O SR. HÉLIO JOSÉ (Bloco Maioria/PSD - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, também me solidarizo ao povo do Acre por esse sofrimento imenso por que estão passando e rogo a Deus para que as coisas se acalmem por lá e que as águas do rio possam dar uma baixada e dar mais tranquilidade para essa população que está sofrendo nesse momento tão difícil, Sr. Presidente.

            Srªs e Srs. Senadores da República, quero comunicar que assumi algumas comissões importantes nesta Casa de leis, tais como: a Comissão de Direitos Humanos, presidida por S. Exª o Presidente desta sessão Senador Paulo Paim; a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, presidida pelo nosso querido Romário, que, com certeza, vai dar show para que nós possamos discutir de forma adequada a educação brasileira, a nossa cultura e uma questão tão importante como o esporte, uma vez que o Brasil, no próximo ano, sediará uma Olimpíada. Nós já sediamos uma Copa do Mundo, então temos que discutir da melhor forma possível um evento de uma envergadura tão importante como a Olimpíada aqui, em nosso País, na cidade do Rio de Janeiro; a Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, presidida pelo meu colega, meu correligionário, S. Exª Excelência o Senador Otto Alencar, ex-Vice-Governador da Bahia, que, com certeza, vai discutir assuntos fundamentais nesta Casa; a Comissão de Infraestrutura, onde espero poder contribuir de forma precisa, para que a gente possa evitar o caos e essas calamidades que tanto afetam o nosso País.

            Srªs e Srs. Senadores, ontem, após um final de tarde acalorado de debate sobre a devolução pelo Sr. Presidente desta Casa de uma MP que tratava de aumento de impostos e também do debate que levou à aprovação fatiada da reforma política, com a aprovação que dificultou e que dificultará, de agora para a frente, a criação de novos partidos e a fusão partidária, que só poderá ocorrer após cinco anos de existência do partido, isso tudo, por tabela, prejudicou sobremaneira a possível janela de mudança partidária.

            Portanto, acho que devemos discutir de forma melhor esse tema, porque precisamos dar oportunidade ao político que por ventura possa querer ter uma oportunidade de competir de forma diferente nas próximas eleições, que serão daqui a um ano e meio.

            Isso me preocupa bastante, porque essa reforma partidária fatiada pode prejudicar a essência de uma reforma que é necessária. E é necessário que haja a possibilidade, para que todos possam ter fôlego e possam discutir melhor os seus rumos, tendo condições de estar em partidos com que se identifiquem melhor, de forma tranquila, sem precisar de nenhum subterfúgio.

            Então, precisamos ver uma forma que permita uma janela para mudanças junto com o bojo da discussão política, que é tão necessária para o nosso País. E precisamos disciplinar a formação de partidos políticos; precisamos ter uma cláusula de barreira para que não haja tantos partidos proliferando aqui, no nosso País.

            Ontem, depois de todo esse debate acalorado, quando cheguei a minha casa, fiquei sabendo da morte precoce do grande cantor e compositor sertanejo José Rico, a quem quero homenagear - e quero confortar a família - pelo grande trabalho de comunicação popular que prestou ao Brasil. O nosso querido José Rico morreu aos 68 anos na cidade de Americana, no Estado de São Paulo, de complicações cardíacas.

            José Rico foi um dos melhores cantores e compositores do Brasil ao lado do seu parceiro Milionário. A dupla Milionário e José Rico, que estourou no ano de 1973, no Brasil, Senador Paulo Paim, cantava coisas populares, coisas que alegravam os corações dos brasileiros. Alegraram o coração de milhões de brasileiros, em 1973, com aquela música Estrada da Vida.

            Essa dupla tinha 40 anos de carreira. É com muita tristeza que aqui presto essa homenagem à precoce passagem do compositor e do cantor José Rico, que tanto falava a linguagem do homem simples, do homem das periferias das cidades, do caminhoneiro, do homem do campo.

            Em homenagem aos caminhoneiros, ao Brasil que anda pela estrada da vida, lembro a música Sonho de um Caminhoneiro, que dizia:

Com a morte do companheiro a saudade vai chegar

Aqueles bons e velhos tempos nunca mais irão voltar

            Esse é um dos versos de José Rico.

            Finalizando, relembro outro verso:

Mas o tempo

Cercou minha estrada

E o cansaço me dominou

Minhas vistas se escureceram

E o final da corrida chegou

            Esteja com Deus, José Rico, onde você estiver. Você foi um grande cara, que cantou muitas coisas que alegraram os corações dos brasileiros!

            Eu não poderia deixar de estar aqui, hoje, nesta Casa, prestando minha sincera homenagem a este cidadão que passou por muitos problemas na vida, igual muitos passam, mas que, depois, ao longo do tempo, superou-os e fez com que o Brasil fosse um pouco mais feliz.

            É isso o que eu tinha a dizer, Excelência.

            Com muito prazer, agora, vou assumir a Presidência para que V. Exª possa fazer o seu pronunciamento. Estamos aqui nesta tarde gloriosa de quarta-feira falando, em nosso plenário, com muita alegria e satisfação.