Comunicação inadiável durante a 98ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Satisfação com as obras implementadas em rodovias do Mato Grosso, como parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento, e elogios ao Sr. Luiz Antônio Pagot, por sua atuação no DNIT.

Autor
Cidinho Santos (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: José Aparecido dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Satisfação com as obras implementadas em rodovias do Mato Grosso, como parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento, e elogios ao Sr. Luiz Antônio Pagot, por sua atuação no DNIT.
Publicação
Publicação no DSF de 03/07/2014 - Página 163
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • COMENTARIO, SITUAÇÃO, ESTRADA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ELOGIO, INVESTIMENTO, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC), ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MELHORIA, SISTEMA RODOVIARIO FEDERAL, LEILÃO, RODOVIA, ESSENCIALIDADE, TRANSPORTE DE CARGA, PRODUÇÃO AGRICOLA, ECONOMIA NACIONAL, EXPANSÃO, FERROVIA.

            O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco União e Força/PR - MT. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente, Senador Paulo Paim.

            Srªs e Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, quero aproveitar a minha passagem pela tribuna do Senado hoje para falar um pouco sobre as rodovias federais do nosso querido Estado de Mato Grosso e também sobre os investimentos que têm sido feitos nelas a partir do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, lançado, em 2007, pelo então Presidente Lula.

            Com proporções não de um Estado, mas de um país, Mato Grosso apresenta uma malha viária gigantesca e com problemas que vão na mesma proporção. São 5.800 quilômetros de rodovias federais, sendo 4.300 quilômetros pavimentados.

            Com a escassez de modais alternativos, como hidrovias e ferrovias, as rodovias se tornam essenciais para a logística de transporte de cargas de Mato Grosso e do Brasil.

            Somos um Estado que tem no agronegócio a base de sua economia, com um volume de carga altíssimo para transportar. Só de soja foram 18 milhões de toneladas no ano passado, e ainda temos o algodão, o milho, a carne, o frango, suínos, etc. Na safra 2014/2015, Mato Grosso produziu 40 milhões de toneladas de grãos. Isso significa, aproximadamente, 25% do que o Brasil produziu. Então, para um Estado novo, que hoje tem apenas 8% de sua área territorial destinada à agricultura, isto é muito.

            Posso dizer que o agronegócio aumenta em cerca de 30% os seus custos em decorrência das condições das rodovias, acumulando, hoje, muitos prejuízos por causa das condições não satisfatórias das nossas estradas.

            Dessa forma, muitos podem pensar - e vemos a imprensa noticiar isso a todo momento - que não são feitos investimentos nas rodovias, mas isso não é verdade. A verdade é que, algum tempo atrás, duas décadas atrás, nós não tínhamos investimento; porém, a partir de 2007, no caso específico do nosso Estado, muito foi investido e o que está empenhado para os próximos anos também é bastante promissor.

            Entre 2007 e 2011, nós tivemos a felicidade de ter à frente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o Dr. Luiz Antônio Pagot, um mato-grossense de coração, que muito fez pelo nosso Estado.

            Sob o comando do Dr. Pagot e da equipe do Dnit, foram implementados dois grandes programas: um de conserva e manutenção (PIR IV) e outro de conserva, restaura e manutenção (Crema), visando a recuperação da malha rodoviária. Com um investimento total de R$1,1 bilhão, montante nunca antes investido na recuperação da malha rodoviária de Mato Grosso. O PIR IV e o Crema beneficiaram as BRs 163, 158, 070 e 364.

            No que diz respeito à implantação e pavimentação asfáltica e duplicação, nesse período em que o Dr. Pagot esteve à frente do Dnit, de 2007 a 2011, foram aplicados R$870 milhões e reservado, para obras, R$1,12 bilhão.

            Foram pavimentadas as seguinte BRs: BR-364, trecho Diamantino-Itamarati Norte, um sonho de mais de 30 anos e, num período de aproximadamente três anos, todo esse trecho foi pavimentado, com um investimento de R$220 milhões; no trecho Campo Novo do Parecis (Condomínio Marechal Rondon-Sapezal), foram 350km de rodovia com obras realizadas em três anos e mais de R$140 milhões investidos; na BR-158, trecho Ribeirão Cascalheira a Vila Rica, dos 400km, cerca de 220km ficaram prontos a um custo de R$250 milhões, um preço muito competitivo para uma região com dificuldades de material e com necessidade de muitas pontes, já que essa região do Araguaia, a região de Vila Rica, fica na divisa com os Estados do Pará e Tocantins.

            Os trechos que não ficaram prontos foram em função da falta de licenciamento e alteração do projeto para cumprir o contorno da reserva indígena Marawtsede, com problemas até hoje, porém com recursos assegurados de R$300 milhões.

            Ainda, a BR-242, no trecho Boa Esperança-Querência, com conclusão de 80km a um custo de R$110 milhões, aguarda licenças para a implantação total, com reserva de recursos, pelo Ministério dos Transportes, da ordem de R$220 milhões.

            Foi feita a duplicação de trechos da BR-163: Serra de São Vicente (22km), com pavimentação em concreto, a um custo de R$110 milhões; e Rosário do Oeste a Posto Gil (80km), a um custo de R$240 milhões, com a pavimentação do trecho da Serra da Caixa Furada em concreto.

            Ficou pronto o projeto de duplicação da BR-163 de Rondonópolis a Cuiabá, faltando, à época, a licença e a licitação. Hoje, a obra já está em andamento. O trecho de Rondonópolis a Cuiabá já está em obras. Esse trecho, inclusive, foi concedido à iniciativa privada. No entanto, o Governo Federal está fazendo a respectiva duplicação, e a construtora que ganhou a concessão já começa a fazer a restauração dessa rodovia.

            O trecho de Cuiabá até o Distrito de Posto Gil também está sob concessão, mas a União fará a duplicação, e só então, do trecho de Posto Gil a Sinop, é que a empresa vencedora da concessão ficará responsável, durante o período de cinco anos, por fazer toda duplicação do referido trecho.

            Então, Mato Grosso ficará muito bem servido por uma das suas principais rodovias, a BR-163, saindo da divisa do Mato Grosso do Sul até Sinop, toda ela duplicada. Isso, para nós, é um ganho em termos de escoamento da produção, uma vez que, no período de 2014 a 2015, teremos concluído a pavimentação da BR-163 até a cidade de Santarém, a fim de que possamos exportar a nossa produção não só pelos portos das Regiões Sul e Sudeste, mas também pela Região Norte, em Miritituba e Santarém.

            Para este ano, está prevista a destinação de quase R$700 milhões do Ministério dos Transportes, em 11 grandes investimentos em infraestrutura e logística, para Mato Grosso, contemplando obras de construção e adequação.

            O planejamento do Ministério dos Transportes aponta que, nos próximos cinco anos, devem ser investidos R$7 bilhões nas rodovias do Estado. Entre as principais obras, está a duplicação da BR-163/364, no trecho entre Rondonópolis-Cuiabá-Posto Gil, a qual citei anteriormente.

            Os investimentos estão sendo feitos sistematicamente, e isso confirma o reconhecimento do governo do Presidente Lula e também da Presidente Dilma Rousseff acerca da importância de Mato Grosso para o desenvolvimento do Brasil.

            As concessões são outra estratégia do Governo Federal para tentar minimizar os problemas na malha rodoviária federal. Os leilões de rodovias são parte do plano para melhorar a infraestrutura logística do Brasil, que ainda é um dos principais entraves para o crescimento econômico.

            Ainda não alcançamos um modelo satisfatório para o transporte de carga, tampouco para o usuário das rodovias brasileiras. No entanto, estamos caminhando para isso. Em médio prazo, teremos outros modais, como as ferrovias. Hoje, Mato Grosso já conta também com a Ferrovia Centro-Oeste, a Fico, com o planejamento da Ferrovia do Araguaia e, ainda, com o planejamento da outra ferrovia que sairá de Sinop, Lucas do Rio Verde e Sorriso até o Porto de Miritituba.

            Então, como estamos nos aproximando de um período eleitoral, há candidatos cujos partidos, às vezes, embora já tenham ocupado algum espaço na Presidência da República ou foram governo algum dia, vão a Mato Grosso e criticam, mas se esquecem de que, há pouco tempo, a situação das rodovias do Mato Grosso era horrível.

            Hoje, se há rodovias em boas condições, se há obras em andamento, temos de agradecer ao governo do Presidente Lula, ao governo da Presidente Dilma, que reconheceram a importância do Mato Grosso no cenário nacional, não pela quantidade de eleitores que há no Estado, mas por sua importância econômica, pela contribuição que o Estado dá ao Brasil, à balança comercial do nosso País.

            Eu quero, ao encerrar, Sr. Presidente, fazer o reconhecimento do trabalho do Dr. Luiz Antônio Pagot. Conheço Pagot, toda a sua família e posso dizer que, se existe uma pessoa injustiçada neste governo, essa é o Dr. Luiz Antônio Pagot, vítima de uma armação que houve. Trata-se de uma pessoa honesta, um homem trabalhador.

            Sistematicamente, vejo aqui o Senador Mário Couto, colega nosso, subir à tribuna do Senado e falar impropérios a respeito do Pagot. Fico muito triste, por ser seu amigo, por conhecer sua família e por saber da lisura do Pagot, do trabalho que ele fez no Dnit, do trabalho que fez no governo do Mato Grosso.

            É muito triste para um pai de família quando alguém sobe à tribuna e fala o que o Senador Mário Couto, às vezes, fala, sem conhecer ou, de repente, por ouvir falar também bastante da pessoa do Pagot.

            Então, queria, hoje, fazer esse reconhecimento ao Pagot pelo trabalho que fez no Governo do Estado do Mato Grosso, no Dnit e que faz agora como consultor, levando essa oportunidade de as exportações de Mato Grosso saírem pelo Portos de Miritituba, de Santarém e também por Roraima.

            Então, queria dizer, Pagot, que realmente, talvez, algumas pessoas critiquem o seu trabalho, mas o Mato Grosso e o Brasil sabem da importância do seu trabalho no Dnit. E, hoje, muita gente sente falta do trator Pagot no Dnit, de quanto ele realizou. O Senador Moka, que é do Mato Grosso do Sul, sabe da falta que faz Luiz Antônio Pagot à frente do Dnit, porque é uma pessoa que realmente chegava às 5 horas da manhã e que saía à meia-noite. Assim, trabalhando diuturnamente, com seriedade, ele dirigiu aquele Departamento e fez com que as obras do Programas de Aceleração do Crescimento, de recuperação e de duplicação, em todo o Brasil, tivessem andamento.

            Então, eu queria fazer essa justiça com Luiz Pagot e toda a sua família, dizendo que Mato Grosso está muito feliz pelas obras que estão acontecendo, em termos de infraestrutura, para o escoamento da nossa produção, dando condições para que os nossos produtores possam produzir com tranquilidade.

            São essas as minhas palavras, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/07/2014 - Página 163