Comunicação inadiável durante a 170ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com os recentes escândalos de corrupção no Brasil.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
CORRUPÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REFORMA POLITICA.:
  • Preocupação com os recentes escândalos de corrupção no Brasil.
Aparteantes
Antonio Aureliano, Randolfe Rodrigues.
Publicação
Publicação no DSF de 20/11/2014 - Página 100
Assunto
Outros > CORRUPÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REFORMA POLITICA.
Indexação
  • APREENSÃO, AUMENTO, CORRUPÇÃO, DEFESA, NECESSIDADE, UNIÃO, CONGRESSO NACIONAL, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, OBJETIVO, CESSAÇÃO, CRIME, REALIZAÇÃO, REFORMA POLITICA, MELHORAMENTO, CODIGO TRIBUTARIO.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - É com alegria, meu querido Presidente, que eu agradeço a gentileza de V. Exa.

            Neste dia, em que há no ar uma expectativa de interrogação, do que vai acontecer e do que não vai acontecer, eu digo desta tribuna o que já venho dizendo nos últimos tempos: esta é uma hora da maior importância. Esta é uma hora de significado fora de série. Para onde vamos? Qual será o destino do nosso País?

            A Presidenta está chegando. Ela terá que tomar uma decisão. O Brasil não pode continuar da maneira que está. A sociedade brasileira saiu de uma eleição e o resultado é que parece que nós estamos quase à beira de um abismo. Para onde vamos? Eu defendo, com toda a sinceridade, que este é um momento excepcional. Este é um momento como raramente a gente viveu. Não é um momento de crise, de golpe, não é um momento de medo dos militares, não é um momento de as instituições estarem em perigo. Não! É o futuro do Brasil.

            Disse o New York Times que o que está acontecendo no Brasil é inédito. Não há, na história do mundo moderno, nenhum país do tamanho do Brasil, do prestígio do Brasil, da credibilidade do Brasil, que tenha uma crise de corrupção de tanto roubo, de tanto escândalo, roubo que daria para reconstruir o País. É essa imagem que nós estamos tendo lá fora. E não se diga que é a oposição; não se diga que é ninguém. Está aí toda a imprensa. Toda! Todos estamos falando boquiabertos sobre as coisas que estão acontecendo e sobre outras que dizem que estão por vir. 

            Essa é a hora em que a Senhora Presidenta tem de tomar uma decisão, tem de tomar uma decisão. Tem de dizer ao seu amigo Lula que ele tem de dar força à Senhora, que tem de chamar o Brasil e debater, fazer um entendimento para sairmos dessa crise.

            Na minha opinião - repito aqui -, quando tivemos a crise do impeachment do Collor, quando tivemos a crise da CPI dos Anões do Orçamento, cassaram inúmeros deputados, quando não se saberia o que ia ser feito, quando Itamar assumiu sem saber o que fazer. Ele não tinha ninguém nem partido nem coisa nenhuma. Convidou-me para ser o Líder, e o que fez foi reunir toda a sociedade, reuniu os presidentes de todos os partidos - Arraes, Lula, Brizola -, todos os presidentes de partidos, e disse o seguinte: “Eu estou aqui não pelo povo. O povo votou no Collor. O Congresso cassou o Collor. Estou aqui porque o Congresso me colocou aqui. E quero dizer que preciso do Congresso para governarmos juntos.”

            E tive a humildade de dizer a todos eles: vamos nos entender! A primeira tese que apresento é como se fora lá na Espanha, no momento em que eles se reuniram e fizeram o entendimento, o Pacto de Moncloa. Ele disse:

Todos os Presidentes estão aqui neste Partido. Vamos estabelecer um entendimento nacional. Qualquer crise que signifique crise nacional, qualquer presidente de partido que está aqui, do menor ao maior, pode nos convocar e nos reuniremos todos aqui. E quero ter o mesmo direito.

Qualquer crise nacional que eu sentir que exista, eu os convoco para nós debatermos.

            Isso foi aceito, e começou a trabalhar.

            Escolheu um ministério de gabarito, de homens respeitáveis. Não fez acordo, não foi buscar uma maioria parlamentar - “Não, eu preciso de maioria, então dá um ministério para aquele partido, para ter tantos votos; dá um ministério para aquele outro partido, para ter tantos votos”. Não. Não consultou ninguém. Convidou pessoas importantes, de ficha limpa. E se não tinha ficha limpa, como uma senhora que ele indicou para o Ministério dos Transportes e depois foi descobrir que o marido dela era responsável pela Ponte Rio-Niterói, pelo telefone ele demitiu a Ministra. Como aconteceu com o Chefe da Casa Civil. Levantaram dúvida, e o Chefe da Casa Civil saiu, se demitiu. Veio aqui, se defendeu e voltou depois que não havia nada contra ele.

            Ele lançou o Plano Real para unir. Naquela hora, tinha que haver um entendimento. O Brasil estava com uma inflação nas alturas, nas nuvens. Ninguém acreditava em ninguém. Ninguém confiava em ninguém. “Para onde é que nós vamos? O que é que queremos?” Lançou o Plano Real, debatido nesta Casa.

            Eu tenho a honra. É a página mais importante da minha vida ser Líder de num governo que debateu aqui. Votamos o Plano Real, dezenas de emendas, dezenas de debates, dezenas de protestos. Mas foi votado sem dar um cargo de ministro, sem dar um cargo de chefe de portaria para ninguém. Não foi distribuído nada. O Congresso brasileiro foi como se fosse o congresso americano, o inglês, o francês, com dignidade e com seriedade. Então, não é que nós somos corruptos por sermos. São as circunstâncias malditas que nos levam ao que aconteceu.

            Então, por que não fazer isso agora? Por que não tentar fazer isso agora? Ela está chegando, e o pessoal do PT quer mais cargo e mais cargo, porque tem direito a mais cargo. E o MDB querendo dizer: “Eu quero mais um ministério”. Vai ser a briga em torno disso, nesse caminho, e vai ser um fracasso.

            É o momento de a Presidente reunir, chamar a sociedade. Quem é oposição fique na oposição, quem é governo fique no governo. Mas vamos fazer um entendimento. E aí, sim, está todo mundo falando, todo mundo favorável. Se não fizer agora, nunca mais vai fazer. Vamos fazer: 1) reforma política; 2) um novo Código Tributário; 3) a reforma do entendimento nacional. Vamos escolher três itens e vamos debater e vamos analisar e vamos votar. Esta é a hora.

            O grande jornalista Gabeira, grande Deputado, grande Líder, com uma biografia extraordinária na história deste País, um homem de ideias, na hora de lutar pela democracia, lutou. Na hora de lutar pela liberdade, lutou. Sofreu, foi para a luta, esteve lá nas trincheiras defendendo sempre a mesma tese e a mesma bandeira. Veio para o Congresso, se destacou como um grande Parlamentar, e agora tem um grande programa na televisão, ouvindo pessoas, analisando a situação do nosso País. É um exemplo de como a televisão pode ser usada para o bem comum. A televisão, assim como pode ser usada para lado negativo, pode ser usada, excepcionalmente, para o lado positivo.

            Eu digo ao meu amigo Gabeira: eu tenho confiança, meu Presidente, neste Congresso. Não estarei aqui. Minha vida política, aos 85 anos, chegou ao fim, mas a minha vida mental, o meu cérebro, minhas pernas me dão força para dizer que vou percorrer o Brasil, porque acho importante a sociedade estar presente. Se a Presidente quiser isso, se as casas políticas aceitarem isso, que a sociedade venha para o debate, que venha discutir, que venha analisar, que venha depor, que venha o povo na rua, vibrando e debatendo com a sociedade e com o Governo.

            É a hora necessária, é a hora fundamental, é a hora importante. Eu sei que tem gente rindo de mim.

(Soa a campainha.)

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - Eu sei que tem gente debochando de mim: “Aquele Dom Quixote nunca perde a esperança!” Pois eu prefiro morrer com essa esperança de que confio na capacidade construtiva, na capacidade real de fazer, de realizar, de avançar do povo brasileiro. Confio e não acho que a classe política brasileira seja um escândalo. Conheço gente séria, digna e correta. A verdade é que, infelizmente, certas lideranças, certos comandos seguem caminho e se esquecem do povo. O PT foi um caso disso, que me perdoem. O artigo que li ontem aqui, do Frei Betto, diz tudo - diz tudo! Esqueceram os princípios, esqueceram o povo e fincaram a base, com a elite, com os interesses.

            A hora é esta, Sr. Presidente! A hora é esta, e alguém deve iniciar. E, na minha opinião, não há ninguém para iniciar, se não a própria Presidenta. Ela deve fazer isso. Convoque!

            Eu me lembro de quando o Dr. Ulysses dizia, em plena ditadura: “Olha, mas o presidente vai chamar o senhor.” “O Presidente não chama o senhor, o presidente manda, porque eu, como político, tenho a obrigação de atender o chamamento do presidente.” Ela que chame, chame a todos, faça esse entendimento. Vamos estabelecer uma plataforma mínima, vamos estabelecer um entendimento, vamos nos unir contra a corrupção, contra a roubalheira! Vamos mostrar, porque isso que aconteceu na Petrobras, Deus me perdoe, mas parece que veio no sentido de ter um baque. Ainda bem que Deus não mandou dilúvio; ainda bem que não foi como Sodoma e Gomorra, que queimaram, mas é um baque, uma aviso, para dizer: “Parem com isso! Vocês estão destruindo esse País! Vocês estão brincando com coisa séria!” E esse exemplo, quando estamos no pior dos nossos momentos, estamos no momento mais crítico e mais doloroso!

            Vamos dar a volta! Tenha coragem, Presidenta - tenha coragem! Não fique na vaidade de ter ganho uma eleição dura e difícil, tenha coragem. V. Exª tem condições de se aprumar, de se unir, de sentar em torno de uma mesa. E nós todos não fazermos os vinte anos do PT, o século do PT, mas o PT na presidência sim, o PT governando sim, mas, o conjunto da sociedade...

(Soa a campainha.)

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - ... iniciando aqui a grande hora e o grande momento da mudança nacional.

            Não vejo diferença, não vejo outra saída, ou é essa ou então é o que todo mundo está imaginando: vem o PT, vem a D. Dilma, fazem a máquina e tem que aguardar, porque está todo mundo aguardando quais são os nomes que vão sair da delação premiada, quais serão os atingidos. Está todo mundo quieto, o Brasil está parado na expectativa de que meia dúzia de homens que fizeram vigarice mais vigarice e agora fizeram um acordo e vão dizer quem presta ou quem não presta neste País.

            Olha, meus irmãos, é sério demais. Acho que a D. Dilma tem em suas mãos a oportunidade, a grande oportunidade de ser um marco na história deste País, ou então, vira troca-troca de deboche, de ridículo, de partido brigando em torno do seu nome.

            Nobre Líder.

            O Sr. Randolfe Rodrigues (Bloco Apoio Governo/PSOL - AP) - Senador Simon, eu estava voltando ao gabinete, antes de começar a Ordem do Dia, mas não vou perder, tenho por mim que, toda vez que V. Exª se dirigir a esta tribuna, quero fazer questão de estar aqui aparteando, porque tenho certeza de que não posso perder mais nenhum desses momentos de V. Exª na tribuna, porque são momentos que valem este Senado. Daqui a alguns dias, vamos estar aqui no plenário e vamos nos dirigir àquela mesa e vamos nos lembrar daquela música que Nelson Rodrigues cantava, aquele trecho da música: “...naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está batendo em mim”. Então, a gente tem que aproveitar cada momento e cada instante de V. Exª aqui nesta tribuna. Porque a eloquência de V. Exª aqui na tribuna sempre brinda com...

(Soa a campainha.)

            O Sr. Randolfe Rodrigues (Bloco Apoio Governo/PSOL - AP) - ... os momentos da conjuntura brasileira, como V. Exª está falando agora da Operação Lava-Jato, e falando, dando o recado correto à Presidente da República. A Presidente da República não pode ficar acossada com essa situação, tem que ir adiante com essa situação. Estou presenciando V. Exª aí na tribuna e... Presidente, aproveito até - estamos vendo que o jornalista Fernando Gabeira, da Globo News, está registrando, para um documentário da Globo News, o aparte - para pedir a autorização a V. Exª para o Fernando Gabeira fazer o registro para que todo o Brasil depois veja esse documentário de Pedro Simon, porque estamos aqui todos presenciando mais um momento de alguns poucos que veremos, daqui até dezembro, de um que considero que é um dos melhores ou, se não, o melhor tribuno que já ocupou essa tribuna do Senado Federal, e deixando um recado para a Senhora Presidente da República que estou com ele nessa mensagem à Presidente da República. Dizendo à Presidente da República que estaremos com ela - eu e o Senador Pedro Simon -, se ela aproveitar essa oportunidade, essa oportunidade que está surgindo, mais uma vez, Senador Pedro Simon, vindo de quem? Daquela instituição da qual o senhor veio também, do Ministério Público. São procuradores da República que estão liderando essa chamada Operação Lava-Jato, juntamente com a Polícia Federal, e mostrando o cumpliciamento que existe entre empreiteiras e políticos. E lembro, Senador Pedro Simon, foi o senhor que, anos atrás, talvez dessa tribuna aí, falou para o Brasil que era preciso uma CPI das empreiteiras. E o que fizeram dessa CPI? Deve estar em um desses arquivos aqui do Senado ou da Câmara, está num arquivo desses e, agora, é a história, como mágica, que lhe absolve e diz que o senhor tinha razão, que precisamos. Está aí a CPI das Empreiteiras, prenderam cinco membros representantes de cinco das maiores empreiteiras do País. Está aí o cumpliciamento de políticos e empreiteiras. É uma questão do jogo político brasileiro, não é uma questão de Governo e de oposição, é o sistema político brasileiro que está corrompido. Mas V. Exª não está falando isso de agora. V. Exª está falando isso dos 50 anos em sua vida pública. Está pedindo para que a Presidente da República vá adiante.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - Muito obrigado a V. Exª.

            O Sr. Randolfe Rodrigues (Bloco Apoio Governo/PSOL - AP) - Enfim, daqui a algum tempo eu vou olhar para aquela mesa, e eu sei que naquela mesa estará faltando V. Exª, e a saudade de V. Exª vai bater em mim.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - Eu digo, com toda a sinceridade, que V. Exª é um dos nomes que a Presidente deve chamar. O seu partido, o PSOL, está tendo uma atitude de muita coerência.

            V. Exª representa aqui um futuro, mas um futuro naquilo que nós devemos ver e sentir que não há nenhuma dúvida de que o Brasil vai adiante, de que o Brasil chegará lá.

            Eu saio, sim, mas vendo em pessoas como V. Exª, e em tantos e tantos ilustres brasileiros que aqui se encontram, e em tantos companheiros que estão chegando em primeiro mandato, que nós temos tudo para iniciar uma nova etapa.

(Soa a campainha.)

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - E o ato da Polícia Federal chamado de Juízo Final, na verdade, na verdade, pode ser a determinação, não do fim, mas do início de uma etapa de construção da grandeza do nosso País.

            Agradeço a V. Exª a gentileza da comunicação.

            Felicito V. Exª pelo seu trabalho importante nessa sua estada nesta Casa. V. Exª tem a ocasião de participar, talvez, de uma das horas mais difíceis e mais amargas da nossa história e V. Exª faz honra por merecer.

            O Sr. Antonio Aureliano (Bloco Minoria/PSDB - MG) - Eu queria fazer um aparte, Exmo Senador.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - Eu lhe dou um aparte. Mas é impressionante como V. Exª é parecido com seu pai. É impressionante! Eu fico emocionado.

            O Sr. Antonio Aureliano (Bloco Minoria/PSDB - MG) - V. Exª, Senador Pedro Simon, como bem colocou o Senador Randolfe Rodrigues, é um exemplo para este Congresso Nacional, e a conclamação de V. Exª nesse momento... Antes de mais nada, nós precisamos, como V. Exª colocou, precisamos que a Presidência da República tenha humildade, humildade em reconhecer a importância pulsante deste Congresso Nacional nos destinos deste País. E V. Exª é um exemplo vivo da história deste País.

(Soa a campainha.)

            O Sr. Antonio Aureliano (Bloco Minoria/PSDB - MG) - E V. Exª tem autoridade, como poucos, para conclamar o País a unirem-se, oposição e Governo, no sentido de conduzir este País neste momento delicado e difícil, neste momento em que o mundo olha para o Brasil e questiona as atitudes do Governo brasileiro. V. Exª, hoje, nesta tribuna, é um momento histórico para o País. V. Exª está colocando uma necessidade urgente, de que este País está precisando se unir com humildade na busca do bem comum.

Senador, grande Senador, Exmo Senador Pedro Simon, V. Exª estará sempre liderando opiniões, sentimentos e correções no trato da coisa pública deste País. V. Exª não sairá nunca do Senado da República! V. Exª é o Senado da República!

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco Maioria/PMDB - RS) - Muito obrigado, muito obrigado a V. Exª!

            Eu apenas encerraria, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: podemos nos dirigir à Presidenta, porque ela hoje é Presidente reeleita, recebida nas cortes internacionais - grande nome! Mas ela esteve nos momentos de dificuldade; ela esteve na luta; ela esteve resistindo; ela sofreu a tortura; sofreu momentos dolorosos na sua vida. Por isso que é uma pessoa como a Presidenta, que esteve lá em cima e esteve lá embaixo.

            E, na agonia do seu quarto, no sofrimento da tortura, que disse que imaginava que um dia o Brasil seria diferente - e, realmente, o Brasil foi diferente. E aquilo que ela tinha como sonho se transformou em realidade, só que a realidade com ela presente como Presidente. E que ela, que esteve nos dois lados, que conhece os dois lados, tenha, no momento em que está em cima, a grandeza de nos levar junto, para que não aconteça o contrário: o Brasil pague um preço que não merece!

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/11/2014 - Página 100