Discurso durante a 142ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Convicção de que a eleição do presidenciável Aécio Neves é a melhor alternativa para o País.

Autor
Ruben Figueiró (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Ruben Figueiró de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES. SAUDE.:
  • Convicção de que a eleição do presidenciável Aécio Neves é a melhor alternativa para o País.
Publicação
Publicação no DSF de 10/10/2014 - Página 14
Assunto
Outros > ELEIÇÕES. SAUDE.
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, ELEIÇÃO, AECIO NEVES, SENADOR, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REGISTRO, APOIO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO (PSB), PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA (PDT), CANDIDATURA.
  • COMENTARIO, RECEBIMENTO, OFICIO, SINDICATO, TRABALHADOR, EDUCAÇÃO, FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS), ASSUNTO, RELATORIO, ATRASO, PAGAMENTO, PLANTÃO, HOSPITAL ESCOLA, SOLICITAÇÃO, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO (MEC), MINISTERIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO (MPOG), EMPRESA NACIONAL, SERVIÇO HOSPITALAR, AGILIZAÇÃO, RESOLUÇÃO, PROBLEMA.

            O SR. RUBEN FIGUEIRÓ (Bloco Minoria/PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Senadora Ana Amélia, Srs. Senadores, senhores ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, senhoras e senhores que nos honram aqui neste plenário, eu ainda estou possuído da emoção das palavras que V. Exª proferiu. Realmente, o Brasil ganhou com a sua presença aqui, no Senado, mas o desejo do Brasil também, pelos inestimáveis serviços que V. Exª tem prestado à Nação brasileira, era que a senhora dirigisse os destinos do seu Estado, do bravo Estado do Rio Grande do Sul.

            Oportunidade virá. Foi aquilo que afirmou - e fiz referência aqui - Franklin Delano Roosevelt. Não é só com vitórias que conquistamos o respeito dos nossos concidadãos. Às vezes, um insucesso eleitoral nos engrandece muito mais. É o que a senhora conquistou no coração de todos nós, despertando a atenção do povo brasileiro. A senhora vai continuar servindo o Brasil como legítima representante do seu Estado, aqui, no Senado da República. Essa é a nossa sincera, não esperança, mas convicção de que assim acontecerá.

            Mais uma vez, sob a emoção de um homem que admira a sua passagem por esta Casa, pelo serviço que tem prestado ao nosso País, são as palavras que posso lhe dizer neste instante. E sei que represento aqui o pensamento do eminente Senador Fleury.

             Srª Presidente Ana Amélia, certa vez ouvi - todos conhecem - aquela célebre frase de Voltaire: não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la.

            Antes de adentrar no meu modesto discurso, quero dizer que ouvi com a maior atenção e respeito as palavras do eminente Senador Roberto Requião, da representação do Estado do Paraná, como ouvi o aparte vigoroso, objetivo, cruciante que o Senador Fleury pronunciou para contestar, com muita elegância, as palavras do Senador Requião. Eu poderia dizer a V. Exªs que muito do que o Senador Requião disse representa também um sentimento da minha parte, mas eu sou de um partido social democrata, o Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB, e não creio que o meu Partido, que nunca cortejou o poder e dele nunca se beneficiou, seja contra o Brasil. Pelo contrário. Todas as grandes iniciativas que ainda hoje repercutem na consciência dos brasileiros, foram em razão das realizações de Fernando Henrique Cardoso, do meu Partido e de partidos aliados ao PSDB.

            Então, eu não posso deixar de registrar os meus protestos àquelas manifestações do eminente Senador Roberto Requião, quando se refere a nós como inimigos do Brasil, como aqueles que querem entregar o Brasil ao capitalismo internacional. S. Exª, naturalmente, não ouviu e não leu o programa do PSDB.

            É o registro que desejo fazer, para dizer que o meu silêncio, ouvindo, não foi de concordância. Pelo contrário, foi de protesto àquelas afirmativas que ele fez com relação às oposições brasileiras, que desejam, como a Senadora Ana Amélia afirmou com tanta categoria, da sua estatura como cidadã, que o que nós desejamos realmente hoje é a renovação, é a procura da pureza política, que o cintilante civismo do nosso povo volte a presidir os destinos da nossa Pátria. E isso virá.

            Faço aqui algumas considerações que podem, Srs. Senadores, Srª Presidente, Senadora Ana Amélia, observar do discurso que passo a ler.

            Estive ontem no evento de apoio de diversas lideranças políticas à candidatura de Aécio Neves aqui em Brasília. Escolhido a dedo o local do encontro, o Memorial JK, serviu para rememorar essa figura pública imprescindível para o patamar de desenvolvimento que temos hoje no Brasil.

            Sem a coragem de Juscelino Kubitscheck - a quem, quero dizer a V. Exªs, não apoiei, nele não votei, fiz, inclusive na defesa dos ideais que sempre me alimentaram, uma oposição que não foi feroz, mas consciente, mas devo reconhecer que foi uma grande personalidade deste País - para implantar o seu plano de metas, não teríamos, naquele momento histórico da década de 50, angariado tanto desenvolvimento a setores fundamentais da vida nacional. E como não poderia deixar de ser, Aécio, o Senador Aécio Neves, também recordou o seu avô, o inolvidável Tancredo Neves, mineiro e, sobretudo, brasileiro. Ele será eternamente um símbolo da Nação, especialmente no processo de redemocratização de há 30 anos.

            Agora, temos em Aécio Neves a chance de escolher um outro mineiro para tomar às rédeas das principais decisões necessárias ao nosso País. Tenho plena convicção de que ele poderá colocar o Brasil nos trilhos do crescimento econômico, do controle da inflação, da melhoria da qualidade de vida, cuidando criteriosamente do bem público.

            Enfim, Excelências, para colocar os inúmeros vagões do Brasil no trilho da esperança, a partir da real contribuição ao nosso País, com visão de estadista e não apenas de quem quer se aproveitar das benesses do poder ao longo dos anos em que estiver sentado na cadeira presidencial.

            Essa convicção, que não é somente minha, mas de V. Exªs, creio, não é apenas uma manifestação retórica. Prova disso são os apoios que Aécio tem angariado entre as mais diversas lideranças políticas que reforçam a nossa campanha de segundo turno, a julgar pela adesão do Partido Socialista Brasileiro, anunciada ontem pelo futuro Governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, bem como pelas presenças no evento do Deputado Federal e Presidente do PPS, Roberto Freire, pela participação de lideranças dissidentes do PMDB, como os nossos Senadores Jarbas Vasconcelos e Ricardo Ferraço, do Governador eleito do Espírito Santo, Paulo Hartung, e do nosso querido Senador Pedro Taques, do PDT, que também chega com a força do povo, pela extensa votação que recebeu das urnas, ao ganhar, já em primeiro turno, as eleições para o governo do meu Estado irmão, Mato Grosso. Grande homem público, que contribuiu com o apoio de outras lideranças que carregam em sua imagem o compromisso com a ética na política, como é o caso do nosso Senador Cristovam Buarque e do recém-eleito Senador para ocupar o cargo nesta Casa, pelo Distrito Federal, Reguffe.

            A candidatura de Aécio também cresce em significado com os apoios dos então candidatos Pastor Everaldo e Eduardo Jorge, do Partido Verde. Este último, inclusive, anunciou sua adesão "sem perder o seu senso crítico". E nem é isso o que queremos. Precisamos de aliados com senso crítico, realmente, para contribuir e somar com nosso projeto de governo.

            Acabo de ser informado, também, Excelências, que a ex-Senadora Marina Silva não vai fazer hoje sua declaração de apoio a Aécio, mas o fará amanhã, após o encontro com nosso próprio candidato à Presidência da República, Aécio Neves, quando vai expor as razões principais de sua manifestação com a sustentação de seu programa, que foi divulgado pelo Brasil inteiro quando candidata à Presidência da República. É uma expectativa positiva que temos para dar maior ênfase à candidatura de nosso Aécio Neves.

            Afinal - continuo -, o próprio Aécio tem dito que esta não é a candidatura do PSDB ou de um grupo político. É a candidatura do Brasil, que vai mudar a cara da Nação e nos impulsionar para alcançarmos outro patamar de desenvolvimento e justiça social.

            Sabemos que uma série de propostas do Partido Verde são condizentes às nossas, assim como é no programa de Marina Silva. Entendo que temos mais convergências que divergências. Nada obstante a Rede Sustentabilidade ter sugerido o voto nulo, em branco ou em Aécio Neves, acredito, conforme afirmei há instantes com base em informação que acabara de receber, que Marina vai declarar apoio oficial à nossa candidatura, ou seja, à de Aécio Neves. A Rede já decidiu não apoiar Dilma, e isso é um grande indicativo ao eleitorado que busca a “nova política”.

            Aliás, este eleitorado já tem se manifestado. Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Paraná, encomendada pela importante revista Época, já indica Aécio com 54% e Dilma com 46% das intenções de voto. A expectativa é a de que a possibilidade de vitória de Aécio seja confirmada também pelas próximas pesquisas do Ibope e do Datafolha.

            Excelências, os ventos extremamente positivos para a candidatura das oposições não têm feito Aécio "subir no salto", como ouvi ontem, na Globo News, da comentarista política, que tem meu respeito, Srª Eliane Catanhêde. Pelo contrário, o candidato da mudança segura tem demonstrado com sua retórica e dedicação a intenção de fazer uma campanha de alto nível a partir do rico debate das ideias. A Srª Catanhêde ainda usou mais do que erroneamente o substantivo - entre aspas - "pajelança" para referir-se à festa democrática que foi o evento de apoio aos aecistas ontem em Brasília.

            Só para esclarecer a população, segundo o dicionário, pajelança significa rito religioso dirigido pelo pajé com o objetivo específico de cura ou magia, uma prática de curandeiros, o que absolutamente nada tem a ver com o que presenciamos no encontro das lideranças políticas na Capital Federal, que teve a honrosa presença da nossa atual Presidente desta sessão, Senadora Ana Amélia, e do Senador Fleury, que são testemunhas do episódio cívico-patriótico que realizamos, ontem, em apoio à candidatura de Aécio Neves.

            A campanha da candidatura das oposições neste segundo turno vai se ater às propostas - e não como se afirmou ontem, inclusive, no programa Em Pauta, da Globo News - e não vai se intimidar com qualquer ação difamatória que venha pela frente, muito menos com possíveis baixarias mentirosas que digam respeito à vida pessoal do nosso candidato.

            Cito um exemplo muito simples, Excelências, de como o PT tem agido com malevolência para tocar o coração do brasileiro. Ontem, recebi em meu gabinete a visita do Presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Pedro Cavalcanti, lamentando que, no seio de sua corporação, está sendo espalhado um boato sórdido de que Aécio Neves teria como intenção acabar com a instituição. Vejam bem, Excelências: acabar com a Polícia Rodoviária Federal. O que esse povo do outro lado está pensando? Conheço, porque ouvi pessoalmente dele, Aécio Neves, justamente o contrário: fortalecerá a Polícia Rodoviária Federal pela sua importância para a segurança nacional.

            Recebi também a denúncia, tão importante quanto àquela pelo seu vezo de ignorância e egoísmo, de que estão alardeando que Aécio é contra a Embrapa. Senadora Ana Amélia, Senador Fleury, quem não reconhece o valor transcendental da Embrapa para a economia nacional, incentivando o campo nas ações da agricultura e da pecuária?

            Pois bem, a realidade também é oposta àquilo que os nossos detratores dizem: Aécio dará ênfase às ações da Embrapa pela importância que ela representa para a agricultura e a pecuária brasileiras. O que ele pretende, realmente, diante dos fatos existentes, o que acontece, hoje, na direção da Embrapa, na direção da Polícia Rodoviária Federal é extirpar o ranço petista que tem prejudicado ditas empresas.

            Infelizmente, é assim que o PT age, com mentiras e difamações, em troca do seu objetivo único de perpetuar-se no poder. Esse é um exemplo relativamente simples.

            A campanha volta às rádios e às TVs hoje. A julgar pelo processo difamatório feito injustamente contra Marina Silva, que foi, aqui, muito bem destacado pela Senadora Ana Amélia, estamos esperando artilharia pesada, bem treinada pelas estratégias de guerrilha. Mas nossa estratégia é mais forte. Nossa principal arma é a verdade.

            Antes de encerrar essas minhas palavras, gostaria, apenas, de mudar de assunto para registrar, muito rapidamente, o ofício que recebi do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, relatando o atraso no pagamento dos plantões hospitalares realizados no Hospital Universitário no primeiro trimestre deste ano. O fato ocorre por questões burocráticas de auditoria.

            Solicito, então, desta tribuna, do Ministério da Educação e do Planejamento, bem como da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que tomem as providências necessárias para resolver a questão. Todos sabemos que o atraso no pagamento prejudica a vida desses profissionais que tanto atuam pela saúde em meu Estado, Mato Grosso do Sul.

            É um pequeno detalhe, Excelência, mas isso prova a desorganização do atual Governo da República. Um detalhe, apenas, que atinge muitas pessoas e, principalmente, a saúde daqueles que se utilizam do Hospital Universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

            Srª Presidente, a senhora foi extremamente tolerante com o tempo que me foi concedido, mas as minhas palavras finais são de profundo respeito a V. Exª, com as minhas homenagens sinceras do porte político de V. Exª à frente da atual conjuntura nacional e dos resultados das últimas eleições no Rio Grande do Sul, que apenas a engrandecem.

            A SRa PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco Maioria/PP - RS) - Muito obrigada, Senador Ruben Figueiró, pela sua abordagem e, sobretudo, pelas referências ao meu pronunciamento sobre o mesmo tema. Estamos no caminho certo e temos que, como disse V. Exa, respeitar o cidadão e a decisão soberana dos eleitores. Mais do que isso, é inaceitável essa tentativa de desconstruir os postulantes à Presidência com mentiras e com inverdades. Mas, como eu disse, a história e o próprio eleitor se encarregam de desfazer os equívocos.

            O SR. RUBEN FIGUEIRÓ (Bloco Minoria/PSDB - MS) - A verdade é cristalina.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/10/2014 - Página 14