Pela Liderança durante a 30ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre os movimentos ocorridos em 13 e 15 do corrente e sobre a resposta do Governo a estas manifestações.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
CIDADANIA. GOVERNO FEDERAL.:
  • Comentários sobre os movimentos ocorridos em 13 e 15 do corrente e sobre a resposta do Governo a estas manifestações.
Publicação
Publicação no DSF de 18/03/2015 - Página 260
Assunto
Outros > CIDADANIA. GOVERNO FEDERAL.
Indexação
  • REGISTRO, INCOERENCIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), MOTIVO, PEDIDO, IMPEACHMENT, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, TENTATIVA, AUSENCIA, LEGITIMIDADE, CRITICA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • CRITICA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, INCOERENCIA, PROPAGANDA ELEITORAL, COMPARAÇÃO, GESTÃO, GOVERNO FEDERAL.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, aqueles que nos veem pela TV Senado, nos ouvem pela Rádio Senado, pelos meios de comunicação e mídias sociais desta Casa, sou trazido a esta tribuna também nesta tarde para poder tecer os meus comentários e, do alto das minhas deficiências, revelar para a Nação a minha leitura deste momento, a leitura dos movimentos ocorridos no dia 13 e no dia 15.

            No final do ano, conheci algumas pessoas. E essas pessoas, que amam o Brasil como nós amamos - todos amamos o Brasil; esta é a nossa terra, este é o nosso torrão natal, este é o nosso chão pátrio. Todos amamos o Brasil! O amor ao Brasil não é exclusividade de quem se autointitula esquerda e rotula os outros como direita ou de quem se autointitula direita e rotula os outros como esquerda. O que é esquerda e o que é direita?

            Conheci pessoas muito interessantes. Conheci um cidadão de São Paulo chamado Rodrigo, com a sua esposa. Falamos muito sobre abuso de criança, violência contra criança, violência contra o cidadão no Brasil, e Rodrigo me fez boas considerações.

            Conheci também, naquela ocasião, o Antônio, conheci o Cléver, pessoas que amam esta Pátria, e cada um faz a sua consideração.

            Mas o que me traz aqui, Senador Paim - eu quero citar alguma coisa da Bíblia, quando havia uma disputa de discípulos. “A quem você pertence?” Um dizia: “Eu sou de Paulo.” Outros diziam: “Eu sou de Apolo.” “Eu não sou nem de Paulo nem de Apolo” - dizia outro -, “eu sou de Cristo.” Eu não sou de Dilma, eu não sou de FHC, eu não sou de Lula, eu não sou de Aécio, eu não sou de Fidel, eu não sou de Chávez, eu não sou de Maduro, eu não pertenço à Liderança do meu Partido. Eu sou as minhas convicções. E a minha fala é fruto das minhas convicções.

            Eu assisti à movimentação, eu a presenciei, eu dela participei e vejo com tristeza algumas análises que são feitas, algumas análises chorosas do que falavam da Presidente, de que atingiram a Presidente com palavras de ordem. Eu, aqui, longe de mim... A boca que honra Deus não desonra ninguém. E jamais destratarei a pessoa da Presidente deste País, mas não sou obrigado a concordar com este momento.

            Aí, eu pergunto: os que foram à rua no dia 13 são democratas? Esses amam o Brasil? Esses querem acabar com a corrupção? Esses são os verdadeiros guardiões da democracia? Aqueles que não foram, no dia 13, são oportunistas que não amam o Brasil? Querem privatizar o Brasil? As pessoas que foram à rua, no dia 15, numa manifestação pacífica e bonita... O Brasil se vestiu de Brasil. O Brasil se vestiu de verde, de branco, de amarelo, e quem estava nas ruas eram senhores, senhoras, jovens, adolescentes, pessoas que não votaram e pessoas que votaram na Presidente Dilma.

            Eu votei no Lula duas vezes e votei na Presidente Dilma uma vez. Não estou falando daquilo que não me é próprio. Estou falando daquilo de que tenho conhecimento.

            As pessoas estavam na rua pacificamente. Não podemos medir um movimento pela exceção, assim como a lei não se faz da exceção para a regra. A lei se faz da regra para a exceção. Nós não podemos medir um movimento por um extrapolamento de exceção, mas nós temos que entender e olhar o todo, o conjunto inteiro.

            As pessoas que estavam na rua queriam revelar a sua insatisfação. As pessoas que estavam na rua eram funcionários, assalariados, pobres, classe média, ricos, estudantes. Era o povo brasileiro. Pessoas tão democratas quanto as que estavam no dia 13 e que amam o Brasil e a democracia da mesma forma.

            Dizem ser um absurdo algumas faixas que lá estavam dizendo: “Fora, Dilma.” Ora, o PT se esqueceu do “fora, Fernando Henrique”, do “fora, FHC”? 

            Quando eu era Deputado Federal, eu votava com o PT, contra Fernando Henrique Cardoso. O Senador Aloysio Nunes era o Ministro Chefe da Casa Civil e eu votei o tempo inteiro com o PT, contra Fernando Henrique e presenciei toda aquela movimentação e manifestação do “fora, FHC.” Então, naqueles dias valia porque a esquerda pode fazer o que quiser, que está tudo certo. É a mãe da democracia. “Fora, FHC” pode. Agora, porque alguns levantaram uma faixa “fora, Dilma”, era o sentimento de alguns, isso não pode, isso é ofensa à Presidente da República?

            O povo que estava na rua estava revelando o seu sentimento. Era um povo cansado, que se perguntava. Era um povo decepcionado com a mentira que ouviu no mês de agosto e no mês de setembro, os meses que antecediam o processo eleitoral.

            O povo que estava na rua foi o povo que ouviu a Presidente Dilma interpretar uma peça publicitária que dizia: “O País está muito bem. Não vou mexer em direito de trabalhador jamais. Jamais eu vou aumentar juros para poder enriquecer os mais ricos. Mas o meu opositor, sim, vai aumentar juros.” E aparecia um prato cheio de comida, que sumia do prato. E dizia: “Para tirar a comida do prato do pobre.”

            Esse povo foi às ruas para dizer: Presidente, nós só queremos saber o seguinte: era mentira ou verdade o que a senhora falou? 

            Passados dois dias da eleição, os juros foram aumentados em 11,25.

            Quando as peças publicitárias foram feitas, eles já sabiam que esse tumor vinha a furo. As pessoas estão nas ruas perguntando. São esposas de militares, a Polícia Militar, a Polícia Civil, aposentados, trabalhadores que têm direito ao seu seguro-desemprego, são pessoas que não conseguem mais conviver, alguns quase enfartando com a lambança da Petrobras. E eles foram para as ruas perguntar: em quem nós vamos acreditar?

            Presidente, Presidente...

            E aí, quando tudo isso passa, eu escuto o discurso do Ministro Rossetto, com quem não tenho intimidade nenhuma, mas mantenho o respeito, até porque a regra da boa convivência é o respeito e eu o respeito. Mas dizer que isso é golpismo? Quer dizer, o cara se vestiu de verde e amarelo, foi para a rua... Só não é golpismo quem se vestiu de vermelho e foi na sexta, mas quem estava no domingo já era golpista. Isso é uma brincadeira de mau gosto, é uma ofensa às pessoas que foram às ruas exercer o seu direito democrático.

            Depois, vem o Ministro da Justiça e dá outra pedrada. Aí, depois, vem a Presidente e fala: Não, nós... Algumas coisas, quem sabe, extrapolamos, mas eu estou disposta a conversar com qualquer um. Com qualquer um que me procurar, eu estou disposta a falar.

            Presidente, qualquer um é quem? Presidente, quem é esse qualquer um que a senhora está disposta a conversar? Presidente, qualquer um pode marcar esse encontro com a senhora com que Ministro? Liga para onde? Fala com quem? Quem é qualquer um, Presidente? Qualquer um pode falar com a senhora que dia? Qualquer um se reúne com a senhora que dia? “Eu estou disposta a falar.” Qualquer um é quem? Quem é qualquer um?

            A Nação fica perplexa. E aí nós somos obrigados a ouvir discurso de que “é uma direita raivosa!”

            Hei! E o “fora, Fernando Henrique!”, “fora FHC!”? O PT pode, ninguém mais pode.

            Eu vejo, assustado, essas coisas. Nós estamos vivendo um momento difícil? Estamos. E ela disse: se não votar essas medidas, será pior para o Brasil.

            Verdade. Mas quem botou o Brasil neste pior, Presidente? Quem foi que tomou medidas eleitoreiras, lambanceiras, para ganhar o processo eleitoral e se autodesmentir cinco meses depois?

            O que a Nação quer saber é isto: em quem vamos acreditar? Na rua, estavam os trabalhadores. Na Base do Governo, aqui no Senado, pessoas do próprio Partido estão dizendo: “Olha, tudo que atinge o trabalhador nós não votamos porque fomos à rua falar dos outros governantes e dizer que eles não eram democratas, estavam a serviço do rico porque o pobre não tinha o seu ganho”. Quando o ganho veio, agora vão tirar? Agora vão tirar?

            Parece-me uma parábola que eu ouvi de um homem e de uma mulher que chegaram a um bairro para comprar um supermercado que estava quebrando, Senador Cristovam. O homem falou para o dono do supermercado: “eu compro, eu assumo, mas eu preciso um ano de carência e, a partir do segundo ano, você divida para eu pagar em prestações porque tenho que tomar uma medida muito dura porque o supermercado está quebrando. Eu preciso rever os contratos, eu preciso ver os cargos comissionados que tem aí dentro e que você colocou alto demais. Eu preciso baixar isso para não demitir os que têm carteira assinada. Tem muita mercadoria estragada aí dentro. Eu mandei fazer um diagnóstico, uma radiografia. Se não fizer desse jeito, o bairro, as pessoas vão ficar sem o supermercado onde comprar.”

            Daí, a outra senhora falou assim: “não, ele não está falando a verdade para você. Eu fiz um diagnóstico, encomendei uma radiografia. O supermercado está sólido, muito sólido. As pessoas podem ficar tranquilas que os contratos podem ser mantidos, não vai acontecer nada disso. Eu compro é à vista na sua mão, eu te dou um cheque é agora. Assine comigo.” E o cara: “Eu vendo”. Assinou, pegou o cheque, a senhora assumiu o supermercado e, no outro dia, descobriu o dono do supermercado que o cheque, além de ser sem fundo, estava sustado, e, quando correu, ela disse: “não, calma. Realmente esse supermercado vai quebrar. Eu preciso demitir muita gente, aqui está tudo escatimbado. “Mas a senhora não sabia disso ontem?”. “Eu sabia’, ela disse, ‘mas se eu não falo daquele jeito você não me vendia. Não era eu quem ganhava.”

            Essa parábola serve. Gente, é muito simples: ninguém está mentindo, ninguém está caluniando, ninguém está atacando a honra, ninguém está sendo acintoso à integridade física, moral ou pessoal da Presidente da República. Longe de mim, mas é só pegar as peças publicitárias de cinco meses atrás, o engodo publicitário que ela interpretou tão bem: o País vai bem, está tudo equilibrado e certo, nós não vamos mexer em nada, jamais mexer e aumentar juros.

            As pessoas que foram à rua, Presidente, elas foram à rua dizendo o seguinte, Senador Cristovam: olha, eu vou perder minha casa porque não vou conseguir pagar a conta de energia. Aliás, o Eduardo Campos, falecido, quando começou a sua caminhada pelo Brasil, dizia: “Olha, esse investimento que o Governo está fazendo nas concessionárias de energia, depois da eleição, vai sobrar para o povo.” Eu me lembro dele falando isso. Verdade. Um tarifaço.

            As pessoas que foram à rua, Senadores, foram contra o tarifaço, tarifaço de energia. Elas foram às ruas contra o tarifaço na taxa de água, na taxa de luz. A gasolina subiu, o óleo subiu. Eram os caminhoneiros que diziam: tenho filho para criar, o frete é baixo, o óleo é alto, é muito caro o pedágio, eu vou ter que tirar minha filha da faculdade, meus filhos vão parar de estudar.

            Era essa gente que estava na rua, não é gente querendo dar golpe não, Ministro Rossetto e Ministro Eduardo Cardozo - Mamãe, me acode! São pessoas que amam o Brasil como os senhores.

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - A Presidente não tem que falar para mim, não tem que falar para o Renan (Fora do microfone.), não tem que falar para o Eduardo Cunha. Eles são presidentes de Poder. Chame-os no gabinete e converse com eles. São três presidentes de Poder, não é, Senador Cristovam? Não precisa estar rebatendo, e falando, e jogando indireta pela mídia, não é? Chame-os lá e converse tudo direitinho. Ela não precisa falar para nós, ela precisa falar para o nosso patrão, e o nosso patrão é o povo que está na rua, e o que ele disser que quer na rua é o que nós queremos aqui. Ela tem que se consertar com ele, tem que pegar o microfone, fechar os olhos, imaginar essa multidão na rua e dizer: olha, me desculpem, me perdoem, realmente vocês estão certos. Eu fui na onda do marqueteiro e, há cinco meses, eu joguei conversa fora. Para ganhar a eleição, falei bobagem, mas agora estou mandando um pacote anticorrupção para as duas Casas, eu estou mandando...

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... a reforma eleitoral. É bom, é bom, isto é bom, a reforma eleitoral, mas a primeira coisa a se fazer é criar um Procon na reforma eleitoral para punir quem mente no processo eleitoral. Hei! Quem é vilipendiado, caluniado e ganha um processo eleitoral contando mentira, como fazer depois? Recorrer a quem? Ao Papa? Recorrer a quem? A Deus? A ninguém!

            Ora, será que o TSE, com todo o respeito a este Tribunal Superior, não pode acessar no YouTube as peças publicitárias e ouvir o que a Presidente falou, mandada pelo seu marqueteiro, comparar aquilo e dizer: olha, aqui não, aqui tem um negócio errado? É igual a fidelidade partidária: se o sujeito muda de partido, ele é infiel. E os Líderes de partidos que fazem negócio sem combinar com os filiados do partido?

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... para poder punir quem mente no processo eleitoral para ganhar uma eleição: é tempo de Murici, cada qual cuida de si. O diabo carregue o último, e depois a gente resolve e vê como ficou, meu Presidente.

            O fato é que a Nação foi às ruas calmamente e não vai parar. Vai continuar indo, Senador Wellington. O senhor viu o que aconteceu no seu Mato Grosso. No meu Espírito Santo, do Senador Ricardo e da Senadora Rose de Freitas, uma mulher de guerra, de luta, ex-Vice Presidenta daquela Casa ali, o nosso povo, um Estado de 78 municípios, levou às ruas, Senador Otto, 120 mil pessoas, pacificamente, querendo explicação para as mentiras do processo eleitoral.

            Ninguém está falando que defende impeachment. A não ser que haja uma gravidade muito séria e a movimentação da rua entenda isso e as duas Casa também entendam. Mas eu não fui às ruas para pedir impeachment. Eu fui à rua para dizer à Presidente: Presidente, se a senhora pede perdão ao Brasil, não a mim, não ao Parlamento...

            Eu ouvi discursos aqui de Senadores dizendo: ah, porque o PSDB, porque o PP, porque o DEM... E depois quer chamar essa gente para a mesa para conversar. Como assim? Conversar o quê?

            Sr. Presidente, eu hoje botei essa gravata amarela com a camisa branca, e eu nem gosto de terno, porque eu acho que o cara que inventou o terno tem que estar preso, tem que apanhar muito, porque isso não é roupa para um país igual ao nosso.

            O SR. PRESIDENTE (Eduardo Amorim. Bloco União e Força/PSC - SE) - Senador Magno Malta, para concluir.

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Já vou concluir e obrigado pelos cinco minutos que (Fora do microfone.) V. Exª está me dando.

            A minha emoção foi muito grande ao ver uma manifestação pacífica neste País, as pessoas andando. No meu Estado, Senador Cristovam - V. Exª conhece Vila Velha -, de Vila Velha para Vitória, a Terceira Ponte parecia uma grande serpente verde e amarela, de ponta a ponta. O povo saindo de Vila Velha para Vitória, pacificamente, reivindicando direitos adquiridos e entendendo que retrocesso... Retrocesso são as medidas provisórias que vieram para esta Casa, isso sim; e, pior, assinadas por quem bateu no peito e disse dessa água nunca eu bebo, dessa água nunca eu bebo. E o pior de tudo isso é o final de todas as entrevistas...

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Se o Congresso, se a Câmara e o Senado não cooperarem e reagir, o Brasil vai para o buraco.

            Eu quero dizer que eu não cooperei para o Brasil ir para o buraco. Para as reuniões em que tomaram decisão para criar as bolsas e os pacotes eleitoreiros, os pacotes lamaceiros, eu não fui chamado a participar; e também não tenho sido chamado para participar de nenhuma dessas outras. Ah, porque o Líder foi lá. Com todo o respeito ao meu Líder, se ele foi lá e se comprometeu, conte com ele. Eu não estou sabendo de nada do que ele tratou com vocês.

            Eu vi crianças, Senadores, com cartazes na mão, segurando a mão do pai, a mão da mãe. Eu vi adolescentes, eu vi trabalhadores, eu vi sindicalistas.

            E eu quero encerrar dizendo uma coisa: precisamos acabar com essa história de que quem esteve dia 13 é democrata...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - ... e quer acabar com (Fora do microfone.) a corrupção; que aqueles que vestiram verde e amarelo no domingo, a grande multidão, são oportunistas; e que não cabe, não é bonito internacionalmente para o Brasil, uma faixa dizendo "Fora, Dilma!".

            Discurso que eu não consegui ouvir no "Fora, FHC!". E olha que eu nunca apoiei FHC, volto a dizer, nunca votei FHC, muito pelo contrário, no Parlamento, votei contra ele nos quatro anos de mandato de Deputado Federal. Para uns vale, para outros não vale.

            Encerro meu discurso, dizendo um bordão velho, antigo, que está em pára-choque de caminhão, o qual cresci ouvindo minha avó falar e escuto o povo falar: “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/03/2015 - Página 260