O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, primeiro, mais uma vez, quero ratificar minha posição a favor da matéria que acabou de ser votada neste Senado com relação aos inibidores de apetite. É realmente uma situação sobre a qual milhares de pessoas esperavam uma decisão do Senado. Creio que a decisão do Senado foi absolutamente acertada.

            Mas, Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem para trazer novamente uma situação dramática de segurança no Estado do Amazonas.

            Sr. Presidente, ontem, durante todo o dia, nós tivemos uma rebelião no presídio do Município de Parintins, segundo Município do Estado do Amazonas. Pessoas foram decapitadas. Houve atos de violência brutal. O Governo do Estado, Sr. Presidente, durante quatro anos e meio, não concluiu uma obra no sistema prisional do Estado do Amazonas. Portanto, a situação da segurança e do sistema prisional é absolutamente crítica no Amazonas, Sr. Presidente.

            Acabo, ainda há pouco, de relatar o ocorrido no dia de hoje com um cidadão...

(Soa a campainha.)

            O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM) - ...que é assessor de um dos candidatos ao Governo e que foi brutalmente assassinado com três tiros na porta do comitê.

            Sr. Presidente, acabo de ser informado de que vários comandantes das tropas especiais da Polícia Militar do Amazonas estão entregando o cargo em sinal de protesto à absoluta falta de planejamento e à absoluta falta de governança, contra a marginalidade e contra a criminalidade no Estado do Amazonas. Isso é grave, Sr. Presidente.

            O Comandante Bó, das Tropas Especiais do Amazonas, entrega o cargo em sinal de protesto, Sr. Presidente. O Comandante Scocio, da Tropa Ambiental, entrega o comando em sinal de protesto. O Comandante Brandão, da Tropa de Choque da Polícia Militar do Estado do Amazonas, que é...

(Interrupção do som.)

            O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM) - ...a tropa mais importante do Estado do Amazonas, Sr. Presidente (Fora do microfone.), entrega o comando da Tropa de Choque do Estado do Amazonas.

            A Zona Leste da cidade de Manaus é a área mais populosa da cidade. O Tenente-Coronel Claudemir, Comandante da Zona Leste da cidade de Manaus, da Tropa da Zona Leste, entrega o comando. O Coronel Ronilton entrega o comando de Manutenção e Logística. Ou seja, os comandantes entregam o comando diante da absoluta falta de governança e de segurança pública no Estado!

            Enquanto isso, Sr. Presidente, lamentavelmente - falo isso com absoluta tristeza, neste Senado, para comunicar ao Brasil o que está acontecendo no meu Estado -, a máquina do Governo, humilhada, é pressionada, como nunca se viu na democracia do Amazonas, a entrar num processo de campanha.

(Soa a campainha.)

            O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM) - Chegou-se ao ponto de os professores, no dia de ontem, numa reunião com o Secretário de fato, da Secretaria de Educação, esticarem uma faixa dizendo que a Secretaria de Educação do Estado do Amazonas não é curral eleitoral e que os professores não são cabos eleitorais, são mestres, que precisam ensinar e educar um povo que merece respeito, Sr. Presidente.

            Quero, portanto, aqui, no Senado da República, fazer a denúncia ao Brasil, à imprensa nacional, de que a situação no Amazonas é uma situação crítica na área de segurança.

            Outra empresária, no Amazonas, foi vítima de cinco tiros na tarde de hoje. Se não tivesse um carro blindado, estaria morta, Sr. Presidente.

            Faço aqui um apelo ao Senado da República para que acione o Ministério da Justiça...

(Interrupção do som.)

            O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM) - ...que acione as autoridades competentes para que não tenhamos novos episódios dramáticos, como o do dia de ontem, no Estado do Amazonas.

            Faço esse apelo a V. Exª e, mais uma vez, cumprimento V. Exª pela importante votação que esta Casa acabou de realizar com relação aos inibidores de apetite, Sr. Presidente.