Discurso durante a 72ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque para os benefícios sociais e econômicos que a Copa do Mundo proporcionará ao Brasil.

Autor
Anibal Diniz (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Anibal Diniz
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ESPORTE.:
  • Destaque para os benefícios sociais e econômicos que a Copa do Mundo proporcionará ao Brasil.
Aparteantes
Wellington Dias.
Publicação
Publicação no DSF de 16/05/2014 - Página 408
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ESPORTE.
Indexação
  • EXPECTATIVA, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, BENEFICIO, BRASIL, ESCLARECIMENTOS, GASTOS PUBLICOS, GOVERNO FEDERAL, ENFASE, EVOLUÇÃO, TECNOLOGIA, APLICAÇÃO, INFRAESTRUTURA, CRIAÇÃO, EMPREGO, AUMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), TURISMO, COMENTARIO, NECESSIDADE, SOLUÇÃO, PROBLEMA, ATRASO, OBRAS, CITAÇÃO, CONFERENCIA, REALIZAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, INGLATERRA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO ESPORTE, ALDO REBELO, JUSTIFICAÇÃO, PROTESTO, FOCO, DEMANDA, MELHORIA, SAUDE, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE, SEGURANÇA.

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Senador Paim. É uma boa notícia.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, trago aqui, Sr. Presidente, algumas informações colhidas do Portal da Copa, do Blog do Planalto, da verificação de parte da palestra que o Ministro Aldo Rebelo proferiu na Inglaterra, para trazer alguns números, algumas informações importantes sobre o legado da Copa do Mundo no Brasil, que começa daqui a 29 dias.

            Devo dizer também que este assunto já foi abordado aqui ontem, com muita competência, com muita ênfase, pelo Senador Humberto Costa, nosso Líder da Bancada do PT aqui no Senado, e hoje também foi objeto de um pronunciamento do Senador Jorge Viana, exatamente porque são informações muito relevantes, que tenho certeza de que são de total interesse do povo brasileiro.

            O povo brasileiro é um povo apaixonado pelo futebol. O Brasil é considerado, no mundo, o país do futebol exatamente porque, além das grandes conquistas, do pentacampeonato mundial, o Brasil tem uma tradição de promover o campeonato de futebol mais competitivo, um dos mais competitivos, com a revelação de talentos em praticamente todas as categorias, todas as séries, nas séries A, B, C e D... Onde há futebol há revelação de talento e onde há rivalidade há torcida que se apresenta para apoiar os seu times, os seus clubes. Ao mesmo tempo, o fato de a Copa do Mundo acontecer no Brasil 64 anos depois, certamente, é motivo de orgulho para o povo brasileiro, principalmente para aqueles que são apaixonados pelo futebol.

            Então, Sr. Presidente, eu gostaria de, inicialmente, parabenizar a qualidade do pronunciamento feito ontem pelo Líder do PT no Senado, o Senador Humberto Costa, tentando desmontar as falácias que são repetidas à exaustão por determinados setores, para tentar divulgar a ideia de que o nosso País está à beira do colapso e que a Copa do Mundo no Brasil será um grande prejuízo para a Nação.

            Não há nenhuma chance de isso acontecer. A Copa do Mundo no Brasil é algo que vai fazer bem para o Brasil, vai fazer bem para o povo brasileiro e, certamente, vai fazer bem para a imagem do Brasil no mundo, porque todas as pessoas que virão para o Brasil assistir aos jogos da Copa ou que vão assistir a esses jogos pela televisão, que vai transmitir para todo o mundo, certamente vão ter uma impressão positiva do nosso País.

            Os mesmos que dizem que a Copa do Mundo não vai fazer bem ao Brasil dizem que gastos públicos desenfreados para a Copa estariam comprometendo setores de serviços essenciais à população, tais como saúde e educação. Nada mais falso! Por isso, tenho a honra de destacar trechos do pronunciamento do Líder e fazer um registro acerca dos mitos sobre a Copa e seus verdadeiros legados.

            Gostaria de reafirmar, por exemplo, que, dos R$8 bilhões do custo dos estádios, R$4 bilhões sairão dos Governos Estaduais e Municipais; os outros R$4 bilhões estão a cargo da iniciativa privada. Ou seja, o Governo Federal não tem aplicado dinheiro em estádio de futebol como é apregoado por determinados setores da mídia ou da oposição. O dinheiro do Governo Federal para a Copa está sendo gasto em obras de infraestrutura urbana, especialmente em obras direcionadas à mobilidade urbana e que são obras de investimentos que ficarão como um legado para a sociedade brasileira.

            É certo que, no novo Aeroporto de Brasília, já na fase final de execução - e ficou lindo, pelo menos o setor que pude visitar quando do meu último voo a Rio Branco -, nós temos agora um espaço muito mais adequado, muito melhor, bonito e com acomodações muito melhores. Todos esses são espaços que serão úteis para recepcionar os turistas durante a Copa, mas ficarão como legado para a população, para todos os brasileiros que passam por Brasília. E olha que estamos exatamente no centro do País, onde praticamente é feito o maior número de conexões. Então, todo mundo vai usufruir de uma obra dessas, não só com o advento da Copa, mas daqui para frente e por muitos e muitos anos.

            Depois da Copa do Mundo, os metrôs, os corredores de ônibus, os trens leves, as expansões de aeroportos e a modernização da tecnologia móvel do 4G continuarão a ser utilizados, não desaparecerão, é claro!

            Temos 12 sedes oficiais da Copa do Mundo, mas os benefícios econômicos, culturais, esportivos e sociais do megaevento ultrapassam as fronteiras das capitais que receberão os jogos. A partir da divulgação oficial dos centros de treinamento das 32 seleções, o torneio estende sua influência pelo interior de São Paulo, chega a três cidades baianas, além de Salvador, inclui Sergipe, Alagoas e Espírito Santo no mapa do mundial e mobiliza torcedores e mobiliza torcedores e empresários em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.

            E o legado da Copa do Mundo ultrapassa a construção ou reformas de estádios ou aeroportos. Na verdade, temos aqui uma grande oportunidade.

            De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas, encomendado pela consultoria americana Ernest Young, a realização da Copa do Mundo no Brasil pode gerar até 3,6 milhões empregos no País. Isso é extremamente relevante e já seria suficiente para transformar a Copa num grande benefício para o Brasil, no seu ciclo completo.

            Também é esperado um acréscimo de 0,4% ao ano do Produto Interno Bruto, ou seja, à economia do Brasil, pelo menos até 2019, entre aumento da arrecadação de tributos e das obras de infraestrutura que teremos em todas as 12 cidades-sede. Esses investimentos também tornarão o Brasil um destino de eventos de turismo ainda mais conhecido.

            O pronunciamento do nosso Líder Humberto Costa fez referência, muito adequadamente, à avaliação do professor da Fundação Getúlio Vargas, Pedro Trengrouse, que é consultor da ONU para a Copa do Mundo. Ele disse: “a relação entre o nosso PIB [o Produto Interno Bruto do Brasil], o que estamos investindo para a Copa e o que vamos ganhar com ela é similar à de uma pessoa que, recebendo R$4,5 mil por mês, resolve dar uma festa gastando apenas R$3,00”. Ou seja, o custo da Copa, para o porte que tem o Brasil, é muito menor e tentaram transformar isso num dado negativo, Senador Paim.

            Mas a verdade é que os benefícios econômicos e sociais dos investimentos realizados poderão multiplicar os recursos que o Brasil poderá dispor para investir ainda mais em transporte, saúde e educação.

            A Copa do Mundo, temos certeza, irá potencializar benefícios econômicos, de infraestrutura e de recursos humanos.

            Micro e pequenos empresários, por exemplo, contabilizam R$370 milhões em negócios potencializados pelo megaevento, de acordo com informações do Sebrae. No plano da qualificação de profissionais que atuam no setor produtivo ligado ao turismo, mais de 166 mil pessoas se inscreveram no Pronatec Copa até abril de 2014. A expectativa original era preencher 157 mil vagas até o Mundial. Isso demonstra como a Copa tem sido recebida na verdade.

            Além disso, podemos destacar, também, que o Brasil já realizou outros eventos esportivos de grande porte e teve experiência de benefícios anteriores.

            No último dia 7 de abril, o estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) sobre o impacto econômico da Copa das Confederações de 2013 apontou que o torneio gerou um movimento de R$20,7 bilhões, sendo R$11 bilhões referentes a gastos de turistas, do Comitê Organizador Local (COL) e de investimentos privados e públicos, e outros R$9,7 bilhões como renda acrescentada ao PIB brasileiro.

            Agora, a expectativa é de que a Copa do Mundo gere, pelo menos, três vezes este valor, podendo chegar a um valor de circulação, geração de dinheiro, nesse período de aproximadamente R$60 bilhões.

            Na área de segurança, o investimento de R$1,9 bilhão projetado para o Mundial de 2014 já se materializa em Centros de Comando e Controle, que ficam como legado de estrutura física e tecnológica, além de incentivarem a criação de um modelo de gestão integrada das forças de segurança.

            Estruturas móveis de monitoramento, equipamentos modernizados e uma sequência de treinamentos, em vários pontos do País qualificam milhares de profissionais que atuam nas áreas de inteligência e prevenção de situações de risco.

            Na área acadêmica, um grupo de pesquisadores, de vários cantos do mundo, está atento ao projeto Andar de Novo, coordenado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Uma das metas de curto prazo do projeto é possibilitar que um paraplégico, usando um exoesqueleto batizado de Brasil Santos Dumont, se levante da cadeira de rodas e caminhe por cerca de 25 metros e dê o pontapé inicial do Mundial de 2014.

            Todas as atenções e oportunidades estão voltadas para nós. Serão, aproximadamente, 40 bilhões de telespectadores que verão os jogos da Copa, espalhados por todo o mundo.

            E, dito isso, gostaria de destacar, também, que não se trata, aqui, de estar alheio aos problemas que o Brasil tem enfrentado na preparação para a Copa. Há atrasos nas obras e há previsões que não se concretizaram.

            O Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, inclusive, foi franco, na última quarta-feira, em Curitiba, quando, em um evento em Curitiba, disse que há atrasos e que é frustrante a gente se deparar com eles, mas ressaltou que as obras não serão paralisadas e serão, sim, concluídas para beneficiar a população.

            É claro que, se chegarmos aos jogos da Copa e houver uma parte do aeroporto que não estiver concluído, não tem problema, pois será concluído depois e continuará servindo o povo brasileiro. Se há uma grande obra de mobilidade urbana, um veículo leve sobre trilhos, um sistema diferenciado que não foi concluído até a Copa, não tem problema, será concluído depois e vai ficar a serviço do povo brasileiro.

            Esses aspectos todos, Senador Wellington, nos deixam totalmente à vontade para defender, junto à população brasileira, junto aos brasileiros que gostam do futebol, a tese de que podem ficar tranquilos, pois vamos ter uma excelente Copa. E vamos estar na torcida para que o Brasil tenha um excelente desempenho e, de preferência, conquiste o hexacampeonato. E que a gente possa, sim, mostrar a boa receptividade brasileira, estar com o sorriso aberto para os nossos visitantes e mostrar que o Brasil é exatamente este País maravilhoso que faz questão e fica muito feliz em receber as pessoas.

            Ouço com atenção o aparte de V. Exª, Senador Wellington Dias.

            O Sr. Wellington Dias (Bloco Apoio Governo/PT-PI) - Eu agradeço a V. Exª e quero parabenizá-lo pela forma didática com que resgata todo esse ponto. Às vezes, fico examinando e fico meio incrédulo. Quantos países do mundo colocaram todas as suas energias, os seus chefes de estado, seus esportistas, para ganharem o direito de sediar a Copa do Mundo? Eu me lembro, e não faz muito tempo, a vibração do povo brasileiro quando ali, com a presença do Presidente Lula, a gente teve a defesa e a aprovação do Brasil como o país sede da Copa do Mundo. Primeiro, porque o esporte é algo extraordinário; ele unifica as pessoas. Depois, porque ele representa o momento de o Brasil se tornar mais conhecido no mundo. Quantos de nós conhecíamos a África do Sul em tamanha profundidade como passamos a conhecer após a Copa do Mundo? E, assim, em outras partes do mundo. Veja a quantidade de obras que foram feitas pensando para toda a história do Brasil e para todos os brasileiros. Quem entra hoje no aeroporto de Brasília ou no aeroporto em São Paulo ou no aeroporto em Pernambuco, quem viaja por novas linhas e redes de metrô, quem vai hoje a cidades como Pernambuco encontra ali uma nova situação, com grandes investimentos, feitos com a integração de Municípios, Estado e Governo Federal, mas principalmente o Governo Federal. Digo isso para mostrar que, mesmo em Brasília, tive o privilégio de entrar no Mané Garrincha e constatar que não tem nada a ver com aquele estádio que tínhamos antes. É uma casa que não é só para o futebol; é para as grandes atividades do Brasil - shows, momentos evangélicos, encontros da juventude -, enfim é um espaço do qual o setor privado participa, e isso em muitos cantos do Brasil, exceto no Maracanã, por exemplo, porque é um patrimônio brasileiro. Então, quero aqui me somar a V. Exª. O meu Estado tem um complexo esportivo na Parnaíba, que, infelizmente, atrasou também por problemas diversos. Em Teresina, a Presidenta Dilma estará lá amanhã e esteve lá há dois meses, celebrando para que tivéssemos ali um plano de mobilidade urbana. Acho que a Copa será um momento rico, maravilhoso. Acho que quem é apaixonado pelo esporte, como V. Exª, lá do nosso querido Rio Branco, no Acre, onde tive o prazer de partilhar de uma festa bonita desse time do qual V. Exª é torcedor, foi dirigente, apaixonado. Da mesma forma que, no meu Piauí, no domingo, estaremos lá participando, com certeza, da disputa do campeonato estadual. Então, essa paixão, com certeza, está no sangue do povo brasileiro. E será uma festa. Sabe qual é a melhor festa? Tenho certeza de que o Felipão vai nos conduzir para mais um título de campeão internacional de futebol, porque o Brasil tem essa paixão por diversos esportes, mas a paixão maior é o futebol. Portanto, parabenizo V. Exª por essa forma brilhante com que traz aqui, para nós e para o povo brasileiro, a importância da Copa do Mundo, a importância de o Brasil sediar a Copa do Mundo. Muito obrigado.

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT-AC) - Obrigado, Senador Wellington. Incorporo integralmente o aparte de V. Exª.

            Reforço que são, hoje, 12 sedes da Copa do Mundo - 12 cidades brasileiras, 12 capitais receberão os jogos da Copa -, mas se candidataram a sede 17 capitais, inclusive Rio Branco. Nós fomos candidatos com nossa Arena da Floresta, apresentamos todos os requisitos e ficamos até o momento final, na última escolha, quando foram definidas as 12 sedes.

            Por que essas cidades todas se candidataram? Porque tinham a certeza de que as cidades-sede iriam receber grandes investimentos, como estão recebendo. E, hoje, além das cidades-sede, as cidades que estão recebendo as seleções para treinamento também acabaram sendo contempladas com esses investimentos.

            Então, na realidade, a Copa do Mundo está gerando um movimento superavitário, um movimento que está contribuindo nas mais diferentes dimensões da economia nas localidades onde, de alguma forma, o evento está fazendo chegar os seus efeitos.

            Para concluir, Sr. Presidente, Srs. Senadores, eu gostaria ainda de citar a palestra do Ministro Aldo Rebelo no King’s College, em Londres, na Inglaterra. Ele disse o seguinte:

A ideia de que há no Brasil um grande movimento contra a Copa é falsa. O que há é uma aspiração legítima da população para melhorar a educação, a saúde, o transporte, a segurança. Manifestantes, às vezes, procuram aproveitar a visibilidade do evento internacional para dar dimensão a suas reivindicações.

            Quem discorda disso, Senador Wellington Dias? É natural que as pessoas queiram ir às ruas. E é natural que as pessoas queiram utilizar um momento de maior visibilidade para terem as suas reivindicações conhecidas. Mas quem pode assegurar que isso significa ser contra a Copa, significa ser contra que a Copa aconteça no Brasil, significa estar contra que o Brasil vença a Copa? Não é nada disso.

Manifestantes, às vezes, procuram aproveitar a visibilidade do evento internacional para dar dimensão a suas reivindicações. Mas o Brasil só tem a lucrar com a Copa do Mundo de 2014 e com os Jogos Olímpicos de 2016. Quando o Japão foi escolhido, recentemente, para sediar as Olimpíadas de 2020, a Folha de S.Paulo [a mesma que, permanentemente, tem questionado os investimentos que o Brasil tem feito neste momento pré-Copa] fez um editorial muito interessante. Dizia que o Japão lutou pelos Jogos para alcançar dois grandes objetivos: retomar o crescimento de uma economia estagnada há décadas e reconquistar o protagonismo diante da projeção e da sombra que a China lança sobre o Japão com o seu crescimento, com a sua expansão, com as suas iniciativas tecnológicas, como homem no espaço, patentes. Eu leio esse editorial e digo: para o Japão, as Olimpíadas têm objetivos nobres e geopolíticos, e, para o Brasil, elas são um problema, uma confusão que deveríamos descartar.

(Soa a campainha.)

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Nesse sentido, hoje mesmo, o Senador Jorge Viana fez referência à frase de Nelson Rodrigues sobre o complexo de vira-lata. Por que termos essa compreensão sempre negativa sobre as coisas que dizem respeito ao Brasil?

           Quer dizer, para o Japão, conquistar a realização das Olimpíadas, Senador Wellington, é motivo nobre tanto do ponto de vista geopolítico como do ponto de vista econômico, mas, para o Brasil, isso é problema. Por quê? Nisto se traduz claramente o complexo de vira-lata: para os outros, é nobre; para nós, é um problema.

           Continua: “Eis um debate que só uma realidade concreta, a Copa e os Jogos Olímpicos, vai encerrar. Não será uma discussão resolvida pela teoria morta do debate, mas pela teoria viva dos fatos.”

           O povo brasileiro está acompanhando esses dias, e eu tenho a certeza de que a torcida vai estar cada vez mais...

(Interrupção do som.)

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Tenho a certeza, Sr. Presidente, de que a torcida vai estar cada vez mais mobilizada para abraçar a nossa Seleção e para torcer para que tenhamos o melhor resultado.

            Não é sensato acreditar na versão de que um país sedie um megaevento como a Copa do Mundo apenas para ser o mais prejudicado possível. A coragem de enfrentar os grandes desafios, que os críticos de agora não tiveram anos atrás, tem como único objetivo - e que será realizado - o de permitir mais desenvolvimento para o País e bem-estar para a população.

            Tenho a certeza de que, ao fim e ao cabo, nós haveremos de chegar à conclusão de que a Copa do Mundo, sendo realizada no Brasil neste ano de 2014, será algo que vai fazer muito bem para a autoestima do povo brasileiro.

(Soa a campainha.)

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - E, depois, querendo ou não, ficamos com um grito travado na garganta em 1950, quando o Brasil não foi campeão sobre o Uruguai. Vamos ficar na torcida para que cheguemos à final e, desta vez, sejamos hexacampeões mundiais no Brasil, fazendo valer o que já é de domínio público, que o Brasil é o País do futebol e tem o futebol mais bonito e mais alegre do mundo.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/05/2014 - Página 408