Discurso durante a 75ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa das melhorias na qualidade de vida da população e do crescimento econômico ocorridos no Brasil nos últimos anos.

Autor
Acir Gurgacz (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RO)
Nome completo: Acir Marcos Gurgacz
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Defesa das melhorias na qualidade de vida da população e do crescimento econômico ocorridos no Brasil nos últimos anos.
Publicação
Publicação no DSF de 21/05/2014 - Página 747
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • DEFESA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MOTIVO, CRESCIMENTO, ECONOMIA NACIONAL, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO.

            O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT-RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, amigos que nos acompanham pela TV Senado e pela Rádio Senado, o tema que eu trago aqui é a situação que atravessa o nosso País. Nós estamos muito preocupados com o Brasil.

            Sei que muitos irão dizer que também estão preocupados. Uma ala vai dizer que a economia vai mal, outra dirá que este Governo está acabando com o País, que estamos à beira do abismo.

            O que me preocupa é que temos muitas coisas a fazer pelo nosso Brasil. São tantas coisas que ainda precisamos melhorar neste País que, às vezes, para alguns pessimistas, com os quais não compartilho a opinião nem a caminhada, nem a jornada, parece impossível promover as mudanças necessárias de que o Brasil precisa para melhorar ainda mais; porém, tanto é possível melhorar o Brasil que, apesar desses pessimistas não quererem ver, já fizemos muito pelo nosso País, fizemos uma grande parte, uma parte importantíssima.

            Nós começamos esse imenso trabalho. Sem um começo, sem o primeiro passo, sem a coragem de dar esse primeiro passo, nenhuma mudança teria prosperado, nenhum projeto, nenhuma melhoria na vida de uma pessoa ou na vida de todas as pessoas de um país pode acontecer sem que se dê os primeiros passos. Já demos esses passos e estamos firmes na caminhada para melhorar, cada vez mais, o nosso País.

            E é obvio que a vida do País e de todos que aqui vivem melhorou muito. E mais, melhorou muito rapidamente - isto é outra coisa que muitos tentam negar. Temos que pensar o porquê de essas pessoas insistirem em negar os avanços e a melhoria de vida da população em todos os lugares deste imenso País.

            Vivemos muito melhor do que dez ou quinze anos atrás. A vida dos brasileiros, especialmente dos milhares de pessoas que antes eram quase como que condenados à miséria melhorou muito. Há poucos anos existiam aqui, na sexta economia do mundo, milhares de famílias que eram condenadas à miséria eterna. Pessoas cujos pais e avós haviam passado fome, vivendo no analfabetismo e que tinham apenas uma perspectiva: continuar vivendo na pobreza. Isto mudou, e mudou nos últimos anos. O problema é que a gente se acostuma com as coisas boas e esquece como era ruim no passado.

            Todos sabemos que, há pouco mais de dez anos, estávamos com o País estagnado, com a indústria sucateada, com o desemprego em alta, dívidas interna e externa em níveis inaceitáveis em relação ao PIB, devendo ao FMI, além de vários outros péssimos indicadores. Eram milhões de pessoas na miséria. Famílias condenadas a nunca melhorarem de vida. Isto mudou. Juntos invertemos essa lógica perversa, que deixava milhões de brasileiros com quase nada, inclusive sem esperança de mudança. Atravessamos crises internacionais e, mesmo assim, continuamos crescendo e melhorando a vida das pessoas.

            O Brasil deu saltos e fez coisas que, em alguns casos, nunca haviam sido feitas, como ouvir e cuidar de pessoas que nunca tinham voz, que nunca foram olhadas por governo nenhum, que nunca tiveram direito a dignidade. Isto mudou nos últimos anos.

            Todos nós sabemos que o Brasil ainda tem enormes problemas, mas é nossa obrigação resolvê-los com coragem, otimismo, eficiência e responsabilidade. Tenhamos todos nós, então, responsabilidade com o nosso Brasil, responsabilidade com as pessoas, principalmente com as que mais precisam; estas pessoas para as quais fomos eleitos para trabalhar e melhorar as suas vidas.

            Então, cuidemos do nosso Brasil e de suas conquistas, conquistas estas que são de todos os brasileiros, e não podemos perdê-las. Não podemos deixar que, por causa de interesses políticos nas eleições deste ano, nosso País saia do trilho. Não podemos deixar que o Brasil - repito -, por interesses de alguns que espalham inverdades, perca ou ande um centímetro sequer para trás.

            O Brasil já fez um imenso bom trabalho. E fizemos esse trabalho junto com os milhares de brasileiros, com a população, com todas as pessoas, pessoas que, dia após dia, com seu esforço, com seu trabalho e com sua dedicação, fizeram este País crescer.

            Estamos no rumo certo. Vamos continuar o nosso trabalho.

            Convoco todos que tenhamos responsabilidade. Estamos com o presente e o futuro do nosso País em nossas mãos. O presente e o futuro dos nossos filhos estão em nossas mãos. Portanto, sejamos todos responsáveis.

            Todos nós sabemos que o Brasil não está mal, não está ruim, como muitas pessoas, partidos, grupos e meios de comunicação tentam fazer a população acreditar.

            Vamos ver alguns dados.

            O Brasil bate recorde todo ano na produção agrícola. Na safra passada, foram 185 milhões de toneladas de grãos, 11% a mais do que na safra anterior. Nesta safra, a expectativa é a de alcançarmos 191 mil toneladas. Já somos o primeiro exportador mundial de soja, de café, de milho, de açúcar e de carne bovina. Em breve, seremos o maior exportador mundial de alimentos.

            A estabilidade do câmbio, com o dólar na casa dos R$2,20 nas últimas semanas, também reflete o quadro de entrada de recursos externos no Brasil e o contexto internacional mais positivo para os ativos - os bens e os recursos - do País. Neste ano, até o dia 9 de maio, o Brasil recebeu US$3,104 bilhões em termos líquidos, segundo dados do Banco Central.

            As ações da Petrobras se mantiveram em espiral ascendente. É a empresa de energia que mais investe no mundo. Hoje, seu valor de mercado é de US$104,9 bilhões, valor de 7 de maio de 2014, seis vezes maior do que o de 2002, que era de US$15,5 bilhões.

            Temos grandes reservas cambiais, muito maiores do que as de 12 anos ou 15 anos atrás. Passamos de devedores a credores do FMI.

            Estamos com as contas externas e internas em dia. Isso significa que o capital de investidores, de credores e de banqueiros está garantido, está seguro. O risco de crédito no Brasil é baixo.

            O Brasil honra seus compromissos em dia, tem o câmbio estabilizado. Somos a sexta economia do mundo e, em dois anos, podemos ser a quinta.

            Por que, então, tentam dizer que estamos à beira do abismo? Isso não é verdade.

            As multinacionais aqui instaladas batem recorde atrás de recorde no envio de lucros para suas matrizes, matrizes estas que passam dificuldades nos seus países de origem.

            São esses países que dizem que estamos mal, mas são eles que estão em recessão há anos e com crescimento pífio ou até negativo.

            A Europa como um todo afundou na economia. Pelo menos dez governos foram derrubados pela crise, milhões ficaram sem empregos, e a população foi às ruas de várias capitais de outros países.

            Os Estados Unidos encolheram em seu PIB, apresentando resultados pífios desde 2011, chegando a encolher 1,3%.

            Esses países teriam crescido menos e tido mais dificuldades econômicas se não fossem os lucros de suas empresas aqui instaladas ou os juros que nós pagamos a eles pelo serviço da dívida.

            São esses países em que a população sofre com uma das maiores recessões que o mundo já viveu, com desemprego, com corte de salários e de benefícios e com uma enorme queda da qualidade de vida de suas populações que vêm nos dizer que estamos no caminho errado.

            Nós estamos crescendo. Nesses dois últimos anos, crescemos pouco se compararmos com o nosso próprio crescimento de antes, mas, há muito tempo, crescemos muito mais dos que os países desenvolvidos.

            Nós estamos em uma situação de pleno emprego neste momento. Nós conseguimos distribuir melhor a renda, diminuindo um pouco a enorme diferença que existe entre as classes sociais. Os países ditos desenvolvidos estão concentrando cada vez mais a renda entre os ricos, estão aumentando o número de pobres. Nós não!

(Soa a campainha.)

            O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) - Nós estamos diminuindo a pobreza. Nestes últimos anos, é inegável, conseguimos elevar a classe social de quase 40 milhões de pessoas. E foi muito rápido. Essa é uma coisa que nenhum governo jamais sonhou em fazer. Os brasileiros já não acreditavam que, um dia, essas coisas iriam acontecer.

            Dessa forma, o PDT também contribuiu para o crescimento, para o desenvolvimento, para que nós chegássemos a este Brasil de hoje, o Brasil que muito cresceu, mas que ainda precisa crescer, que precisa continuar desenvolvendo.

            Essa é a verdadeira história do nosso Brasil.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/05/2014 - Página 747