Pela Liderança durante a 87ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com o andamento das obras de transposição do rio São Francisco, em referência ao Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco.

Autor
Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM, GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Satisfação com o andamento das obras de transposição do rio São Francisco, em referência ao Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco.
Publicação
Publicação no DSF de 04/06/2014 - Página 103
Assunto
Outros > HOMENAGEM, GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, RIO SÃO FRANCISCO, COMENTARIO, IMPORTANCIA, RIO, RELAÇÃO, INTEGRAÇÃO, AMBITO NACIONAL, ELOGIO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, GESTÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), REALIZAÇÃO, OBRA DE ENGENHARIA, TRANSPOSIÇÃO, AMPLIAÇÃO, ABASTECIMENTO, AGUA, LOCAL, REGIÃO NORDESTE.

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes que nos acompanham pela Rádio Senado, quero fazer hoje, nesta tribuna, uma referência especial ao Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco, que comemoramos nesta terça-feira, dia 3 de junho.

            O São Francisco é o nosso rio da integração nacional, é o caminho de ligação por meio das águas que permitiu unir o Sudeste e o Centro-Oeste ao Nordeste brasileiro.

            Da sua nascente na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, o São Francisco percorre 2.700 quilômetros do território nacional banhando cinco Estados e foi um importante condutor do processo de interiorização brasileiro. Agora, mais de 500 anos depois de ter sido descoberto, o nosso Velho Chico, formado por 168 afluentes, está sendo preparado para um novo e estimulante desafio: o de dar aos nordestinos uma melhor condição para aprender a conviver com a seca a partir de uma grande obra de transposição.

            No mês passado, a Presidenta Dilma fez uma importante visita ao Nordeste, para vistoriar as obras em andamento, que incluiu o Túnel Cuncas II, na Paraíba, a Estação de Bombeamento de Cabrobó, em Pernambuco, e a Barragem de Jati, no Ceará. Tudo é parte dessa imensa obra que começou a ser viabilizada no governo do ex-Presidente Lula e que vai mudar a vida de mais de 12 milhões de nordestinos.

            Os governos do PT tiveram a coragem de assumir o desafio de redesenhar pelas mãos e vontade dos seres humanos a hidrografia que a natureza legou àquela região do Semiárido, interligando a bacia do Rio São Francisco às outras inseridas no Nordeste setentrional.

            Desde que aquela área é povoada, os cidadãos que lá vivem sofrem com os efeitos nocivos da escassez d’água. Após uma seca violenta no fim do Século XIX, que matou milhares de pessoas na região, o Imperador Pedro II chegou mesmo a prometer a última jóia da coroa para que nenhum nordestino jamais voltasse a morrer de fome.

            Passaram-se mais de 130 anos. Centenas de nordestinos seguiram morrendo, perdendo ou abandonando tudo o que tinham, e não houve governo que desse solução para o problema.

            E não se fala aqui em acabar com a seca, porque isso seria impensável, mas em oferecer meios para que a população do Semiárido possa conviver com esse fenômeno climático inerente à região.

            Foi preciso a determinação do então Presidente Lula para que o Governo Federal interviesse decisivamente na integração do Rio São Francisco e, depois de séculos, nós tivéssemos uma resposta concreta ao enfrentamento do problema.

            Obviamente, essa obra hídrica, que é uma das maiores do mundo, não é algo fácil de se fazer. Muitos percalços foram encontrados em razão das variáveis humanas, geológicas e topográficas existentes em toda a região e em razão da própria extensão do projeto. Para se ter uma ideia da complexidade, a transposição envolve a construção de 36 barragens, 7 túneis, 63 pontes, 35 passarelas e 165 tomadas de água. A extensão é tanta que, quando começar a correr água no eixo norte, a partir de Cabrobó, onde a Presidenta esteve no mês passado, levará 11 meses até que todos os seus reservatórios estejam cheios e chegue água ao último Município de destino, a 402km de lá.

            Todas as variáveis que apareceram ao longo do percurso foram estudadas, avaliadas, tratadas e, quando necessário, readequadas para que o projeto pudesse avançar com a velocidade que a situação demandava.

            Nossos governos assumiram essa bandeira nascida de um projeto de décadas atrás e, com essa força própria do povo brasileiro, enfrentaram as dificuldades para vencer a luta.

            E o que fizeram os outros? Quando governaram o País, nada fizeram pelo Nordeste. Assistiram à miséria galopar no Nordeste, aprofundando ainda mais o abismo da desigualdade social e regional no nosso País. E quando foram para a oposição, o que fizeram? Também não fizeram nada, a não ser dizer que é fácil fazer exatamente aquilo que nunca fizeram quando foram governo, seja por falta de vontade, seja por falta de competência.

            Enquanto os nossos adversários, a oposição, em especial o PSDB, tem para mostrar anos de inação, nós teremos para apresentar, ainda neste ano, 100 quilômetros de água correndo por cada um dos dois canais de aproximação dos Eixos Norte e Leste da transposição do Rio São Francisco. Essa é a diferença entre quem faz e quem diz que faz, mas, quando teve oportunidade de fazer, nada fez. É a diferença entre quem trabalha para mudar este País e quem insiste em trabalhar para que este País nunca mude.

            Hoje, as obras físicas do projeto de integração do São Francisco já apresentam cerca de 60% da sua execução. A interligação vai levar água para consumo humano, animal e para ações que vão alavancar o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste, beneficiando diretamente 390 Municípios dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

            Todas as etapas estão 100% contratadas. Todas as metas de execução estão em atividade. Tudo ruma para que entreguemos essa obra concluída já no ano que vem.

            É uma obra que gera emprego a mais de 10 mil trabalhadores e tem dado tão certo que, na terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), haverá a inclusão de estudos ambientais e de viabilidade para duas novas extensões da transposição: o Eixo Sul, na Bahia, e o Eixo Oeste, em direção ao Piauí.

            Paralelamente, o Governo Federal atua com mais de seis mil carros-pipa do Exército Brasileiro e, até o fim deste ano, terá legado à região mais de 1,1 milhão de cisternas que, junto com outros grandes projetos, como açudes, barragens, ramais e sistemas adutores, serão marcas indeléveis na questão da segurança hídrica da região.

            De forma que quero fazer aqui um desafio aos nossos adversários da oposição: em vez de convescotes em casa de grã-finos, vão andar pelo Brasil, mas andar pelo Brasil profundo! Perguntem aos moradores do semiárido se eles hoje têm cisternas, se estão vendo as obras de enfrentamento aos efeitos da seca andarem! Tenho certeza de que todos dirão que sim.

            Se querem conhecer a realidade, façam como a Presidenta Dilma, que, no exercício das suas funções, tem viajado pelo País, no acompanhamento dessas obras de suma importância para todos os brasileiros. Em vez de criticarem raivosamente as viagens institucionais da Presidenta, tomem conta da própria agenda. E, no caso de não terem uma consistente como a dela, como é o que parece, trabalhem para criar uma agenda positiva para o Brasil ao invés de andar na contramão, olhando o País pelo retrovisor.

            Dilma age como Presidenta do Brasil. E digo isso porque ela vai dar continuidade a essa agenda de mudanças para o nosso País, com a qual ela é profundamente comprometida. Como chefe de Estado e Chefe de Governo, ela vai seguir acompanhando todas as obras em andamento e inaugurando todas aquelas concluídas até quando a lei lhe permitir, queira a oposição ou não.

            Todos sabemos das qualidades da Presidenta Dilma como gestora experiente e do seu extremo zelo em se acercar de todas as ações do seu Governo, para que o Brasil alcance efetivamente os resultados de que precisa. E, como a desinformação é mãe da ignorância, eu venho aqui, neste Dia Nacional de Defesa do Rio São Francisco, exatamente para jogar luzes sobre uns poucos esclarecidos em relação à extensa dimensão desse projeto de integração em curso no semiárido.

            Então, o incômodo dos nossos adversários é um só: é ver que os Governos de Lula e de Dilma fizeram infinitamente mais pelo Brasil do que todos eles fizeram juntos. E, no caso da transposição, fizeram o que eles jamais ousaram fazer.

            Isto é o que temos para mostrar ao povo brasileiro: a capacidade dos nossos Governos de transformar sonhos e projetos em realidade, a capacidade de trabalhar para transformar o Brasil num País em que o povo seja dono do seu destino.

            E a Presidenta Dilma vai dar sequência à construção deste novo País para que sigamos mudando e nunca mais voltemos àquele Brasil em que poucos podiam muito e muitos não podiam nada.

            Viva ao Rio São Francisco e a uma vida melhor a toda a população do Semiárido nordestino.

            Muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância.

            Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/06/2014 - Página 103