O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, aqueles que nos veem e nos ouvem pelas mídias sociais, pelos meios de comunicação desta Casa, dentro do processo eleitoral que vive o Brasil, esta é a semana intitulada “semana de esforço concentrado” no mês de setembro. E, certamente, penso que não voltarei a esta tribuna antes do sufrágio nas urnas, portanto até o dia do sufrágio no processo eleitoral, quando conheceremos o novo Presidente ou a nova Presidente da República ou quando se dará o início de um processo de segundo turno para as eleições. Penso que, nesses próximos 32 dias, este será meu último discurso.

            Quero fazer um retrospecto, Sr. Presidente, para que as pessoas possam entender de forma clara nossa posição em defesa de valores, em defesa da família, e por que nós nos insurgimos, reagimos contra posições postas pelo Governo atual, por seus liderados, no enfrentamento à família brasileira.

            E por que falo isso? Quando da eleição do Presidente Lula, no seu primeiro mandato, participei daquele processo eleitoral e, no segundo turno, viajei este País “dessatanizando” Lula. E olha que lá estava Walter Pinheiro, Senador do PT; o Pastor Everaldo, meu candidato hoje a Presidente da República; Marina Silva e muitos outros! Descortinava-se um momento novo para a vida brasileira. Nós havíamos saído do governo Fernando Henrique Cardoso. E é preciso que se diga - e Marina fala isto muito bem - que nós não temos de demonizar aquilo que foi bom no governo alheio. No governo Fernando Henrique Cardoso, se não posso aplaudir tudo o que aconteceu, preciso reconhecer - e sempre reconheci - que foram dados os fundamentos da economia neste País. A partir dos fundamentos da economia dados pelo PSDB, foi possível acontecer a chamada inclusão social, que ocorreu no governo do Presidente Lula. E ninguém é cego para negar isso, o que seria uma irresponsabilidade, uma insanidade!

            A Bíblia é palavra de Deus. Aliás, quero reafirmar que a Bíblia para mim não contém a palavra de Deus, a Bíblia é a palavra de Deus. A Bíblia diz que “um é o que semeia, e o outro é o que ceifa”. Foram dados os fundamentos da economia. A partir daí, Lula foi ungido Presidente deste Brasil. Por que digo que ele foi ungido? Porque satanás não unge autoridade. Quem unge autoridade é Deus! Na primeira eleição de Lula, havia Garotinho, também do PSB, muito bem colocado, e ele era o candidato dos evangélicos. Então, Garotinho era o candidato de Deus, e Lula era o do diabo? E o diabo venceu Deus, porque Lula ganhou? É uma tolice raciocinar dessa forma e nessa direção. Depois, veio a eleição com Dilma e com Marina: uma era de Deus; a outra, do diabo. O diabo ganhou de novo? Não! Quem unge autoridade é Deus!

            Participei desse processo no segundo mandato de Lula, participei do processo no mandato da Dilma. No mandato de Lula, houve inclusão social, obtivemos avanços, e houve estagnação e desastres a partir do Governo da Presidente Dilma.

            Quem unge autoridade é Deus. Preste atenção! Quem ergueu Itamar Franco Presidente deste País foi Deus, quem ergueu Fernando Henrique foi Deus, quem ergueu Lula foi Deus. Deus, diz a Bíblia, ergueu Saul, rei de Israel. E disse a Saul: “Agora, governe sobre o povo com justiça e observe os meus preceitos!” Mas o homem tem livre arbítrio. No momento do reinado de Saul, ele achou que estava do tamanho de Deus e que podia muito mais que Deus e começou a fazer suas lambanças. É só olhar o governo de Salomão, que Deus ungiu, a quem deu riqueza e sabedoria! Salomão observou os preceitos de Deus. Mas veja as lambanças que o livre arbítrio e o caráter humano dele fizeram no final do governo. Deus levanta o homem, Deus o coloca em uma posição, mas ele tem livre arbítrio para ser honesto ou desonesto, para ser justo ou injusto, para ser decente ou ser indecente.

            Deus ungiu, e não me envergonho, até porque não há vergonha e demérito em alguém ser base de governo. Demérito é subserviência! E há valores, posições! Pilares não se negociam! Deus deu ao PT a oportunidade de governar este País. E, a exemplo de Saul, em determinado momento, eles acharam que eram maiores que Deus e que podiam tudo: “Depois do advento da Bolsa Família, nós pegamos a população mais pobre pelo estômago. Eles agora são nossos. O que a Veja fala eles não leem. O que a Globo comenta não chega a eles. Eles jamais saberão das lambanças que praticamos em praça pública.” Ledo engano! O strip-tease moral chegou à Bolsa Família! Ledo engano! O strip-tease moral chegou à parabólica. Por que digo “parabólica”? Porque nem todo pobre tem Sky, mas todo pobre que mora no rincão mais distante deste País tem parabólica, que custa R$99,00, divididos em 86 vezes. Todo o mundo sabe de tudo! Todo o mundo, neste País, hoje, tem Facebook. Todo o mundo, neste País, hoje, tem WhatsApp. Todo o mundo tem Instagram. Todo o mundo sabe de tudo!

            Ninguém, Sr. Presidente, é tão bom, absolutamente bom, que tenha de se perpetuar no poder. Senador Paim, perpetuação no poder cheira à ditadura. Este País está aparelhado, e tentam nos levar, para que nós nos tornemos uma Venezuela ou nos tornemos uma Cuba. Aliás, Cuba é privilegiada. Parabéns, Fidel! Parabéns, Raúl Castro! Vocês ganharam um porto construído pela Presidente Dilma com o suor dos aposentados deste País. Isso é uma insanidade!

            Ora, há o strip-tease da Petrobras, a compra da Pasadena! Aliás, “onde Pasadena, passa boiada”. Há o strip-tease dessas duas CPIs. Cerveró e Graça Foster se apressaram em fazer doação dos seus bens para os filhos, para os parentes, assim que as CPIs começaram.

            A Presidente Dilma ainda tenta se colocar assim para a população brasileira quando tenta desqualificar Marina, quando tenta desqualificar o Pastor Everaldo: “Marina nunca governou nada. Marina nunca governou uma quitanda, e o Pastor Everaldo muito menos”.

            É gestora a Dilma? Não! Ela foi gerente no Governo Lula. Quando a colocou para tomar conta do pool das empresas, ela fracassou. Ela foi Presidente do Conselho da Petrobras. E sabe quem autorizou a compra de Pasadena, no relatório do Sr. Cerveró? Qual a visão deles da Petrobras? É só olhar para Cerveró, que a gente vê como é a visão. Sabem quem autorizou? Dilma Rousseff.

            Não estou inventando nada. Não estou inventando nada! Estou inventando, Sr. Presidente? Estou falando a verdade. Que gestora é essa que depois vem a público, quando a bomba estoura, e diz: “É um contrato malredigido. Havia umas cláusulas que eu não li. Cerveró falou que era depois.” Cerveró veio aqui e desmentiu. Cerveró não é bobo. É um olho no peixe e outro no gato.

            Um monte deles está preso. Ei! O streptease moral do mensalão!

            Agora, eu sempre disse que a Presidente era água de morro abaixo. O rio está cheio. Quem conhece beira de rio sabe. Quando as galhadas das ingazeiras caem para dentro da água... E eu fui criado assim no interior. Quando um menino está se afogando, tenta se agarrar naquelas galhadas de todo jeito. Pega aqui, pega aqui, pega ali. É assim que eles estão, se afogando, tentando se segurar em uma galhada. Agora, por quê? Porque trataram esta Nação como gente besta, como gente vazia, despreparada, como um Parlamento subserviente, que faria aquilo que eles mandassem.

            Deixa eu dizer uma coisa para você: Marina nunca governou nada. E o que Lula governou, quando foi Presidente? No entanto, foi bom Presidente. Você precisar ter boas intenções, ser bem-assessorado, não é, Governador Jayme Campos? O que ele governou? Nada. Dilma governou o quê? Governou a loja de R$1,99, no Rio Grande do Sul, que quebrou, mas se tornou Presidente. Foi uma grande gerente do Governo Lula.

                  Essa história de querer desqualificar os outros. Eu me lembro que, no primeiro mandato do Lula, eu fui para o Pará. Eu, Marina e Walter Pinheiro, porque Maria, uma Deputada Estadual do PT, foi candidata a Governadora e foi para o segundo turno. Fomos para lá, para o comício de Maria, eu e Marina Silva, porque Marina Silva era uma deusa, era um ícone. Marina Silva chamava a atenção, podia dar voto. Marina Silva já tinha se apresentado como evangélica. Então, ela podia ajudar a juntar essa comunidade. Mas agora, porque Maria foi para as pesquisas, deu um salto na frente, o povo revela o seu desejo de mudar. Aí, a tentativa agora de desqualificar Marina é total.

            O Brasil está preocupado. É o medo. O medo? O Lula não sofreu desse mal? Quando Regina Duarte falou que o Brasil estava com medo do Lula, eles quase matam Regina Duarte.

            Aí, a esperança venceu o medo. Medo de quê? Se o Pastor Everaldo, que é meu candidato, nº 20, se tornar Presidente da República, ele tem bom senso, tem senso de valores, conhece a pluralidade deste País e saberá exatamente onde estão os nossos gargalos. E o mais importante Everaldo sabe: não existe nação forte com família fragilizada. Deus não criou o Ministério Público. Deus não criou o Ministério da Fazenda. Deus não criou o Conselho Tutelar. Deus não criou os Conselhos Bolivarianos da União Soviética, reeditado por Chávez, que Dilma quer reeditar no Brasil para fechar o Parlamento. Deus não criou nada disso. Deus criou, Senador Jayme, família. A partir da família, tudo; fora da família, nada, Presidente. Ele sabe que um país forte precisa ter famílias fortes. Se a família vai bem, a sociedade vai bem. Se a família vai bem, a escola vai bem. Se a família vai bem, as Forças Armadas vão bem, o clube vai bem, a Igreja vai bem. Se a família vai mal, a Igreja vai mal, a escola vai mal, a sociedade vai mal, os relacionamentos vão muito ruins, porque a água boa e a água ruim nascem na família. A água doce e a água salgada nascem lá; o bem e o mal nascem lá. Alguém disse que casa de pai escola de filho.

            O nosso grande drama é porque excluíram a família de tudo isso, e a lógica é que a educação pode salvar o Brasil. Que educação, cara pálida? Escola não educa ninguém. Quem educa é pai e mãe. Professor não tem obrigação de educar filho seu, meu Presidente, nem de Jayme Campos, nem meu. Professor tem a obrigação de educar o filho dele. O professor tem obrigação de abrir conhecimento. Escola abre janela para o conhecimento. Professor bem reciclado e bem pago tem obrigação de dar conhecimento ao meu filho e ao seu filho, mas educação quem dá é pai e mãe. Educação quem dá é pai e mãe, e não podem ser excluídos de um processo como esse. Pastor Everaldo, Marina Silva sabe; conhece os valores e fundamentos de família e sabe que, a partir da família, tudo.

            Passamos aqui alguns anos enfrentando, e, na eleição passada, a Presidente Dilma assinou um documento conosco, dizendo que, no Governo dela, não trataria do tema. Ninguém enfrentaria a família brasileira, porque este é um País religioso. Não estou falando de evangélicos. Estou falando de um País cristão, de um País monoteísta, de um povo que acredita em um só Deus. Estou falando de cristãos.

            Há três anos, Senador Jayme, o senhor que é um católico comprometido, devoto, o Brasil era considerado a maior Nação católica do mundo, correto? Um País cristão. Um País monoteísta. Nós, evangélicos, somos cristãos. Os espíritas são monoteístas. Acreditam num Deus. Este não é um País ateu. Ateísmo não é religião oficial deste País. Mas qual foi a primeira atitude da Presidente? Foi nomear uma Ministra para Assuntos da Mulher, e, em um discurso, ela disse que veio e assumiu para aprovar o aborto no Brasil. Ledo engano, Srª Ministra, ledo engano! A senhora acha que nós estamos dormindo?

            Senador Jayme, aborto é um atentado contra a natureza de Deus. Não estamos dormindo, não. A Ministra Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul, Ministra dos Direitos Humanos - eles tratam direitos humanos como se os humanos não tivessem direito -, só sabia falar de aborto, e, no dia em que estava de folga, que podia ir descansar com os filhos, falava de casamento homossexual.

            Ei! Nós não estamos dormindo, não! Nós não estamos dormindo, não!

            Agora a discussão reaparece. Enfrentaram, colocaram em pauta a discussão da legalização das drogas, legalização do aborto. Se insurgem de forma violenta, se insurgem contra a violência no País. Qual é a violência? A violência deste País, meu Presidente, é advinda de sermos o único País do mundo onde um homem, Senador Jayme, travestido de criança, estupra, mata, sequestra, mas, quando a polícia põe a mão, ele diz: "Tira a mão de mim que sou menor. Eu conheço meus direitos." Conhece mesmo, porque só tem direito. Não tem dever. "Ei, tira a mão de mim!" Acabou de estuprar uma mãe de família, acabou de matar um empresário que dá quinhentos empregos, dez mil, dentro do porta-malas do carro. “Perdeu, vagabundo!” Acabou de estourar um banco, acabou de assassinar um aposentado, que deu a sua vida por este País. No melhor da sua idade, não tem dinheiro para pagar a farmácia e tem os seus parcos recursos, de previdência social imoral, roubados. “Perdeu, vagabundo! Pou! "Tira a mão de mim que eu sou menor. Conheço meus direitos!" Direitos uma ova!

            Quem comete crime tem que responder pelo crime que cometeu. Aí, este Governo se apresenta e fala para as famílias: “Nós não temos nada com isso. Nossas mãos, nós lavamos.” Eles mandam o Gilberto Carvalho falar, porque essas missões são sempre dele: “O Governo é contra.” “Sim, mas qual é o projeto?” “Não, porque o Governo é contra.” “Sim, Ministro, mas o povo está morrendo!”

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - “É, mas, filosoficamente, o PT é contra.” “Sim, mas o povo está morrendo.” “Sim, mas nós somos contra.” “Vocês são contra?” E mandam um recado: “Vocês podem morrer, podem sangrar no ponto de ônibus. Empresários, vocês vão ser mortos, vão roubar as suas empresas. Nós não temos nada com isso. Até fazer 18 anos, a gente protege os meninos.” E mandam um recado para os meninos: “Até 18 pode. Estupra. Até 18 pode. Mata, incendeia ônibus, sequestra, faz arruaça, humilha mãe de família na frente do marido, dos filhos.”

            Criança chupa chupeta, criança toma mamadeira, criança não pega em 38 nem em cachimbo de crack. Criança dorme em berço.

            É isso o que estamos vivendo. Sei que o senhor está olhando para mim, Senador Jayme, pensando no pequeno Caíto, do seu Estado. Criança de dez anos, estuprada e morta por um pedófilo desgraçado, que depois tem esse tipo de compensação: uma proposta de um novo Código Penal, que é mais uma aberração, um deboche contra a sociedade brasileira.

            Acharam que isso era pouco. A Presidente Dilma mandou fazer a Lei da Palmada. Meu Deus! Minha mãe, D. Dadá! Fui corrigido pela minha mãe, analfabeta profissional. Minha mãe me corrigiu, e eu agradeço a Deus pela correção que recebi da minha mãe. Pela Lei da Palmada, pai não pode corrigir filho mais. A Bíblia, a palavra de Deus, diz que filho sem correção é a vergonha do seu pai e a decepção da sua mãe. Corrigir filho no Brasil, a partir da ideia brilhante da Presidente Dilma, da Ministra Maria do Rosário, da Ministra Ideli, dessas mentes maravilhosas, pai que corrige filho vai preso.

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Ei! Você está me vendo em casa? Está me ouvindo pela Rádio Senado? Você está com o seu celular ligado, o seu Facebook? Espalha esse negócio para frente. É assim que você quer criar os seus filhos?

            Precisamos mudar essa lógica, porque, no próximo fevereiro, quando esta Casa voltar, a minha primeira atitude será entrar contra essa violação, para nós tirarmos, banirmos, varrermos essa desgraçada, infame, inconsequente Lei da Palmada, saída de mentes malignas que querem destruir a família no Brasil.

            Interessante que eles nem têm criatividade. Quarenta por cento da Lei da Palmada estão no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, estatuto dos machos, porque não é nada de criança aquilo. Quarenta por cento estão no Código Penal e 20% foram de maldade que eles criaram, no sentido de acuar a família, acuar dentro de casa.

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Então, quer dizer que abortar pode? Matar no útero pode? Assassinar até 18 anos pode? Usar drogas pode? Legalizar drogas pode? Matar aposentado pode? Aprovar casamento homossexual pode? Mas pai e mãe não podem corrigir filho!

            A capa de O Globo hoje, Globo online - quem quiser abrir, está na capa - mostra uma entrevista com o pastor Silas Malafaia, uma discussão que tem trazido tantos problemas para ele, mas são problemas de que ele não foge. O pastor Silas Malafaia para mim tem o espírito do profeta Amós. O profeta Amós nunca correu da luta por mais difícil que fosse. Aliás, profeta não corre da luta.

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Tentaram cassar o pastor Silas Malafaia com psicologia em cima dele, aquelas lendas da inteligência humana dos céus. Eles sabem tudo! O Conselho de Psicologia sabe tudo. Sabe tudo. Eles ficam repetindo a teoria de Freud, de Jung. Eu não conheço ninguém que eles tenham recuperado. Ninguém que tenham tirado das drogas. Não conheço um menino que eles tenham recuperado. “Vamos cassar Silas Malafaia, porque Silas Malafaia é contra o casamento homossexual.” Eu também sou. Manda me matar. Me matem! “Não, porque os tempos mudaram. Esse Silas Malafaia é doido. Esse Magno Malta é inconsequente. Esse monte de doido que está por aí! Os tempos mudaram. Estamos vivendo na era da internet, Senador doido!” Ei! Nós estamos vivendo numa era globalizada. Mudou o conceito hoje que o Supremo tem. Ei! O Supremo é do tamanho de Deus? Nunca foi e nunca será. Quem é o Supremo para dizer que pode casamento homossexual? Ei! Quem é o Conselho de Psicologia? Me poupem! Mamãe me acode! Eu só preciso ver chover para cima agora, porque o resto tudo eu já vi.

            Deus criou o macho e a fêmea. Não existe cromossomo homossexual. Aí, botou em cima do cara: “Vamos cassar, vamos cassar.” Botou procurador da República em cima do cara, denuncia o cara. Bota a Receita Federal em cima e tal, mas não vai calar. Não vai calar. Esses métodos estão errados.

            Quem é a favor do casamento guei pode falar, porque é uma glamourização. É um sujeito de mente adiantada, um sujeito intelectual, bem-preparado, de universidade. É um sujeito que tem doutorado. Fala, e é uma glamourização!

            Quer dizer que o sujeito que é a favor do aborto pode falar? Pode emitir os seus preceitos e conceitos? Quem é a favor de droga, de legalização de droga, pode falar, porque é um sujeito que avançou muito, é um sujeito intelectual, é um sujeito que discute com as grandes mentes do mundo. Então, esse sujeito é glamourizado, tem colunas sociais e fala nos grandes jornais, mas quem é contra não pode falar nada. Ah! Me poupe! Me poupe!

            (Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Conceda-me só mais uma hora, Sr. Presidente, já estou encerrando.

            O Globo hoje traz, sobre eleições: “Discussão dos direitos GLBT ‘sai do armário’ na campanha”.

            Está lá o Deputado Jean Wyllys, que tem todo o direito de falar o que pensa. Aliás, ele fala o que pensa e é glamourizado, está nos jornais, está na TV. Aqui, tem um padre dizendo que união civil é uma coisa e casamento guei é outra. Tem o Silas Malafaia, de posição conhecida, e a Deputada Iara Bernardi.

            A Deputada Iara Bernardi é autora do PL nº 122, aquele que veio da Câmara e que ficou oito anos com a Senadora Fátima Cleide aqui. Houve o debate, mas não se votou. Mais três anos e meio com... 

            (Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... em seu programa de Governo, Dilma disse que o combate à homofobia não tem relação com preferências religiosas. Não tem nada a ver com questões religiosas, tal e tal, o Estado brasileiro interferindo no poder. É reprimir criminalização qualquer ato que signifique que uma pessoa, baseada em critérios não civilizados, tal, tal e tal.

            Questionada sobre a demora para votar o PL nº 122 - aqui quero dar uma orientação para o jornalista de O Globo, que criminaliza a homofobia -, a Presidente disse que o trâmite do projeto segue em ritmo normal.

            Presidente! Está desinformada. Que o pessoal do PT a informe, pelo amor de Deus! Não está tramitando não. O PL nº 122 acabou, Presidente. Em 17 de dezembro de 2013, às 18 horas, nesta Casa, nós mandamos o PL nº 122 para o inferno.

            Olhe, Jayme, ela diz que está tramitando normalmente. Ela não está sabendo, não, Jayme?

            (Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - A tramitação não é normal, não! Nós encaminhamos, com o Senador Eduardo Lopes, que hoje é Ministro do seu Governo - aliás, um grande Senador, meu abraço -, juntos assinamos a emenda que empurrou para o Código Penal - com o seu voto, ouviu Jayme? Por quê? Porque homofobia precisa ser criminalizada. Não existe esse tipo penal no Código Penal brasileiro. O que é homofobia? O que é homofóbico?

            Então, eu quero dizer que eu leio a minha Bíblia e a Bíblia diz que Deus condena o crime de homossexualismo - eu virei criminoso. A minha Bíblia - em que eu creio, não contém, mas é a palavra de Deus -, as minhas crenças pessoais... Ora, a regra da sociedade é a boa convivência; a regra de boa convivência é o respeito. Eu tenho que respeitar os homossexuais, isso é tolerância, e eles precisam me respeitar, mas eu não sou criminoso porque não aceito o gesto, porque não aceito a opção sexual deles.

            (Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Como também eles não se tornam criminosos porque sou hétero. (Fora do microfone.)

            Que história é essa? Que história é essa? Vamos para o Código Penal? O Código Penal precisa criar esse tipo penal e dizer: “Olha, fulano é homofóbico.” Por quê? Homofóbico é um doente, é um cara que quer matar, que destruir, que ver o outro sangrar, humilhá-lo publicamente. Isso é homofobia!

            Agora, eles banalizaram tanto essa palavra, que basta você dizer... Tem gente que tem medo: “Rapaz, eu sou contra também, mas eu tenho até medo de falar, de eles criarem um problema comigo”. Problema de quê? Quer dizer que eu não tenho direito de expressar minha posição, não, é? Não tenho, não? Tenho! E vou expressar sempre! E a minha posição é a posição de 92% deste País, um País cristão, um País que acredita na família, nos princípios e nos moldes de Deus.

            Aí, trazem a palavra de todo mundo. Aécio diz: “Olhe, o que o Supremo já deu de direitos civis está tudo certo”. Aécio fala porque é católico, de uma família católica, a posição dele é conhecida. Tem uma entrevista de Marina, que eles não colocaram aqui; o Pastor Everaldo é terminantemente, assina debaixo da bandeira, fala nos debates: “Sou contra! Deus criou macho e fêmea”. Aí, o debate vem.

            Aí, eles colocam meu nome, aqui, como um lutador que não permite que isso seja votado e tal. Eu fico até muito alegre. É verdade mesmo e, enquanto eu estiver aqui, não vai mesmo, não. Eu vou continuar enfrentando e continuar votando.

            Deixe-me falar uma coisa sobre isso: quando o desespero bateu, na votação da Lei da Palmada, a Presidente Dilma não ouviu ninguém. Agora, a notícia: tem uma resolução pronta. E essa resolução, Senador Jayme, é para entrar em vigor em setembro, do Conad, do conselho antidrogas,...

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... de um tal Maximiano. Não sei nem de onde veio esse E.T.

            Sabe o que é, rapaziada? Vocês estão bonitos de terno aí em cima, hein? Bem vestidos! Olha, Senador Jayme, os meninos lá em cima. Estão estudando Direito? Vocês são estudantes de Direito? São?

(Manifestação da galeria.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - São. Podem responder. Porque nós vamos passar. Jayme está indo embora, depois eu vou, depois vocês é que vêm. Não é, Jayme?

            Olhe, uma resolução da Presidente Dilma proibindo as casas de recuperação de pessoas drogadas de falarem de religião.

            Presidente, vai recuperar com o quê? Com a insulina de Padilha, com o soro de Padilha? Com o que recupera? Eu não conheço outro remédio. Há 35 anos eu tiro drogado da rua. Quem está me ouvindo sabe que existe um drogado na família, um bêbado na família, alguém na família. Quem está me ouvindo sabe. Um dia eu conheci fulano, que mudou de vida. Foi recuperado. Era drogado.

            (Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Sabe o Marcelo Guimarães, aquele “fortão” (Fora do microfone.) do UFC? É da minha instituição. Tirei o cachimbo de crack da sua mão, assim como a pistola, fiz dele um atleta, e ele está lá trocando porrada, com um contrato de Dana White.

            Mas sabe qual é o remédio, Senador Jayme? Deus de manhã, Jesus meio-dia, e Espírito Santo de noite. Ei, Presidente Dilma! Esse remédio dá certo. O outro não dá, não. O outro não dá, não, Presidente!

            E aí, Maximiano, cadê sua resolução? Agora veio a melhor, esta semana. O Planalto vai fazer um grande esforço - olha, podemos ser convocados - para votar o Estatuto das Religiões, numa tentativa de agradar as igrejas e poder segurar a queda da Presidente Dilma. Sabe quem vai segurar a queda dela? Ninguém. Ninguém!

            Fazer votar o Estatuto para agradar os religiosos! Teve o ano inteiro para fazer, e não fez. Teve o tempo todo para discutir, e não discutiu.

            Agora, lá na capa do Globo On-line está escrito, tem uma foto de Malafaia dizendo: “O Planalto pensa que pastor é otário”. Alguns até que se fingem de otário para poder conviver com eles.

            Vocês não vão passar mel na boca de ninguém. Nós pagamos imposto neste País. Por favor, queiram nos respeitar. É aqui que criamos nossos filhos, dando a nossa colaboração. Por favor, respeitem-nos. Quando você passar no seu bairro e vir uma igreja com a porta aberta, encosta nela e olha. Quem sabe você vai reconhecer 10, 15, 20 pessoas que são ex alguma coisa. Você vai ver e falar: “Aquele lá era da minha escola, era drogado. Está vendo aquele cara? Aquele sujeito era traficante. Aquele ali é meu tio, que vivia bêbado, caído na rua, foi recolhido e, hoje, está na igreja”. Sabe o que é isso, Presidente Dilma?

            (Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - O poder portentoso do Evangelho, o poder portentoso da mão de Jesus. E não há saída para este País sem a presença de Deus neste lugar.

            O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Minoria/DEM - MT) - Permita-me, Senador Magno Malta. Eu quero registrar aqui, com muita satisfação, a presença dos estudantes do curso de Direito da Faculdade de Franca, Estado de São Paulo. Sejam bem-vindos ao Senado Federal!

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Obrigado pela presença de vocês aqui.

            O senhor sabia que meu sonho era ser advogado, Senador Jayme? Fiz de tudo. E há gente no Brasil que pensa que sou advogado, mas fiz vestibular três vezes e não passei em nenhum.

            O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Minoria/DEM - MT) - Imagine se V. Exª fosse,...

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - É, Deus não dá asas a cobra.

            O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Minoria/DEM - MT) - ... brilhante e competente orador como V. Exª é. Competente e brilhante orador.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Obrigado, Senador.

            Eu encerro meu pronunciamento olhando nas câmeras para olhar para o povo do Brasil. E quero fazer um pedido a vocês...

            (Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... a partir de 16 anos: que vocês não deem o seu voto a (Fora do microfone.) ninguém que vota e que acredita em aborto. Não votem em ninguém que é a favor da legalização de droga. Não votem em ninguém que é a favor da legalização da maconha. Há 35 anos eu tiro drogado da rua. Eu sei o que a famigerada, tratada por eles como inofensiva, maconha faz. Eu quero pedir a você: não vote em ninguém que é a favor de casamento homossexual. Deus criou macho e fêmea. Não repita o seu voto para quem é autora intelectual da Lei da Palmada. Não vote em ninguém que tem tentado de todas as formas violar valores.

            Este País não é nem Venezuela nem Cuba.

            (Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - É hora de nós rechaçarmos aqueles que querem tornar este País uma Venezuela ou uma Cuba, aqueles que, com dinheiro público, com o dinheiro e o suor do trabalhador brasileiro, construíram um porto em Cuba, um porto para Fidel Castro; que perdoam as dívidas da Bolívia em detrimento do nosso povo; aqueles que deram um bilhão e tantos milhões em Pasadena, uma sucata, dinheiro do povo brasileiro; aqueles que perdoaram os impostos da FIFA. Na história das Copas do Mundo, a FIFA sempre pagou bilhões de impostos. Aqui, no Brasil, o seu Joseph Blatter foi perdoado. A FIFA não pagou um centavo de imposto aqui porque nós não precisamos fazer hospital, nós não precisamos tirar ninguém da fila, nós não precisamos melhorar o transporte neste País.

            Então, pode dar bilhões para o Blatter, para aqueles que, com estádios orçados em 600 milhões, construíram estádios de 2 milhões...

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Eu peço a vocês: é hora de ver um outro filme, porque esse está manjado, absolutamente manjado.

            O Congresso Nacional tem novecentas proposições contra a família. E eu lamento o senhor não voltar, Senador Jayme. Perdemos a sua força em defesa da família. São novecentas proposições. Novecentas!

            É preciso eleger Deputados Federais com consciência cristã, pode ser católico, pode ser espírita, pode ser qual for. Precisa ter consciência cristã, consciência de família, consciência de Deus. Como Deus criou, como Deus constituiu.

            Não desviem seus votos para Deputado Federal, para deputado estadual. Nós precisamos colocar naquela Casa de lá pelo menos 150 homens e mulheres que pensam em família nos moldes de Deus. E nesta Casa.

            Eu quero pedir uma coisa a vocês que me ouvem agora: não deem seus votos para governador, nem para Senador...

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... para alguém que vai vir para esta Casa ou vai governar o seu Estado com uma mente completamente voltada para destruir valores de família.

            Por último, quero dizer uma coisa a você: a violência do Brasil só será arrefecida se nós fecharmos as fronteiras e tomarmos uma atitude que é necessária e urgente: redução da maioridade penal já. Redução da maioridade penal já! Eles não querem, mas quem sabe da necessidade é quem está sendo morto, sangrado, atirado no ponto de ônibus.

            Por isso, eu convoco o Brasil. Por isso, eu conclamo o Brasil. Por isso, eu conclamo homens e mulheres. E quero conclamar, no meu Estado, aqueles que votaram em mim, aqueles que me trouxeram pra cá, com 1,5 milhão de votos. Não deem os seus votos, no Estado, às pessoas que pensam invertidamente, longe dos conceitos cristãos. Não vamos nos deixar usar. Não somos massa de manobra. Ninguém...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... a família deste País, porque com família forte teremos um Brasil forte.

            Que Deus nos ajude!