O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, telespectadores e ouvintes da Rádio Senado, eu não poderia deixar de comentar uma reportagem publicada no Portal de Notícias G1, dia 16 de setembro, destacando que sete cidades de Mato Grosso dobraram número de habitantes nos últimos 13 anos.

            Todas essas cidades, Senhoras e Senhores, nasceram do agronegócio e têm o setor como base da economia. Sendo que duas delas, Lucas do Rio Verde e Sapezal, estão entre as 10 que mais cresceram em todo país.

            De 2000 para cá, a população de Lucas do Rio Verde quase triplicou, segundo dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 52.843 habitantes no último levantamento.

            Já Sapezal, situada no médio norte do estado, a 473 quilômetros da capital Cuiabá, foi criada em 1994 com uma proposta de colonização do Senhor André Maggi, meu pai, que foi o primeiro prefeito da cidade. No início do milênio, 7.866 habitantes viviam no município e em 2013 esse número já totalizava 20.934.

            Além de Lucas do Rio Verde e Sapezal, as cidades de Campo Novo do Parecis, Nova Ubiratã, Campo Verde, Querência, Sorriso, Nova Mutum e Juruena, também constam na lista das que mais cresceram no estado de Mato Grosso desde a última década.

            São cidades que cresceram devido ao agronegócio! Todas elas cultivam grãos, principalmente soja, milho e algodão.

            Nobres colegas Senadores e Senadoras, represento nesta Casa um Estado que tem sua economia fundamentada no agronegócio. Mas não é só para Mato Grosso que o agronegócio é fundamental. Hoje, especialistas apontam o setor como o "salvador da pátria" para o baixo crescimento econômico de 2014.

            No acumulado de janeiro a maio desse ano, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) registrou crescimento de 1,79% do PIB do agronegócio. O setor responde por 22% do PIB nacional e 43% do superávit da balança comercial.

            O agronegócio se mostra ainda mais relevante quando se trata da criação de postos formais de trabalho. De acordo com o Cadastro Gerai de Empregados e Desempregados (CAGED), foi o setor da economia que mais empregou com carteira assinada no primeiro semestre do ano. Tiveram origem no agronegócio cerca de 20% dos empregos gerados. Ou seja, a cada cinco postos formais criados, um estava ligados à atividade agropecuária.

            Sr. Presidente, os números não mentem e comprovam o peso do agronegócio na economia brasileira e sua importância para o crescimento do país.

            Dessa forma, é fundamental que em ano de eleições presidenciais, os candidatos voltem os olhos para o setor e demonstrem claramente quais os seus planos para o futuro do agronegócio no Brasil.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado!