Pronunciamento de Anibal Diniz em 11/06/2014
Discurso durante a 93ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Destaque ao pronunciamento realizado pela Presidente Dilma Rousseff sobre a Copa do Mundo de 2014; e outros assuntos.
- Autor
- Anibal Diniz (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
- Nome completo: Anibal Diniz
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ESPORTE.:
- Destaque ao pronunciamento realizado pela Presidente Dilma Rousseff sobre a Copa do Mundo de 2014; e outros assuntos.
- Publicação
- Publicação no DSF de 12/06/2014 - Página 99
- Assunto
- Outros > ESPORTE.
- Indexação
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- COMENTARIO, PRONUNCIAMENTO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REFERENCIA, INICIO, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, LOCAL, BRASIL, ELOGIO, CAPACIDADE, PAIS, SEDE, EVENTO.
O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Senador Requião.
Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, eu inicio o meu pronunciamento com as últimas palavras do pronunciamento de V. Exª, no sentido de que a nós, brasileiros, resta, neste momento, torcer para que a nossa seleção faça um bom papel e, de preferência, conquiste o hexa na Copa do Mundo realizada aqui, no Brasil. E a todos os brasileiros compete também a missão de bem receber os nossos visitantes, que serão milhares, ao longo dos próximos 30 dias, até o dia 13 de julho.
E hoje, véspera da abertura da Copa do Mundo de 2014, ocupo esta tribuna para destacar o acertado pronunciamento à Nação feito, na última terça-feira, pela Presidenta Dilma Rousseff, que afirmou o que já estamos percebendo: que o Brasil venceu os principais obstáculos para sediar o mundial de 2014 e está preparado para a competição, que começa exatamente amanhã.
No entanto, considero que é preciso reforçar, ainda, um ponto não menos importante: o de que é absolutamente necessário que todos nós tenhamos sempre informações corretas sobre esse megaevento, sem falso triunfalismo, sem derrotismo ou distorções. É fundamental que a notícia seja correta.
Nesse sentido, consideramos importante destacar que a Presidenta Dilma deixou claro que, durante a preparação do mundial, o Governo não deixou de investir em saúde e educação, como muitas vezes é apregoado por setores contrário à realização da Copa no País.
As contas estão sendo analisadas cuidadosamente pelos órgãos de fiscalização e o Governo já afirmou que qualquer irregularidade será punida com rigor.
Além disso, a acusação de que a Copa representa somente gastos foi desmontada pelo argumento de que o mundial irá gerar receitas para o País na medida em que funciona como um fator de desenvolvimento econômico e social, estimulando negócios, injetando dinheiro na economia e criando mais empregos.
Durante a preparação para o mundial, o Brasil andou para frente.
Foram construídos, ampliados ou reformados aeroportos, portos, avenidas, viadutos, pontes, vias de trânsito rápido e avançados sistemas de transporte público. É sempre importante lembrar que esse legado permanecerá no nosso País depois da Copa do Mundo. É óbvio. O evento acontece nos próximos 30 dias. Nos próximos 30 dias, o Brasil será a sede do futebol mundial. Mas, depois, a vida continua e, certamente, todos os benefícios, todas as obras de infraestrutura que estão sendo concluídas ou que ficarão por serem concluídas ficarão a serviço do povo brasileiro.
Além das grandes obras físicas e da infraestrutura, há também a entrega de um sistema de segurança capaz de proteger e garantir o direito de brasileiros e visitantes que querem assistir à Copa, o moderno sistema de comunicação e transmissão nas 12 cidades-sede e a aceleração das obras e serviços previstos antes no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. São muitos os avanços.
Exatamente por esses avanços é que concordamos com a afirmação, o pronunciamento, o conteúdo da mensagem passada ontem pela Presidenta Dilma. Abre aspas: “Os pessimistas diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os estádios estão aí, prontos. Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos aeroportos. Praticamente dobramos a capacidade dos nossos aeroportos. Chegaram a dizer que iria haver racionamento de energia. Não haverá falta de luz na Copa, nem depois dela”.
Ao tratar de outro ponto de vista polêmico e constantemente difundido de maneira errada, o de que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados em saúde e educação, a Presidenta Dilma Rousseff destacou que, na verdade, essa percepção é um falso dilema.
O Governo jamais tirou dinheiro da saúde ou da educação para investir nessa infraestrutura para o futebol ou na construção de estádios. Isto porque a somatória dos orçamentos nas duas áreas, saúde e educação, no mesmo período em que começaram as obras dos estádios, são reveladores.
De 2010 a 2013, os recursos para os estádios de futebol, para as arenas que foram construídas ou ampliadas, chegaram a R$8 bilhões. Só que os investimentos, entre 2010 e 2013, nas áreas de educação e saúde ultrapassaram R$1,7 trilhão. Ou seja, o investimento em saúde e em educação é, aproximadamente, 212 vezes maior que o realizado na construção dos estádios.
Isso demonstra de maneira cabal que o argumento de que a construção dos estádios está sendo feita à custa de recursos destinados à saúde e educação não procede, não é um argumento correto.
Dito isso, vale ainda lembrar que o Brasil desta Copa do Mundo é muito diferente do Brasil de 1950, que recebeu o primeiro mundial. Hoje, como foi bem destacado, somos a sétima economia do mundo e líder em diversos setores da produção industrial e do agronegócio.
Nos últimos anos, o Brasil promoveu um dos mais exitosos processos de distribuição de renda, de aumento do nível de emprego e de inclusão social. Além disso, reduzimos a desigualdade: 42 milhões de pessoas ascenderam à classe média e 36 milhões de brasileiros foram retirados da miséria.
E hoje temos satisfação e alegria de sediar a Copa do Mundo de 2014, em que pelo menos 3 bilhões de pessoas verão o espetáculo oferecido pelas 32 melhores seleções de futebol do Planeta.
Torcemos para que o Brasil faça realmente bonito dentro e fora do campo. E o mais importante: defendemos que o Brasil possa sediar uma Copa pela paz, pela inclusão, pelo diálogo e contra todas as formas de violência e preconceito.
Sendo o Brasil um país que recebe a todos com fidalguia, como bem disse, há pouco, o Senador Requião, nós temos que fazer valer exatamente esse nosso estado de espírito, o estado de espírito de bom acolhedor, de hospitaleiro. Vamos receber bem todos os nossos visitantes, vamos torcer para que a Copa seja a Copa da paz, a Copa da diversão, em que as pessoas ocupem as ruas, ocupem os espaços da Fan Fest e também os estádios, e, de preferência, vamos torcer para que a seleção, sob o comando do Felipão, faça um papel exemplar e conquiste o hexa para a alegria de todos os brasileiros.
Vamos estar todos juntos com o Brasil porque agora, verdadeiramente, a bola vai rolar para a Copa do Mundo de 2014 e, se Deus quiser, haveremos de chegar, no dia 13 de julho, à grande final, para que o Brasil seja campeão. E se, porventura, acontecer algum tropeço, que saibamos também reconhecer a beleza do futebol, esse evento fantástico que apaixona tanto o povo brasileiro.
Muito obrigado e boa Copa para todos nós, para as pessoas que vão aos estádios e para a imensa maioria do povo brasileiro que vai ver pela televisão, Vamos torcer para que tenhamos uma Copa exemplar e para que o Brasil seja mostrado da melhor maneira possível para todos os povos do Planeta que vão acompanhar esse grande evento que tem todo o carinho e tem toda a receptividade do povo brasileiro e do Governo brasileiro.
Boa Copa a todos e vamos torcer para que o Brasil saia bem na fotografia, tanto com o resultado em campo, quanto com a acolhida às pessoas que vão nos visitar até o dia 13 de julho.
Muito obrigado.