O SR. JOÃO ALBERTO SOUZA (PMDB - MA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, hoje, venho a esta tribuna com uma tristeza muito grande. Eu vou falar sobre a Petrobras, uma empresa que sempre defendi, quando estudante universitário, quando diretor do Sindicado dos Bancários do Rio de Janeiro. E a defendo até hoje. Mas lamento profundamente que a Petrobras agora cometa um ato de violência, determinando a suspensão da construção da refinaria do Maranhão. Também suspendeu a construção da refinaria do Ceará. Vejo o Governador do Ceará se pronunciando veementemente contra essa posição da Petrobras. Vejo a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, a Câmara Municipal de São Luís, o povo do Maranhão contra essa violência perpetrada contra o nosso Estado.

            A inauguração da refinaria estava prevista para o ano de 2018. Era a grande euforia do nosso Estado! Nós iríamos, é claro, superar os índices baixos que até hoje são publicados em referência ao Estado do Maranhão. O povo do Maranhão não é culpado da corrupção na Petrobras. Que se apure a corrupção, que se punam os culpados, mas que não se perpetre essa violência contra o meu Estado do Maranhão!

            Nós, no Senado, eu e o Lobão, vamos estar sempre firmes, lutando. E vamos à Presidente Dilma dizer para ela que essa situação nós não podemos aceitar. Vamos conversar com nossos Deputados Federais, tanto com os do Maranhão como com os do Ceará, para dizer que essa situação nós não podemos jamais aceitar.

            Espero que seja uma suspensão, e não um cancelamento! É claro, o mundo passa por uma situação difícil. Essa situação chega ao Brasil e, lamentavelmente, atinge a nossa maior empresa, o orgulho do Brasil, que é a Petrobras. Mas aceito que se avance o cronograma. Que não seja o ano de 2018, mas que possa ser um pouco mais à frente! Mas que não se faça isso contra o povo do Maranhão.

            Vou fazer outros pronunciamentos, trazendo outros dados a esse respeito. Eu vim hoje aqui e, inclusive, ia fazer um pronunciamento diferente, mas, com essa revolta do povo do Maranhão, eu teria de dizer ao povo que também nós aqui do Senado não aceitamos essa situação. Nós vamos nos unir aos prefeitos, às Câmaras Municipais, à Assembleia do Maranhão, para protestar contra essa situação que é imposta a um Estado grande e produtor, que é o Maranhão, que tinha uma grande esperança, que era a criação da Refinaria Premium no Estado do Maranhão.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.