Fala da Presidência durante a 18ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Sessão solene destinada a comemorar o centenário do nascimento da Srª Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce.

Autor
Walter Pinheiro (PT - Partido dos Trabalhadores/BA)
Nome completo: Walter de Freitas Pinheiro
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Sessão solene destinada a comemorar o centenário do nascimento da Srª Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce.
Publicação
Publicação no DCN de 28/05/2014 - Página 29
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, COMEMORAÇÃO, CENTENARIO, NASCIMENTO, IRMÃ DE CARIDADE, IRMÃ DULCE.

    O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro. Bloco Apoio Governo/PT - BA) - Quero, antes de encerrar esta ses- são, agradecer as autoridades e todos os que honraram este momento com suas presenças, registrar também a presença de dois Governadores de Estado, um deles representado pelo Deputado Duarte, Governador Geraldo Alckmin; Governador Jacques Wagner, da Bahia. Registro a presença de dois Ministros de Estado, Ministro César Borges, baiano - e também de Jequié -, juntamente com a Ministra Ideli. Quero registrar a importante parti- cipação dos Deputados e Senadores, como a presença da Senadora Ana Amélia, do Senador Eduardo Suplicy, do Líder do PSDB, do Líder da Minoria, Senador Mário Couto, que registra sua presença e faz registro, Senador Mário Couto, de sua chegada a este plenário no horário das duas horas e, portanto, confirmando seu compro- misso com a abertura dos trabalhos, mas também trazendo sua homenagem a este Centenário.

    Eu gostaria de, antes de encerrar, Maria Rita, dizer que a humanidade tem experimentado, por intermédio de algumas pessoas, aquilo que o apóstolo Paulo, por diversas vezes, até provocou - eu diria - seus irmãos em diversas partes, com as suas cartas ao povo. Em Filipos, ele chega a escrever uma das cartas que é, em minha opinião assim considero, uma bomba de alegria.

    Alguém que escreve e não fala de tristeza, não fala de lamúria, não reclama da vida que leva, tampouco fala dos seus sofrimentos, mas dirige aquela carta aos filipenses falando de alegria. E Paulo se encontrava numa situação muito difícil. Paulo se encontrava preso quando escreveu aquela carta. No entanto, em nenhuma linha ele pede às pessoas algo para si.

    Ele fala exatamente do servir ao outro e abre sua carta dizendo assim: “Entristecido, porém alegre”. Isso me lembra muito do episódio que Lídice da Mata acabou de contar aqui, numa relação de Irmã Dulce com um dos comerciantes de Salvador. Mesmo no momento de agressão, a devolução era uma palavra de carinho e uma busca pelo outro, e não para si.

    Esse mesmo Apóstolo Paulo também escreve uma das cartas em que ele completa toda uma história de amor. Ele fala aos irmãos da igreja, em Corinto, exatamente dos desafios, de como ele se portarem, mas ele lembra que o maior de todos é o amor. De nada adianta falar, falar, e não viver.

    Há uma expressão que o Apóstolo Paulo usava, e eu quero com isso, inclusive, encerrar e dizer que pou- cas pessoas aqui, Maria Rita, poucas pessoas na Terra puderam viver essa ousadia dessa provocação de Paulo, quando ele dizia o seguinte: “Não vivo eu, mas Cristo vive em mim.” Poucas pessoas puderam aqui dizer isso. E Irmã Dulce é uma das pessoas que, com certeza, pelo seu testemunho e não pelas suas palavras, não pelo anúncio dessa vida, mas pelas suas obras, pelo que ela executou, pelo que ela deixou exalar, pelo que ela trans- mitiu, podemos dizer verdadeiramente, conseguiu fazer isso que Paulo, com muita ousadia, fala.

    Portanto, Irmã Dulce pôde exatamente expressar essa vida de Cristo, essa paz, essa transferência de amor, essa entrega. Irmã Dulce é uma das pessoas, que aqui entre nós pôde exatamente viver essa grande experiên- cia de poder falar como o Apóstolo Paulo: “Não vivo eu, mas Cristo vive em mim”.

    Essa é a homenagem que fazemos a alguém que, na sua passagem aqui pela Terra, pôde exatamente mostrar que esse amor ainda existe, que esse amor está vivo. Portanto, a sua obra precisa continuar para que essa palavra chegue agora em verbo, chegue à carne, chegue à vida das pessoas como verdadeira transforma- ção, chegue com a fé, mas principalmente com as obras.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 28/05/2014 - Página 29