração é verde e amarelo.

            Eu tenho sentimento nativista, sentimento por esse torrão onde eu nasci, porque a Petrobras é a lágrima, é o choro do povo brasileiro e a lágrima do povo trabalhador.

            O que mais me assustou em seguida é que tem os dois conselhos: o conselho da sucata e o Conselho da Petrobras. E acima dos dois conselhos tem o conselho dos donos, Senadora Lídice. E o conselho dos donos, sabe quem nos representa no conselho dos donos? Quem é o dono da Petrobras? O cara que está preso.

            Mamãe me acode! Morde aqui para ver se sai leite!

            Agora eu só espero ver chover para cima, porque o resto tudo eu já vi.

            O cara que é dono da Petrobras está no conselho dos donos, acima do conselho, é o cara que está preso. E eles detectaram que o cara colocou a Presidente para assinar um contrato incompleto, sem determinados artigos. E ela, como é inocente, assinou. E aí eles puniram o cara. E dessa parte eu gostei, que o cara fui punido. Tirou ele da Petrobras e botou na BR Distribuidora.

            Mamãe me acode! Mamãe me acode! Me engana que eu gosto! Me engana que eu adoro! 

            E aí, Senador, eu estou dando um relatório de onde eu passei. E as pessoas falam isso e cobram. Os homens públicos agora, se entrarem no aeroporto, se saírem do aeroporto, as pessoas vêm e falam: “Você assinou a CPI da Petrobras?” Não é porque a pessoa tem nada contra ninguém, não. As pessoas querem saber o seguinte: “Você está defendendo o que é nosso ou não?” É como se estivesse perguntando assim: “Você está defendendo o que é nosso?” Eu tenho certeza de que lá no seu Estado é assim: “Mozarildo você assinou a CPI? Você assinou ou não assinou?” O povo vem para cima. As redes sociais estão aí.

            Então, eu quero fazer um relatório para achar que esse troço está no âmbito aqui e quero advertir aos Srs. Senadores que acho que têm muita coragem. Tem gente que tem coragem de mamãe onça, porque o cara que levanta um microfone desse e defende essa lesividade - não sei nem se tem essa palavra; se não tiver inventei agora - na Petrobras... O cara que tem coragem de defender o indefensável para mim é um herói, para mim é um herói.

            E eu quero dizer a eles, alertar que os simples deste País, que vêm tudo pela parabólica, estão dispostos a punir, a punir, em 2014, com o instrumento veloz e forte do voto aqueles que realmente não choram o interesse do povo. Essa dor que o povo tem de não ter votado a PEC de Aloysio Nunes, que para mim não dá nenhum passo... É só um gesto. Olhe só que coisa. De 16 para 18, para mim não muda nada, mas o gesto já conta, já vale, já vale. E derrubaram! Com que argumento?! Que argumento flácido! Dizendo àquela senhora que está sentada no ponto de ônibus: “Nós não temos nada com a senhora”. À família enlutada do empresário que foi assassinado e colocado na mala do caro, um homem que dava 10, 15, 20 empregos - quem gera empregos gera honra -, que foi assassinado com um tiro na cabeça por um homem travestido de criança, aos 17 anos de idade: “Tire a mão de mim que eu sou menor”? Essa família enlutada, o recado que recebe é dos mais negativos possíveis.

            Por isso eu preciso fazer este registro, porque eu estou andando, estou falando com a população na rua, estou ouvindo a população e é isso realmente que é o anseio da população brasileira.

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/04/2014 - Página 233