O SR. ANTONIO AURELIANO (Bloco Minoria/PSDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, uma nação é feita de realidade e de símbolos.

            A realidade é a nossa história, a nossa cultura, é a civilização que estamos criando nesta faixa dos trópicos. Os símbolos que a ela se apropriam, e através deles o entusiasmo do homem brasileiro, têm a sua representação maior na nossa Bandeira, cujo hino é um hino de paz: “Augusto Pendão da esperança”. É o símbolo da paz, mas não da paz que humilha; a paz que exalta.

            A nossa Bandeira é símbolo da nossa soberania, mas a esse símbolo de nossa soberania integral se associa o símbolo de nossa Petrobras, cujo losango foi retirado da nossa Bandeira para significar que nele também está o significado da nossa soberania.

            Defender essa soberania ultrapassa as eventuais facções políticas, as legendas partidárias ocasionais e se integra no sentido maior que é o sentimento de brasilidade que a todos nós une e faz disso um objetivo comum, que nos converge, que é a defesa intransigente dos interesses maiores deste País.

            Por isso, Srªs e Srs. Senadores, nesta Semana da Pátria, o País se vê envergonhado por alguns filhos que têm a responsabilidade de governar e gerenciar o País e sua matriz energética, mas não o fazem, desrespeitando mandatos e cargos públicos em benefício próprio e de terceiros, agindo de forma irresponsável e criminosa, lesando o Brasil e os seus irmãos.

            A Petrobras, que desde a sua fundação representara a inteligência do homem brasileiro, a independência tecnológica de energéticos importados e a busca persistente pela autossuficiência, nos últimos anos, passou a desviar todos esses importantes ideais para o sentido mesquinho de utilizar esse enorme patrimônio do povo brasileiro de maneira corrompida por interesses pessoais e partidários.

            Conclamo a todo povo brasileiro de boa vontade que exija de todas as autoridades responsáveis que cumpram seu dever de direcionar novamente o País e a Petrobras aos ideais de honestidade, trabalho e eficiência necessários a este País que tanto amamos, que Deus fez grande e que nós, brasileiros, temos o dever de fazê-lo maior pela nossa honestidade, pela nossa inteligência, pelo nosso trabalho e pelo nosso amor.

            Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Caro Senador, gostaria de cumprimentar...

            O Sr. Fleury (Bloco Minoria/DEM - GO) - Queria um aparte, Presidente, do Senador Aureliano, se for possível.

            O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Antes que o nosso nobre Senador Antonio Aureliano saia da tribuna, o Senador Fleury pede o aparte, e a Mesa, obviamente, colabora no que for necessário.

            O Sr. Fleury (Bloco Minoria/DEM - GO) - Eu queria deixar registrado nesta Casa, Sr. Presidente e ouvintes do sistema de comunicação do Senado, que ontem nós tivemos, durante mais de seis horas, audiência pública sobre a Petrobras. Durante as seis horas em que estivemos lá, quero aqui dar o testemunho ao Senador Aureliano da bela intervenção que ele fez ao final. Acho que as seis horas em que estivemos lá se resumem nos sete ou oito minutos que o senhor usou. Foi a coisa mais importante que ouvi naquela reunião, naquela CPI da Petrobras, naquela audiência pública. Isso me orgulha muito, porque o nome do pai de V. Exª é um símbolo deste País, e, como diz a música de Roberto Carlos - “estrelas mudam de lugar” -, o senhor hoje ocupa a estrela de seu pai. Muito importante isso.

            O SR. ANTONIO AURELIANO (Bloco Minoria/PSDB - MG) - Agradeço ao nobre colega o Ex^mo Senador Fleury, e quero dizer a V. Exª que, da mesma forma, escutei V. Exª falar na mesma CPI uma coisa que é fundamental a todo ser humano, a um pai e a um avô como nós o somos.

            Aqui, eu vejo a galeria com essa juventude voltada para os interesses da Nação, e nós, como Senadores responsáveis por representar nossos Estados, temos o dever de, cada vez mais, estimular esse povo brasileiro, essa juventude, as crianças que estão chegando, os pais e avós a terem a capacidade, como V. Exª ontem colocou muito bem, de olhar nos olhos de seus filhos e dizer: “Estamos lutando por um Brasil melhor, mais decente, mais honrado, em que nossas crianças e nossos jovens possam, com liberdade, exercer a plenitude de seu talento e da profissão que cada um deles escolher para seu futuro”.

            Muito obrigado, Senador Fleury.