Discurso durante a 97ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Referência às candidaturas homologadas na convenção partidária do PT no Estado do Acre, com destaque para a necessidade de uma maior participação feminina na política; e outros assuntos.

Autor
Anibal Diniz (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Anibal Diniz
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES, POLITICA PARTIDARIA, FEMINISMO. PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA HABITACIONAL. ESPORTE, GOVERNO FEDERAL, ECONOMIA NACIONAL. :
  • Referência às candidaturas homologadas na convenção partidária do PT no Estado do Acre, com destaque para a necessidade de uma maior participação feminina na política; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 02/07/2014 - Página 100
Assunto
Outros > ELEIÇÕES, POLITICA PARTIDARIA, FEMINISMO. PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA HABITACIONAL. ESPORTE, GOVERNO FEDERAL, ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, CONVENÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), LOCAL, ESTADO DO ACRE (AC), COMENTARIO, IMPORTANCIA, REELEIÇÃO, TIÃO VIANA, GOVERNADOR, DEFESA, AMPLIAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, MULHER, POLITICA.
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ENTREGA, RESIDENCIA, PROGRAMA DE GOVERNO, PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA (PMCMV), ESTADO DO ACRE (AC).
  • ELOGIO, GOVERNO FEDERAL, REALIZAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, BRASIL, IMPORTANCIA, CRESCIMENTO, ECONOMIA NACIONAL.

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Senador Randolfe.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, eu inicio meu pronunciamento fazendo menção, também, a esse calendário que estamos vivendo nesse momento.

            A última semana foi destinada às convenções partidárias. Também no Acre, aconteceu a convenção do Partido dos Trabalhadores, que acabou sendo a convenção de todos os partidos da Frente Popular do Acre para homologar os nomes do Governador Tião Viana, candidato à reeleição, da Procuradora do Estado Nazaré Araújo, candidata à Vice-Governadora, e, também, o nome da Deputada Federal Perpétua Almeida, que é candidata ao Senado da República - vai ocupar a minha vaga, aqui, no Senado Federal, caso vença a eleição. E nós estamos na torcida, estamos trabalhando muito para que o Governador Tião Viana possa ter a vitória e continuar o trabalho bonito que vem fazendo no Estado do Acre, um trabalho transformador, um trabalho que tem se voltado para aqueles que mais precisam, para aqueles que mais necessitam.

            E, como prova desse trabalho voltado para os que mais necessitam que acontece, hoje, no Estado do Acre, nós tivemos, no domingo, com a presença do Ministro das Cidades, Gilberto Occhi, um ato destinado à entrega de 509 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida na Cidade do Povo. Somadas às outras 392 casas que já foram entregues, já temos 901 unidades residenciais entregues à população, de um total de 10.550, que fazem parte do Projeto Cidade do Povo, desenvolvido pelo Governador Tião Viana.

            Faço essa menção justamente para fazer uma referência do quanto é importante a política, o planejamento dentro da política, quais são os passos a serem dados e, fundamentalmente, qual é, digamos assim, o sentido da disputa que acontece, agora, no mês de outubro. Hoje ainda, tivemos aqui um ligeiro debate sobre quais são as pautas que serão colocadas em discussão de hoje até outubro, e esperamos, sinceramente, que o grande debate seja: Qual é o País do futuro? Qual é o futuro que nós queremos para os brasileiros, para os jovens brasileiros, para as crianças do Brasil? E esperamos que esse debate aconteça de maneira muito fraterna, muito solidária e com todos apresentando seus melhores argumentos.

            Então, estamos vivendo esse contexto de convenções em todos os Estados brasileiros - já vimos o Senador Requião falando da convenção no Paraná; vimos a Senadora Vanessa Grazziotin falando da convenção no Estado do Amazonas; o Senador Humberto Costa falou da convenção no Estado de Pernambuco, que homologou o Senador Armando Monteiro como candidato ao Governo daquele Estado, tendo o João Paulo, companheiro do PT, como candidato ao Senado -, de tal maneira que esse calendário se encerra com essa etapa sendo vencida. Agora, acontecem os registros das candidaturas e, logo em seguida, a campanha efetivamente.

             Então, eu gostaria de informar que aconteceu, na última sexta-feira, dia 27, a convenção estadual do Partido dos Trabalhadores, que oficializou o nome do Governador Tião Viana como candidato à reeleição e o nome da Procuradora Nazaré Araújo como candidata à Vice-Governadora, na chapa de Tião Viana. Quero falar, também, com orgulho, do nome da Deputada Perpétua Almeida, que foi homologada como candidata ao Senado da República.

            Veja que temos, de uma chapa composta por três nomes majoritários, no Estado do Acre, Senador Cristovam, dos três nomes que disputam as eleições majoritárias no Acre, duas são mulheres: a candidata à vice é a Drª Nazaré Araújo e a candidata ao Senado é a Deputada Perpétua Almeida. E fiz questão de dizer, durante a convenção, que tinha orgulho de estar saindo de campo dando oportunidade para uma mulher, porque precisamos fazer com que as mulheres sejam mais empoderadas na política, e temos que começar dando o nosso exemplo. Apresentei um projeto, aqui, no Senado - e espero que este ano ainda seja apreciado -, que prevê que, nas eleições com duas vagas ao Senado, uma vaga seja destinada às mulheres e a outra vaga seja destinada à candidatura dos homens.

            Da mesma forma, desejo também que, na Câmara dos Deputados, haja uma legislação, uma proposição no sentido de que não haja apenas 30% de candidaturas, mas que sejam asseguradas 30% das vagas; das 513 cadeiras existentes na Câmara Federal, 30% sejam destinadas às candidaturas das mulheres. Assim, estaremos contribuindo para melhorar a participação política feminina na vida parlamentar brasileira.

            Dessa maneira, relato, com muito orgulho, a convenção do Partido dos Trabalhadores e dos partidos que integram a Frente Popular do Acre, que trouxe, das três candidaturas majoritárias, duas candidaturas femininas. Isso mostra também o esforço da Frente Popular do Acre, do Partido dos Trabalhadores do Acre, de contribuir para que haja maior participação feminina, para que haja mais presença da mulher na política, mais presença da mulher no Parlamento e também no Executivo.

            Fazem parte da Frente Popular do Acre o Partido dos Trabalhadores, que tem o candidato a Governador Tião Viana; o Partido Comunista do Brasil, que tem a candidata ao Senado Perpétua Almeida; o Partido Social Democrata Cristão (PSDC); o Partido Republicano (PRB); o Partido Socialista Brasileiro (PSB); o Partido Trabalhista Nacional (PTN); o Partido Pátria Livre (PPL); o Partido Republicano da Ordem Social (PROS); o Partido Republicano Progressista (PRP); o Partido Democrático Trabalhista (PDT); o Partido Social Liberal (PSL); o Partido Humanista da Solidariedade (PHS); o Partido Ecológico Nacional (PEN); o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

            E vale ressaltar que, durante o ato, o Governador Tião Viana, da mesma forma que relatou aqui o Senador Roberto Requião, também falou da necessidade de um novo plano de governo, com novos desafios para os próximos quatro anos, de tal maneira que se possa intensificar as ações que foram desenvolvidas até aqui.

            No discurso do Governador Tião Viana, ele afirmou que o futuro do Estado do Acre está nas mãos da população e destacou - abre aspas -: “Nossa primeira atitude é a da mais elevada humildade e um trabalho verdadeiro e simples de campanha. Temos a esperança e a certeza de que o futuro do Estado do Acre seja partilhado com cada consciência através do julgamento popular e democrático”.

            É a escola da democracia brasileira, que tem mais uma aula nesse período, agora, que vai de julho até outubro, quando teremos as eleições nos Estados e também a eleição nacional, que teve já homologadas as quatro candidaturas no plano nacional. E vamos fazer o grande debate. Eu tenho certeza que o povo brasileiro haverá de escolher o melhor para o seu futuro.

            E eu quero dizer também que, da mesma forma que, no domingo, nós participamos da entrega de 509 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida na Cidade do Povo, com a presença do Ministro das Cidades Gilberto Occhi, nós também tivemos a inauguração de mais uma etapa do Complexo de Piscicultura do Acre, que é a fábrica de ração. E eu quero, de preferência amanhã, falar um pouco a respeito desse Complexo de Piscicultura, esclarecer os passos que já foram dados, que foram muitos, e também quero falar do Complexo de Suinocultura, que é outra atividade econômica da maior importância que está acontecendo no Estado do Acre.

            Mas, Sr. Presidente, Srs. Senadores, eu gostaria de fazer, hoje, desta tribuna, um elogio merecido a todos os que contribuíram e continuam contribuindo, colaborando para o sucesso da Copa do Mundo, que está acontecendo em nosso País. E aproveito para fazer um cumprimento especial a todos os seus participantes, sejam os organizadores, as seleções que participam brilhantemente da competição, sejam os integrantes do Governo, o público, que tem lotado todas as arenas. E, também, fazer um cumprimento às equipes, que têm dado espetáculos excepcionais, com partidas que confirmaram que a Copa do Mundo que está acontecendo é um espetáculo mundial que tem total audiência e mexe com o povo não só brasileiro, mas de todos os países que estão participando da competição, e até de outros países que, mesmo não estando na competição, acompanham através da televisão.

            É a Copa das Copas! Digo isso por conta do sucesso até aqui alcançado em todas as dimensões, seja nas partidas, seja nas organizações, seja pela beleza do público presente nos estádios, um recorde absoluto também, algo muito interessante.

            Também tenho a satisfação de fazer um cumprimento especial ao mais que bem vindo mea-culpa que começa a aparecer de forma expressiva em parcela significativa da mídia nacional que, antes da Copa, se ocupou de propagar, durante meses a fio, a ideia de que esta seria a Copa do caos, a Copa da catástrofe, a Copa da destruição sem limites.

            Hoje, ao contrário da catástrofe, o que se vê e o que está sendo reconhecido em todo o País é que o sucesso da Copa está sendo inquestionável. A alegria dos torcedores, os estádios equipados, os aeroportos modernos que funcionam, o sistema de transporte que funciona, tudo isso é motivo de orgulho para nós, brasileiros, que estamos recebendo milhares de visitantes neste período. É muito importante que todos esses segmentos funcionem adequadamente.

            O que temos e estamos mostrando ao mundo é a capacidade que o Brasil construiu, ao longo dos últimos anos, de sediar e levar a cabo a realização de um evento desse porte. Por tudo isso, considero muito pertinente citar trechos de artigos que estão no noticiário atual e que falam desta Copa.

            O texto Errando à luz do sol, publicado por J. R. Guzzo, da revista Veja, por exemplo, traz um mea-culpa muito interessante. Ele diz:

É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor é dizer logo de cara que a maior parte da imprensa de alcance nacional pecou de novo, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa do Mundo de 2014 ia ser um desastre sem limites.

O Brasil, coitado, iria se envergonhar até o fim dos tempos com a exibição mundial da inépcia do Governo para executar qualquer projeto desse porte, mesmo tendo sete anos de prazo para entregar o serviço.

Ficaria exposta a ganância das empresas presenteadas com o suntuoso bufê da construção de estádios e das demais obras indispensáveis para abrigar a Copa. Haveria uma coleção inédita de aberrações, com o estouro sistemático de orçamentos, a miserável qualidade dos equipamentos entregues ao público e daí para pior. Deu justamente o contrário.

A Copa do Mundo de 2014, até agora, foi acima de tudo o triunfo do futebol - uma sucessão de jogos espetaculares, a exibição de craques como não se via fazia décadas e a presença em campo de todos os oito países que levaram o título mundial em seus 84 anos de disputa. No jogo entre Bélgica e Rússia, para resumir o assunto, havia 70.000 torcedores no Maracanã - não é preciso dizer mais nada, realmente, sobre o sucesso da Copa de 2014.

Para efeitos práticos, além disso, tudo funcionou: os desatinos da organização não impediram o espetáculo, os 600.000 visitantes estrangeiros acharam o Brasil o máximo e 24 horas depois de encerrado o primeiro jogo ninguém mais se lembrava dos horrores anunciados durante os últimos meses.

            Considero esse texto muito interessante. Está claro que, nesta Copa, houve atrasos e erros. Não negamos isso nem esse texto também deixa de mencioná-los, porque é verdade. Mas é interessante notar que há a disposição de reconhecer que, abro aspas, "a Copa de 2014 é uma boa oportunidade para repetir que a imprensa erra, sim - mas erra em público, à luz do sol, e se errar muito acabará morrendo por falta de leitores, ouvintes e telespectadores". Fecha aspas.

            Outro texto que também faz menção ao assunto é destacado do jornal Folha de S.Paulo, o artigo do jornalista Ricardo Melo, que diz o seguinte:

Poucas vezes viu-se tamanha desinformação como antes desta Copa. A previsão era dantesca. Caos nos aeroportos, estádios incompletos, gramados incapazes de abrigar jogos de várzea, tumulto, convulsões sociais, epidemias. Os profetas do caos capricharam: alguns apostaram que as arenas só ficariam prontas após 2030. Só faltou pedirem à população que estocasse alimentos em face da catástrofe.

Diante de um cenário diametralmente oposto, os mensageiros do apocalipse ensaiam explicações. A principal é a de que a alegria do povo brasileiro suplantou a penca de problemas que estava aí, a olhos vistos, e ninguém queria enxergar. Desculpa esfarrapada.

Se é inquestionável que os brasileiros têm uma tradição amistosa, ela por si só não ergue estádios decentes, melhora aeroportos, acomoda milhares de turistas e garante acesso aos locais das partidas. Problemas? Claro que houve, mas infinitamente menores do que os martelados pela imprensa em geral. Muita gente mentiu, ou, no mínimo, não falou toda a verdade - o que em geral dá no mesmo.

Durante um tempo quase infinito, os brasileiros foram vítimas de uma carga brutal de notícias irreais. Se tudo estava tão atrasado e fora dos planos, como a Copa acontece sem contratempos maiores do que os de outros eventos do gênero? Talvez o maior legado desse choque entre fantasia e realidade seja o de que, acima de tudo, cumpre sempre duvidar de certas afirmações repetidas como algo consumado.

A profusão de instrumentos de informação atual, ainda bem, oferece inúmeras alternativas para que opiniões travestidas de certezas sejam postas à prova. Mais do que nunca, desconfiar do que se ouve, assiste e lê é o melhor caminho para tentar, ao menos, aproximar-se do que é real.

            Isso tudo está no texto do jornalista Ricardo Melo, da Folha de S. Paulo.

            Ou seja, a temida Copa do Caos, na verdade, é sim a Copa das Copas, uma Copa extraordinária. É também, pela primeira vez na história das Copas, a Copa da Inclusão. O Governo Federal distribuiu 48 mil ingressos doados pela FIFA para estudantes de escolas públicas de período integral, beneficiários de programas sociais, nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014, e outros 2 mil para a população indígena.

            É também a Copa do legado. Por exemplo, passado o jogo entre Costa Rica e Grécia, no último domingo, jogo realizado em Recife, ficou bem claro o legado desse período da Copa. Um deles foi a valorização do transporte público, que teve o Bus Rapid Transit (BRT) como grande novidade para a população. A boa fama do modal foi crescendo à medida que a competição avançava. No primeiro jogo, 5% dos torcedores optaram pelo BRT. Na última partida esse número saltou para 19%. O transporte público, mais uma vez, bateu recorde, sendo responsável por transportar 71% dos 41.242 torcedores presentes ao estádio.

            Esse exemplo ajuda a desconstruir o mito de que a opção por modais públicos no país seria uma experiência negativa.

            A experiência da Copa vai reafirmar a importância do transporte coletivo na Região Metropolitana de Recife. Nesta segunda, inclusive, foram inauguradas mais três estações do sistema de transporte e, com isso, seis das doze estações previstas para o Corredor Leste-Oeste estão abertas à população.

            É aquilo que eu já havia dito aqui em plenário: a Copa vai passar, mas o legado vai ficar. Olhe só o sistema de transporte público do Recife o quanto vai sofrer de melhora a partir principalmente da inauguração dessas estações.

            Ainda como resultado da realização da Copa do Mundo, o plano de mobilidade montado para dias de jogos poderá ser replicado nos eventos de grande porte realizados em todas as arenas aonde foram realizados jogos.

            Em vários outros Estados, temos bons exemplos de que mobilidade urbana, hospedagem, segurança, saúde e acesso aos estádios aconteceram e continuam acontecendo sem problemas que possam comprometer o andamento do Mundial.

            Por todo o exposto, podemos afirmar, com toda a certeza: o anunciado fracasso da Copa não aconteceu. Na verdade, a nossa Copa do Mundo no Brasil está se revelando um grande sucesso.

            E fica a nossa torcida, é claro. O Brasil já está entre as oito seleções finalistas. Vamos torcer para que, na sexta-feira, ele possa vencer a Colômbia, de preferência sem tanto sufoco como foi com o Chile, e que a gente possa chegar entre as quatro para disputar a grande final, no dia 13 de julho.

            Outro aspecto que eu queria ressaltar é que, em campo, houve surpresas desconcertantes, como a presença da Costa Rica, por exemplo. Quem imaginaria que o grupo da morte chegaria ao terceiro jogo com apenas a seleção da Costa Rica classificada para a próxima fase e a seleção tetracampeã Itália e a seleção bicampeã Inglaterra sendo mandadas para casa na metade da festa? Ou quem imaginaria que a Espanha levaria um chocolate no primeiro jogo contra a Holanda e, logo em seguida, perderia o segundo jogo para o Chile e ficaria fora da Copa? Quem imaginava que a poderosa seleção alemã iria precisar dos acréscimos para vencer a seleção da Argélia?

            Cada jogo está sendo uma emoção diferente, uma prova de que a Copa está sendo bonita em todas as dimensões.

            Ontem mesmo, na segunda-feira, tive a oportunidade de representar a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado num evento realizado pelas Organizações Globo, que fez uma demonstração de como vai funcionar a tecnologia 8K nas transmissões de jogos no futuro. É uma tecnologia muito interessante, porque tem 16 vezes mais resolução do que a mais avançada de hoje, que é a High Definition, a HD. Essa tecnologia em 8K tem 16 vezes mais resolução.

            Isso foi demonstrado no jogo entre França e Nigéria, num auditório das Organizações Globo. E eu pude ver. Essa nova tecnologia foi mostrada por engenheiros japoneses, demonstrando que até 2016 vai estar em franca implantação no Japão a tecnologia 8K e também a tecnologia 4K. E se prevê até 2020 a universalização dessa tecnologia no Japão. Foi mais um momento interessante acompanhar com todas as emoções de um estádio, sem estar no estádio, uma transmissão em 8K, o que vai ser certamente grande parte das transmissões no futuro.

            Isso tudo ocorre exatamente porque a Copa do Mundo acontece no Brasil e leva inclusive os empreendedores, como é o caso das Organizações Globo, a trazer demonstrações dessa nova tecnologia, a tecnologia 8K, desenvolvida pelos japoneses, que, no futuro, vai estar também a serviço do povo brasileiro. Tudo isso para provar o quanto a Copa do Mundo está sendo interessante no Brasil e o quanto ela está sendo um sucesso.

            Certamente, nos jogos finais, daqui até o próximo dia 13, teremos ainda muita emoção, teremos muito choro por um lado e alegria e festa por outro, mas haverá de vencer o melhor. Nós ficamos na torcida de que mais uma vez seja o Brasil a conquistar o hexacampeonato.

            Muito obrigado. Fica então esse convite para que a gente usufrua e acompanhe esses jogos todos que têm gerado tanta emoção e mobilizado tanto o povo brasileiro em todos os Estados do Brasil.

            Muito obrigado.

 

            O SR. PRESIDENTE (Randolfe Rodrigues. Bloco Apoio Governo/PSOL - AP) - Senador Anibal, cumprimento V. Exª pelo pronunciamento.

            Vamos juntos torcer. A Seleção tem que melhorar um bocadinho ainda, mas vamos torcer para passarmos pela Colômbia na sexta-feira e irmos para a final.

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Tem que melhorar, eu vou dizer, melhorar bastante, mas não se conquista um título se não tiver também um pouco de sorte. E eu senti muita sorte naquela bola na trave do Chile. Acho que a gente contou muito com a sorte nessa partida contra o Chile, mas a gente vai torcer para que contra a Colômbia consiga ganhar na moral mesmo, com bonitos gols e que gente possa não passar por tanto sufoco.

            O SR. PRESIDENTE (Randolfe Rodrigues. Bloco Apoio Governo/PSOL - AP) - Já conquistamos um tetra na raça, em 1994. Vamos lá. Vai ser um hexa na raça.

            A Argentina passou por sufoco também. A Alemanha passou por sufoco.

            O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Os jogos estão muito emocionantes. Muito emocionantes!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/07/2014 - Página 100