Discurso durante a 18ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Sessão solene destinada a comemorar o centenário do nascimento da Srª Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce.

Autor
Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Sessão solene destinada a comemorar o centenário do nascimento da Srª Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce.
Publicação
Publicação no DCN de 28/05/2014 - Página 30
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, COMEMORAÇÃO, CENTENARIO, NASCIMENTO, IRMÃ DE CARIDADE, IRMÃ DULCE.

    O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco Maioria/PMDB - AL. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, os 100 anos do nascimento de Irmã Dulce, uma das mais importantes, influentes e notórias ativis- tas humanitárias do Século Vinte, não poderiam deixar de ser homenageados pelo Senado em uma Sessão Solene.

    Quase toda vida de Irmã Dulce foi dedicada a obras de caridade. Seu trabalho a favor dos mais neces- sitados de assistência médica e social foi se constituindo, ao longo dos anos, referência nacional, e ganhou repercussão em todo o mundo.

    Por tudo que realizou nos seus anos de vida, seu nome encontra-se inscrito no rol daqueles que são sempre lembrados quando o tema é caridade e amor ao próximo. Para todos nós brasileiros é motivo de grande orgulho.

    Tudo teve início quando em 26 de maio de 1914 nascia em Salvador, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes. Desde muito jovem, despontou sua vocação pela prática da caridade, ao abrigar doentes nas casas de seus pais. Já então demonstrava seu pendor para trabalhar em benefício da população carente.

    O seu desejo de servir a Deus, levou-a a se ordenar freira aos 20 anos de idade. O seu desejo de ajudar os mais necessitados, levou-a a abrigar no galinheiro do Convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Con- ceição da Mãe de Deus os doentes que perambulavam pelas ruas de sua cidade.

    Em busca de alimentos, remédios e doações para seus abrigados Irmã Dulce atravessava a cidade, sem cansaço e sem medir esforços. As dificuldades enfrentadas eram compensadas pela sua disposição de salvar aquelas vidas humanas. Essa foi uma das suas principais ocupações anos a fio.

    Pouco a pouco, contudo, o seu trabalho foi se tornando conhecido e reconhecido, e assim conquistou apoio de médicos, enfermeiros e muitos amigos sensibilizados com aquela frágil figura física e gigante de coração.

    Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. Entretanto deixou gravado em nossas mentes e em nossos corações a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo da fé, da esperança e da caridade, as três virtudes que fundamentam e animam o agir moral do cristão, e que vivificam todas as outras virtudes humanas.

    Somente elas são capazes de tornar um ser humano comum, em um ser especial. É impossível dimen- sionar quantas vidas Irmã Dulce salvou e transformou com suas virtudes. Não importa mais saber quantas vidas tenham sido. Importa sempre que o seu exemplo nos inspire a olhar o próximo de maneira mais cristã, fraterna e solidária.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 28/05/2014 - Página 30