Discurso durante a 106ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Análise do plano de ação governamental proposto pelo atual Deputado Federal Reinaldo Azambuja, como postulante ao Governo do Estado do Mato Grosso do Sul.

Autor
Ruben Figueiró (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Ruben Figueiró de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), GOVERNO ESTADUAL, ELEIÇÕES.:
  • Análise do plano de ação governamental proposto pelo atual Deputado Federal Reinaldo Azambuja, como postulante ao Governo do Estado do Mato Grosso do Sul.
Publicação
Publicação no DSF de 22/07/2014 - Página 16
Assunto
Outros > ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), GOVERNO ESTADUAL, ELEIÇÕES.
Indexação
  • REGISTRO, APOIO, ORADOR, RELAÇÃO, DEPUTADO FEDERAL, CANDIDATO, GOVERNADOR, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), ELOGIO, PLANO DE GOVERNO, REFERENCIA, INCENTIVO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, RESOLUÇÃO, DISPUTA, COMUNIDADE INDIGENA, RECUPERAÇÃO, TERRAS, FUNÇÃO, PLANTIO.

            O SR. RUBEN FIGUEIRÓ (Bloco Minoria/PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Eminente Senador Valdir Raupp, Srªs e Srs. Senadores, senhores ouvintes da Rádio Senado, senhores telespectadores da TV Senado, senhoras e senhores que nos honram com a sua presença neste plenário, ao longo desta minha caminhada pela vida pública, no exercício de diferentes atividades, tenho sido testemunha de episódios que confirmam as máximas rotárias - honro-me, Sr. Presidente, de ser rotariano -, abro aspas: “Dar de si sem pensar em si.” E abro aspas novamente: “Mais se beneficia quem melhor serve”. Firmo essas expressões quando, como agora, tenho a oportunidade de analisar o plano de ação governamental proposto pelo atual Deputado Federal Reinaldo Azambuja, como postulante ao Governo do meu Estado, Mato Grosso do Sul, nas eleições de outubro.

            As máximas rotárias a que me referi são a tônica desse jovem homem público, que iniciou como Prefeito da sua cidade adotiva, Maracaju, e granjeou prestígio para ser o Deputado Estadual mais votado. Daí o eleitor, reconhecendo o seu espírito lúcido e propugnador de boas causas, fê-lo Deputado Federal. Reinaldo Azambuja, convocado para postular a Prefeitura de sua cidade natal, Campo Grande, capital do meu Estado, teve o seu propósito tosquiado por uma bem lubrificada engenharia de pesquisa de opinião à véspera do pleito, hoje reconhecida como um grave erro eleitoral, sobretudo pelos seus então adversários.

            Reconhecido pelos seus méritos de cidadão, com lídimos propósitos para uma ação propositiva transparente nos atos e ações, capacitou-se Reinaldo Azambuja a apresentar ao povo de Mato Grosso do Sul um programa de governo que tem a força de seu idealismo, consistente como o bronze, pois fundamentado na opinião colhida diretamente de mais de 200 mil eleitores. Reinaldo apresenta uma proposta denominada “Pensando Mato Grosso do Sul”. E, durante 12 meses de oitivas ininterruptas, percorreu o território sul-mato-grossense, cidades, vilas, patrimônios: foi aos mais longínquos grotões; percorreu de assentamentos rurais a lugares inóspitos, mas de beleza incomparável, como a da planície pantaneira.

            Por todas essas regiões, colheu preciso fruto - a opinião do povo, a que realmente deve ser apreendida e respeitada. Fundamentalmente nos anseios mais nobres de seus conterrâneos, Reinaldo Azambuja se propõe à consulta suprema das urnas de outubro para ser Governador de Mato Grosso do Sul.

            E, aqui, Sr. Presidente, Senador Valdir Raupp, permito-me ressaltar as linhas mestras do pensamento de Reinaldo, que tem a minha integral solidariedade, não somente porque o seu nome é aplaudido pelo meu Partido, o PSDB, mas, acima de tudo, em razão de ele significar novos rumos para os seus conterrâneos. Simplesmente reconhece o momento de mudanças na maneira de governar, porque é o instante de renovação de valores, diante do que aí está, em termos de gestão pública, a que chamaria de falência de boas intenções. Sr. Presidente, os que agasalham esse novo modo de fazer política sentem-se na vanguarda com a nítida compreensão dos clamores da população, discutindo propostas avançadas que combinarão desenvolvimento econômico e ascensão social, com equilíbrio, responsabilidade e transparência.

            A proposta é avançar na saúde, revolucionar na educação, adequar substancialmente a segurança no combate à criminalidade, buscar soluções definitivas para a questão indígena no Estado. Para isso se realizar, teve o estamento da vontade inarredável da opinião para formatar os melhores instrumentos de análise de gestão para mudar o quadro atual. São desafios imensos, e Reinaldo tem a competência e a determinação para enfrentá-los, também porque tem ao seu lado os melhores quadros para conduzir os destinos do Estado.

            Há um surpreendente movimento espontâneo em torno da candidatura de Reinaldo Azambuja, no sentido de um novo rumo que vá ao encontro da democracia das ruas com as aspirações gerais do povo sul-mato-grossense. Mato Grosso do Sul possui 79 Municípios. E quase 70% do seu PIB concentram-se em apenas seis deles.

            Reinaldo Azambuja propõe inverter o processo de crescimento para possibilitar o desenvolvimento regional, não permitindo que ele aconteça, como agora, de maneira desigual. Essa distorção tem gerado pobreza, agonizando problemas que afetam todas as áreas da saúde, da educação, segurança pública e geração de renda. Isso está à vista de todos, menos daqueles encastelados do poder atual.

            Mas, Sr. Presidente, Senador Valdir Raupp, Mato Grosso do Sul tem atualmente 36 anos de existência: é, na ordem do tempo, um Estado jovem. Nós, sul-mato-grossenses, nascemos com a esperança de que ele se tornaria um exemplo para a Federação dos Estados brasileiros. Esse sonho, Sr. Presidente, encontra-se em um estágio de frustração, e inúmeras razões tenho, Sr. Presidente, condições, para dizer.

            Desde as raízes de minha mocidade, em todos os patamares, lutei pela criação de Mato Grosso do Sul, desmembrado de Mato Grosso, hoje nosso irmão. Meu idealismo de jovem não o perdi nessa senectude de meus 83 anos, continua flamante. O que percebo é que nossos rumos estão sendo reabertos pelas gerações presentes, preparados para concretizar o lema das suas antecessoras: do dividir, para multiplicar; gerar riquezas para todos os que mourejam no Centro-Oeste brasileiro.

            Reinaldo Azambuja responde a essa sábia expectativa. Pensando Mato Grosso do Sul, permitiu a concretização de transformar relativamente a estrutura de atendimento da saúde, que atualmente também padece do mal da concentração de atendimento na capital do Estado, visto que na maioria dos Municípios a base para a saúde é precária, o que fortalece a prática da chamada “ambulançoterapia”.

            A qualidade dos gastos públicos é questão de boa gestão, dotando e criando, na administração, uma eficiente infraestrutura logística para assento da produção de comodities, já eficiente com a geração de grãos e proteínas vermelhas, propiciando um incentivo no próprio Estado para um processo de industrialização eficaz.

            Mato Grosso do Sul se ressente, hoje, da perda de milhões de hectares de suas terras, já degradadas em decorrência do seu uso intensivo e irregular, em que se nota quão descuidado tem sido o Poder Público federal e estadual, com a ausência de programas efetivos de recuperação das terras.

            O programa de Reinaldo Azambuja entende como prioritária a implantação de um projeto consistente para tornar novamente produtivas essas terras, antes ferazes e que deram o impulso inicial à economia do nosso Estado.

            Mato Grosso do Sul, Sr. Presidente, vive momentos de apreensão pela incrível omissão das autoridades federais no que diz respeito à posse e ao domínio de grandes áreas ora em disputa entre indígenas e não índios.

            Reinaldo Azambuja é um dos vanguardistas do empenho patriótico no sentido de uma imediata solução para esse impasse, que tende a ser fratricida. Tem ele afirmado, e eu tenho motivos para confiar em sua palavra, que, em seu governo, essa questão está entre as prioritárias, já que é função do governo pôr soluções justas, que permitam o primado da Justiça e o retorno à confraternização de irmãos, não importa a nação de origem, e sim a origem centenária de ser sul-mato-grossense.

            O objetivo principal será preservar o direito de propriedade dos agricultores e pecuaristas, como garantir condições dignas de subsistência aos índios, não só com a ampliação de reservas indígenas, mas, principalmente, com a elevação dos níveis de saúde e educação dessas populações, a fim de permitir que as novas gerações de indígenas possam ter condições de se inserir com eficiência no mercado de trabalho, atendendo aos legítimos níveis de aspiração e vida.

            Concluo, Sr. Presidente. Reinaldo Azambuja propõe para o governo uma ação permanentemente translúcida, sem ressaibos. Aliás, é uma coerência de sua vida. Cidadão correto, administrador público testado, ficha limpa, defensor de valores e princípios republicanos.

            Estou convicto, Sr. Presidente, Senador Valdir Raupp, e aqui ressalto que, quando ocupei a missão de Conselheiro do Tribunal de Contas do meu Estado, e já se vão alguns anos, e ele, como Prefeito do Município de Maracaju, fui o relator de suas contas e pude ressaltar a sua honorabilidade como ordenador de despesas, gestor de contas exemplares, pela precisão contábil, imprescindível na aplicação dos recursos públicos.

            Este, Sr. Presidente, o meu testemunho que me inspira a afirmar a V. Exªs e aos demais ilustres colegas desta alta Casa do Congresso Nacional, que Mato Grosso do Sul, elegendo Reinaldo Azambuja seu governador, consagrará o sentido de mudanças, a verdadeira inspiração do povo brasileiro nesse instante histórico da nacionalidade.

            São as palavras, Sr. Presidente, que nesse instante, nesse início de semana, eu me permito dizer desta tribuna à Nação brasileira.

            Muito obrigado a V. Exª.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/07/2014 - Página 16