O SR. DAVI ALCOLUMBRE (DEM - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Senadora Vanessa.

            Srªs Senadoras, Srs. Senadores, caros colegas do Senado Federal, nesta minha primeira vinda a este plenário para manifestar-me da tribuna como Senador da República eleito pelo Estado do Amapá, mesmo depois de 12 longos anos como Deputado Federal, por certo não consigo esconder minha emoção. Esta Casa, palco de grandes debates e abrigo de grandes nomes da política brasileira, por certo, reverbera com maior força os grandes temas nacionais e regionais e, por isso, requer de todos nós uma atuação efetiva e equilibrada.

            Apesar dos muitos desafios enfrentados no período eleitoral para chegar até aqui, o desejo de alçar o nosso Estado do Amapá a um patamar que, de fato, eleve nosso nível de vida, de emprego e de renda continuará a consumir todas as minhas energias. Esse, seguramente, é o meu compromisso.

            É o compromisso primeiro deste mandato que se inicia.

            Eu não poderia, assim, iniciar esta fala sem antes agradecer a Deus esta experiência singular que estou tendo a oportunidade de viver e a todos que me ajudaram nessa árdua luta.

            O tempo acumulado de vida pública deixou-me preparado para aqui representar e defender, com mais afinco, o que nós amapaenses, por direito, merecemos.

            O Amapá terá de mim a exclusividade na luta por soluções eficientes para atender às principais demandas, visando amenizar os problemas econômicos e sociais mais urgentes de nossa terra. Caros colegas, Srª Presidente, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, elas passam pela missão de proporcionar mais infraestrutura, abastecimento de água, saúde com ampliação do saneamento básico e atendimento de médicos, pois, apesar dos anos, ainda nós do Amapá nutrimos uma dependência que nos isola e impede de avançar em termos econômicos.

            Não tenho a ilusão de que será uma missão simples, mas carrego a certeza de que será a mais gratificante de todas. Para os muitos golias, estarei preparado para honrar os que me confiaram esta nobre missão.

            A fé e a energia que trago para as lutas que aqui travaremos serão abastecidas, sim, todos os dias, pelo desejo de desfrutar dias melhores.

            Aos meus pais, Samuel e Júlia, os meus agradecimentos pelo incentivo. Aos meus irmãos, o agradecimento e a gratidão que nunca me faltaram. Minha gratidão a todos pelo esforço e pela ajuda na concretização deste sonho. Aos meus amigos, correligionários e eleitores do meu Amapá, que nos deram mais de 130 mil votos, o meu respeito e o meu muito obrigado pelo carinho, pelo apoio e pela confiança. À minha esposa, Liana, e ao meu filho, David, o meu amor e o meu agradecimento.

            Srª Presidente, senhoras e senhores, o ano de 2015 será marcado pela turbulência política e econômica. Mais do que paciência, precisamos implantar reformas duradouras e definitivas, não aventuras comprometedoras das conquistas do que já efetivamos.

            As contas públicas deterioradas, a falta de investimentos no setor elétrico, a completa decadência da segurança pública, da saúde e da educação nos remeterão a uma análise profunda sobre as escolhas que teremos que fazer.

            Reformas como a tributária e a política deverão, verdadeiramente, refletir o sentimento de toda a Nação.

            Aos atuais sistemas vigentes, não mais cabem os velhos remendos. Essas bases já não suportam o peso das demandas crescentes pelas quais a nossa população, sobretudo a mais carente, há muito clama. Aguardamos pelos “saltos” de qualidade nos mais diversos setores, especialmente no setor público que, inerte, não consegue abarcar minimamente aquilo que nossa Constituição de forma precípua determina a todos os cidadãos.

            Não podemos apenas “administrar” o caos que já se instalou nos mais diversos setores. Os Estados e Municípios brasileiros não suportam as demandas que lhes batem à porta todos os dias. Mais do que atender a essas demandas, é preciso um novo rumo, firme, concreto e definitivo.

            É o que esperam os ribeirinhos do meu Estado do Amapá, no árduo dia a dia pela sobrevivência, nos rios de nossa imensa e querida Amazônia. É o que esperam os quilombolas e seus descendentes no difícil trabalho em seus vilarejos isolados. É com o que sonham os povos indígenas e nossa gente que trabalha todos os dias por aquilo que lhes é por direito assegurado.

            Assim, senhoras se senhores, muitas serão as discussões, debates e propostas que deveremos avaliar e implantar, certamente com mais tempo e de forma mais específica a cada momento que aqui todos nós viveremos.

            Como coordenador da Bancada do Amapá, eleito no Congresso Nacional, no final do ano de 2014, também não poderia deixar de falar e finalizar esta breve fala sem me colocar à disposição da Bancada de Deputados Federais do Amapá, que, na Câmara dos Deputados, com certeza muito renovada, por certo, estará tão disposta quanto nós, nesta Casa do Senado Federal, a lutar por melhores dias para todo o nosso belo e rico Estado do Amapá.

            A eles deixo o convite a buscar em nosso gabinete que ocupo nesta Casa, cujas portas estarão sempre abertas para tratarmos dos assuntos de interesse comum de nossa população, ainda que estejamos sob bandeiras partidárias diferentes.

            Por fim, e também por coincidência, quis o destino que este primeiro discurso, no Senado Federal, coincidisse com o aniversário de 257 anos da nossa querida capital do Estado do Amapá, a nossa Macapá.

            Macapá, que abriga mais de 70% da população do nosso Estado, mas cujas necessidades, em termos de investimentos, recaem sobre todas as áreas, merecendo de todos nós grande atenção, especialmente para possibilitarmos investimento em infraestrutura impactante e prioritária.

            E, ao fazer tal registro, aproveito para cumprimentar cada cidadão macapaense por esta data do dia de hoje, a qual espero poder comemorar memoráveis conquistas coletivas para atender a todos os que nela vivem, trabalham, lutam e residem.

            Aos colegas que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a nossa joia da Amazônia, o nosso Amapá, gostaria de fazer o convite, para que pudessem conhecer o Amapá, o Estado da população mais generosa e mais hospitaleira deste País. Estarei lá de braços abertos para recebê-los, a fim de apresentar um grande estado desta Federação que precisa muito do debate, da ajuda, da conscientização, do Poder Público em todas as esferas, para que possamos desenvolver e melhorar a vida das pessoas.

            Muito obrigado.