Pronunciamento de Fernando Bezerra Coelho em 09/03/2015
Comunicação inadiável durante a 25ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Encaminhamento de matéria publicada na Revista Veja intitulada “Pesquisa Arrasada”.
- Autor
- Fernando Bezerra Coelho (PSB - Partido Socialista Brasileiro/PE)
- Nome completo: Fernando Bezerra de Souza Coelho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Comunicação inadiável
- Resumo por assunto
-
POLITICA FUNDIARIA:
- Encaminhamento de matéria publicada na Revista Veja intitulada “Pesquisa Arrasada”.
- Publicação
- Publicação no DSF de 10/03/2015 - Página 31
- Assunto
- Outros > POLITICA FUNDIARIA
- Indexação
-
- SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, VEJA, ASSUNTO, INVASÃO, PROPRIEDADE RURAL, OBJETIVO, DESTRUIÇÃO, MUDAS, EUCALIPTO, AUTORIA, MULHER, MOVIMENTO TRABALHISTA, SEM-TERRA.
O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - PE) - Eu estou inscrito para uma comunicação inadiável. Eu não solicitei aparte ao Senador Alvaro Dias, mas queria, sim, lembrar à Presidência que eu estou levantando uma questão de ordem por estar inscrito para uma comunicação inadiável.
O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - PE. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Na verdade, pedi a inscrição para uma comunicação inadiável para fazer aqui o registro, solicitando a transcrição nos Anais do Senado Federal, de uma matéria publicada pela revista Veja, neste último final de semana. E eu gostaria de rapidamente fazer a leitura.
Trata-se de um episódio lamentável protagonizado pelo Movimento dos Sem Terra.
A matéria diz assim:
Pesquisa arrasada.
Ataque de MST destrói mudas de eucalipto mais produtivo.
O agronegócio brasileiro é uma referência para o mundo, pela capacidade de inovação e pela produtividade. No ramo da celulose, as florestas brasileiras de eucalipto e pínus conseguem produzir mais matéria-prima por hectare do que espécies semelhantes em países desenvolvidos, como o Canadá e a Finlândia. Essa proeminência só se tornou possível graças ao investimento e ao empenho de pesquisadores em desenvolver espécies mais produtivas e resistentes às pragas.
Na última semana, esse trabalho sofreu uma agressão irreparável: mais de 1000 mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram uma fazenda da empresa de pesquisas FuturaGene, em Itapetininga, no interior de São Paulo, e destruíram estufas com milhares de mudas de uma nova variedade de eucalipto que está em desenvolvimento desde 2006. A espécie transgênica (geneticamente modificada), que poderá aumentar a produção em 20%, seria avaliada por autoridades e especialistas na quinta-feira passada, para eventual liberação do plantio. A sessão foi adiada para abril, por pressão de manifestantes. O caso lembra outro ocorrido em 2006, quando uma fazenda da Aracruz no Rio Grande do Sul foi invadida por integrantes da Via Campesina. A FuturaGene pertence à Suzano Papel e Celulose, companhia brasileira que emprega 7000 pessoas, faturou, no ano passado, 4,2 bilhões de reais em vendas para o mercado externo e investiu [mais de] 1,8 bilhão de reais em pesquisas e na expansão dos negócios. Para os vândalos do MST, nada disso importa.
Sr. Presidente, quero registrar e lamentar o ocorrido e pedir a transcrição dessa matéria publicada pela revista Veja desta semana.
Muito obrigado.