O SR. ROBERTO REQUIÃO (Bloco Maioria/PMDB - PR. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Presidente, recebo do economista José Carlos de Assis, doutor pela Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Prof. de Economia Internacional da UEPB, uma nota a respeito da proposta do candidato à Presidência da República, Aécio Neves, de redução rápida da inflação para 3% ao ano.

            A proposta que me envia o economista José Carlos de Assis - é uma análise, não uma proposta - é do economista Carlos Cosenza, professor da prestigiosa Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que submeteu a proposta de Aécio Neves de redução rápida da inflação para 3% ao ano a um teste de consistência macroeconômica para saber o que seria necessário, matematicamente necessário, para se conseguir esta redução. O resultado foi que, para se reduzir a inflação para 3% rapidamente, é necessário uma taxa de desemprego de 15% e uma taxa de juros de 25% ao ano.

            Eu não tenho dúvida de que a sociedade brasileira não tolerará isso. Além disso, outras medidas pregadas por Armínio Fraga, como a contração do compulsório bancário e a redução da demanda agregada.

            Faço esta minha comunicação em regime de urgência no plenário do Senado porque é o instrumento que tenho, neste momento, para chamar a atenção do Brasil sobre essa proposta mítica de redução que, levada a efeito, trará uma desordem monumental ao País, rigorosamente impossível do ponto de vista da população brasileira.

            A comunicação que eu pretendia fazer é exatamente esta, e a minha sugestão é que a equipe econômica da Presidente Dilma acesse esse trabalho do economista Carlos Cosenza e utilize, nos programas eleitorais, a desmontagem dessa sandice econômica que, eleito o candidato Aécio Neves, levará o País a uma situação extremamente complicada.

            Era esta a comunicação.

            Obrigado, Presidente.