Pronunciamento de Lasier Martins em 23/04/2015
Comunicação inadiável durante a 54ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Preocupação com a crise no transporte de cargas do País e críticas à gestão do Governo Federal.
- Autor
- Lasier Martins (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RS)
- Nome completo: Lasier Costa Martins
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Comunicação inadiável
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Preocupação com a crise no transporte de cargas do País e críticas à gestão do Governo Federal.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/04/2015 - Página 133
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
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- APREENSÃO, CRISE, TRANSPORTE, CARGA, PAIS, ENFASE, POSSIBILIDADE, PARALISAÇÃO, TRABALHO, MOTORISTA, CAMINHÃO, CRITICA, GESTÃO, GOVERNO FEDERAL, MOTIVO, INEFICACIA, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA.
O SR. LASIER MARTINS (Bloco Apoio Governo/PDT - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado pela deferência.
Sr. Presidente, Senador Jorge Viana, Srªs e Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, os caminhoneiros do Brasil estão parando de novo, e se pode bem imaginar o resultado disso quando a própria Presidente da República Dilma declarava, na primeira paralisação, em fevereiro passado, que o Brasil depende dos caminhoneiros.
Estamos, assim, diante de mais uma crise anunciada. Aliás, não há semana em que não haja crise, grande parte por inabilidade geral do Governo. Apesar de três reuniões com os caminhoneiros ao longo de dois meses, o Governo não soube resolver as principais reivindicações da categoria.
O Governo, assim, é responsável pelo que está acontecendo neste momento. Antes das eleições, mantinha os caminhoneiros em uma espécie de “país do faz de conta", quando segurava o preço dos combustíveis com fins notoriamente eleitoreiros. E com o fim do represamento dos preços, aí está o resultado.
Essa nova e grave crise no transporte de cargas do Brasil coincide com a data da divulgação do balanço da Petrobras com estratosférico prejuízo de R$22 bilhões, sendo R$6 bilhões decorrentes de corrupção e R$16 bilhões, de investimentos mal planejados e fracassados.
Esse assustador cenário de inabilidades está levando o Brasil a uma das piores situações da sua história: mau relacionamento com o Legislativo; incrível demora para o preenchimento de uma vaga no Supremo Tribunal Federal; volta da inflação, com astronômicos aumentos de combustíveis e energia; grande paralisação do setor industrial; perspectiva de crescimento zero do PIB; não preenchimento nas vagas das diretorias das agências reguladoras; a lei das terceirizações, onde o Governo não sabe se é a favor ou contra; manobra para não instalação de CPI do BNDES; administração temerária dos fundos de pensão. Enfim, Srs. Parlamentares, invocando o velho chavão, "Que país é esse?", lembre-se Francelino Pereira, ex-Governador mineiro.
Afinal, aonde estamos indo?
Que ao menos, então, o Governo resolva a crise mais imediata, mais premente, o frete mínimo, que os caminhoneiros estão reivindicando, antes que o País, literalmente, fique paralisado.
Que haja um começo, ao menos, e que o Governo se junte aos caminhoneiros, de quem o País depende, conforme a própria assertiva da Presidente no mês de fevereiro.
Era isso, Sr. Presidente.
Obrigado.