Discurso durante a 137ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do transcurso, em 21 de setembro, do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência; e outro assunto.

Autor
Fleury (DEM - Democratas/GO)
Nome completo: José Eduardo Fleury Fernandes Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS, POLITICA SOCIAL. POLITICA AGRICOLA, ELEIÇÕES.:
  • Registro do transcurso, em 21 de setembro, do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência; e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 24/09/2014 - Página 77
Assunto
Outros > DIREITOS HUMANOS, POLITICA SOCIAL. POLITICA AGRICOLA, ELEIÇÕES.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, PESSOA DEFICIENTE, REGISTRO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, ANUNCIO, LIBERAÇÃO, VERBA, ACESSIBILIDADE, MELHORIA.
  • REGISTRO, NECESSIDADE, CRIAÇÃO, SEGURO AGRARIO, PRODUTIVIDADE, TRABALHADOR RURAL, COMENTARIO, IMPORTANCIA, DEBATE, ASSUNTO, CAMPANHA ELEITORAL, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.

            O SR. FLEURY (Bloco Minoria/DEM - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmo Presidente desta sessão, Antonio Aureliano, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, ouvintes do sistema de comunicação da TV Senado, hoje quero falar a respeito da CDH.

            Ontem, dia 21 de setembro, foi o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência. Havia vários deficientes de vários lugares deste País: de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Rio Grande do Norte, do Ceará. Todos os Estados estavam presentes, e discutimos acessibilidade.

            Ainda há muito a fazer não só nesta Casa. Aqui tem havido total apoio do Presidente Renan Calheiros. Eu lhe disse que eu seria um soldado para que fizéssemos as mudanças para os deficientes, não só para os de cadeira de rodas, mas para todos os tipos de deficiência. Estamos conseguindo sinais em libras e materiais em Braille, com certa urgência, com o apoio da Mesa desta Casa. Ainda falta alguma coisa. Houve um pedido para que, na galeria ou na parte debaixo, na tribuna de honra, tanto para a imprensa quanto para os visitantes, se tirassem algumas cadeiras para que o pessoal de cadeira de rodas pudesse entrar.

            Mas aproveito este momento para aqui não só abordar o tema deficiência, porque essa é uma luta. Até o último dia do meu mandato estarei aqui cobrando do Governo. Foi anunciada pela Presidência da República uma verba de R$25 milhões para acessibilidade durante esses dois anos, mas até agora menos de R$1 milhão foi liberado. Então, vamos cobrar diariamente da Presidenta da República para que ela não se esqueça dessa parte da acessibilidade, das condições para os deficientes deste País.

            Aproveito também - não poderia deixar de lado; falei no primeiro dia que sou um homem do campo - para dizer, como disse o orador que me antecedeu, o Senador Cristovam Buarque, que nós ainda não ouvimos dos candidatos à Presidência sobre o seguro para produtividade, Senador Antonio Aureliano, nosso Presidente. O senhor, que tem vivência no campo, sabe da necessidade de um seguro agrícola de produtividade. Não um seguro que só garanta o banco, mas um seguro que garanta o homem que trabalha, porque ele tem que ter, quando planta, no mínimo 30% de lucro. É o que se vê no Código Florestal, no código de produtividade. Quem planta, quem trabalha precisa ter lucro. Quando se perde uma lavoura, hoje o seguro que tem o cidadão - assim mesmo os pequenos e os médios - é aquele que garante simplesmente o financiamento do banco, mas para o que ele desembolsa e para o que ele precisa para viver não há seguro.

            Então, nós precisamos ouvir dos candidatos quais são as propostas para que os produtores deste País tenham seguro. Acredito que os produtores deste País, o homem do campo, são as maiores engrenagens do Brasil. Só através de produção agrícola o Brasil tem superávit. Precisamos ouvir as propostas dos candidatos à Presidência sobre seguro de produtividade, para quem mais produz neste País em indústria de céu aberto.

            Várias vezes já falamos a respeito dos armazenamentos. Venho aqui novamente cobrar da Presidenta da República, que liberou uma verba para armazenamento, mas através da Conab; e através da Conab eu acho que essas verbas ficam nas multinacionais, para os armazéns. O produtor tem despesa ao levar para os armazéns o seu grão, ao pagar a taxa de secar, ao fazer o transporte da fazenda até o armazém, e depois há a quebra de 2%. Essa verba destinada à construção de armazéns, se ficasse na própria propriedade, tanto na pequena, como na micro, o produtor ganharia mais, teria menos despesas, e automaticamente as multinacionais não teriam a quantidade de grãos. Na hora em que o produtor tivesse que pagar o banco, o pequeno produtor, essa indústria sabe o dia em que vence no banco e abaixaria o preço, achatando-o, porque sabe que o produtor necessita vender para liquidar a sua parcela no banco ou na agência financeira em que ele negociou.

            Era isso o que tinha a dizer.

            V. Exª tem um conhecimento profundo sobre isso para completar o meu pronunciamento.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/09/2014 - Página 77