O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Pela Liderança. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, meu querido País, meus irmãos do Estado do Pará, que têm me recebido nas minhas andanças com tanto carinho, muito obrigado lá do fundo do meu coração.

            Brasil, eu já vim aqui, por muitas e muitas vezes, comentar a corrupção neste País. A cada semana eu estou aqui fazendo uma denúncia ou comentando uma denúncia do Governo petista.

            É extremamente desgastante para este Senado mais uma corrupção, desonestidade que envolve o Partido dos Trabalhadores. Ora, brasileiros e brasileiras, meu querido Presidente, amigo particular, Tião Viana, ora, se a revista Veja estivesse inventando alguma coisa que foi gravada, meu Presidente... Está gravado! O que está gravado não tem contestação! Têm que aparecer os criminosos, mas nunca aparecem, nunca, Brasil.

            Vocês já viram tantos. Ora, se a revista Veja pertence a algum lado político... Será que esse é o primeiro escândalo do PT, Nação brasileira? Será que essa publicação da Veja é a única? Eu acho que a Veja não devia nem publicar mais as corrupções do PT, porque não está vendendo. Não é mais novidade, não se torna mais novidade. Já se tornou comum olhar, folhear as revistas brasileiras e se ler a grande farsa do PT. Não é de hoje, é desde o tempo do Lula! Por isso que o Lulinha está podre de rico, Nação.

            Você, que passa mal, aposentado, você, que ganha mal: o filho do Lula está bilionário. Não existe mais, Srs. Senadores, não existe mais neste Parlamento aqueles tempos em que se podia dizer que o Senado brasileiro representava o povo brasileiro. Eu, outro dia, mandei o Rui Barbosa colocar um algodão no ouvido para não ouvir o que eu acabei de ouvir ainda há pouco nesta tribuna, alguém dizer que a revista Veja está mentindo.

            Meus queridos Senadores, está aqui, é uma desmoralização a esta Casa. Eu, quando vim para cá, jurei, em cima desta Constituição, que eu ia respeitar esta Constituição, que eu ia respeitar aquela bandeira verde, amarela e azul, que tem os dizeres de “Ordem e Progresso”. Eu disse que eu vinha para cá representar o povo do Estado do Pará com honestidade e seriedade. Eu bato no meu peito e mando procurar o que quiserem procurar de mim, em nome da seriedade do meu povo que mandou para cá.

            Não quero injustamente acusar colegas, mas quero dizer que eu vou levar até o fim este questionamento que a Nação observa neste momento. Confio, sim, no Senador Vital do Rêgo, mas algo foi gravado, algo está errado, e houve uma mistura de assessores da Presidência com assessores do Senado, para se fazer - tire a palavra chula daí - a “...” que fizeram. Desmoraliza a Pátria, desmoraliza este Poder. O que o povo brasileiro há de pensar neste momento? O que fazer mais? O que se pode fazer mais para conter essa avalanche de corrupção? O povo brasileiro não aguenta mais! É toda semana, roubo e corrupção.

            E ainda há Senadores que têm a coragem de...

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - ... vir aqui falar para o seu povo que a Veja está mentindo.

            A Veja mentiu quando publicou o mensalão? A Veja mentiu quando mostrou o roubo do DNIT? A Veja mentiu quando disse que o Lulinha está rico? A Veja mentiu quando denunciou mais de 12 ministros corruptos, que foram sacados dos seus poderes? A Veja mentiu em dizer que, à luz do dia - à luz do dia -, tiraram R$80 bilhões do cofre da Petrobras, sem documento, meu amigo Presidente? Nação brasileira, o dinheiro é seu, Nação brasileira! Só em um mês, roubaram, tiraram do cofre da Petrobras R$80 bilhões.

            O orador que me antecipou disse que a Petrobras é lucrativa. Lógico que é - lógico!

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Como não tem lucro uma empresa que vende petróleo, uma das maiores empresas do mundo? Acontece que estão roubando o lucro da Petrobras. A Petrobras deve, hoje, no mercado internacional, R$300 bilhões - R$300 bilhões! -, fruto da corrupção deste Governo.

            E não tem, Presidente, essa história de dizer que é época de eleição e não se pode acusar ninguém. Que história é essa? Que história é essa? Ou se há tempo para se denunciar.

            O certo, Presidente, é que isto aqui desmoralizou esta Casa. O certo, Presidente, é que rasgaram a Constituição. O certo, Presidente, é que rasgaram o Regimento desta Casa.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - O certo, Presidente, é que não se pode dizer que o que está gravado é mentira.

            Dilma, o teu Governo se transformou numa lama de corrupção, Dilma! Quando vim a esta tribuna, Senador, pedir o impeachment da Presidenta, disseram a mim que eu estava sendo duro. Eu não vim para cá para pedir cargos públicos para a Dilma. Eu não vim para cá para me ajoelhar aos pés da Dilma! Eu vim para cá defender o meu povo, a minha terra, o meu País! Eu não me curvo, não me ajoelho aos pés de ninguém! Eu defendo o meu povo, a minha Pátria e a minha terra!

            E ninguém cala esta boca!

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Ninguém ouse calar esta boca! Enfrentarei, Presidente, enfrentarei, em defesa da minha terra, qualquer um que se porte na minha frente para defender a corrupção. A minha Pátria já foi muito lesada! O Brasil não suporta mais isso, Dilma!

            Pasmem, senhoras e senhores, acordei, hoje de manhã, peguei as matérias dos jornais, olhem como essa Presidenta, essa Presidenta não está normal! Essa Presidenta não está normal, brasileiros! Olhem o que ela está fazendo! Vou ler ao Brasil: “BNDES Vai Liberar 150 Milhões para a Modernização de Aeroportos...”, sabem onde? Em Cuba.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Senhores e senhoras, Senadores da minha Pátria, pelo amor de Nossa Senhora de Nazaré, brasileiros, pelo amor da minha padroeira da minha terra, o Brasil não pode mais sofrer tanto.

            Dilma, passou, Dilma, passou dos limites, Dilma. O Brasil não aguenta mais. Foi um bando de “chamessuga” a chupar, a chupar o dinheiro dos brasileiros. O Brasil não produziu mais. O Brasil não produz mais. Nosso PIB é pífio!

            As prefeituras, todas falidas, e esta senhora, Presidenta da República, mandando o nosso dinheiro para um ditador assassino, quando, por exemplo, a minha terra, o meu querido Pará, com esses 150 milhões, faria todos os seus aeroportos, em todos os seus Municípios...

            Como tu és, não é Dilma? Como tu és. O Pará e o Brasil haverão de retribuir esta deslealdade que tu fazes com o povo brasileiro. São R$150 milhões para fazer aeroporto em Cuba, enquanto na Amazônia, enquanto no meu Pará, eu desço em praia, eu desço num avião em pista de piçarra, com um metro de largura, Dilma. Eu queria que tu fosses lá descer para te mandar para esse ditador safado.

            Esta é a Presidenta que ainda defendem nesta tribuna.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria. PSDB - PA) - Se este País fosse sério, esta Presidenta devia ir para a cadeia; já estava na cadeia há muito tempo; há muito tempo, Sr. Presidente.

            Vou descer, Presidente. Vou descer.

            Registre-se nas notas taquigráficas o dia de hoje. O País vai dizer a essa senhora: fora. Fora, Dilma! Basta! O teu povo foi igual formiga. Acabaram com a Pátria.