Pronunciamento de Cássio Cunha Lima em 05/05/2015
Explicação pessoal durante a 61ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Explicação pessoal referente ao pronunciamento do Senador Jorge Viana.
- Autor
- Cássio Cunha Lima (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PB)
- Nome completo: Cássio Rodrigues da Cunha Lima
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Explicação pessoal
- Resumo por assunto
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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
- Explicação pessoal referente ao pronunciamento do Senador Jorge Viana.
- Publicação
- Publicação no DSF de 06/05/2015 - Página 173
- Assunto
- Outros > CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
- Indexação
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- EXPLICAÇÃO PESSOAL, REFERENCIA, PRONUNCIAMENTO, JORGE VIANA, SENADOR, ASSUNTO, DESAPARECIMENTO, GRAVAÇÃO, REUNIÃO, CONSELHO, GESTÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PERIODO, REGENCIA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CRITICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DEFESA, NECESSIDADE, APURAÇÃO, DENUNCIA.
O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Oposição/PSDB - PB. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - O que foi debatido hoje à tarde, no discurso do Senador Jorge Viana, que gentilmente me concedeu o aparte, entre outros temas, foi, primeiro, a regra de que, na República, ninguém está imune à investigação, e que investigação não é sinônimo de condenação. Portanto, vivemos um momento em que as instituições devem ser fortalecidas, em que precisamos ter muita firmeza no nosso posicionamento. E soava estranho o desaparecimento das gravações do Conselho de Administração da Petrobras, que foi presidido, durante muitos anos, pela Presidente Dilma Rousseff, do PT.
O Senador Jorge, agora, de forma diligente, traz a leitura do Regimento Interno da Petrobras, em que se reporta à data de elaboração do Regimento Interno, lembrando que, àquela altura, a Petrobras não escrevia no seu balanço prejuízos de R$6 bilhões pela prática de corrupção. Àquela altura, a Petrobras tinha uma governança que não impunha à empresa prejuízos que ultrapassam a casa dos R$50 bilhões, como acontece hoje. E o que o povo brasileiro quer saber - e o nosso papel, como oposição e defensores que somos da nossa sociedade, das pessoas que estão estarrecidas, e esse estarrecimento, infelizmente, tem migrado para a descrença, para o ceticismo, para o desânimo - é até que ponto a então Ministra de Minas e Energia e, na sequência, Ministra-Chefe da Casa Civil e atual Presidente da República participou, como Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, de todos esses episódios que estão, hoje, registrados no balanço da empresa. Não é a oposição brasileira que está afirmando que a Petrobras aferiu prejuízos e perdas de mais de R$50 bilhões.
Em artigo que tive a oportunidade de escrever, publicado hoje no prestigiado blogue do jornalista Ricardo Noblat, eu começo, Senador Aécio, dizendo exatamente isto: bilhão no Brasil está desmoralizado. O Governo do PT conseguiu desmoralizar bilhão pelo volume de escândalos que estão sendo revelados. E, no caso da Petrobras, é a própria Petrobras que registrou no seu balanço perdas de R$6 bilhões na corrupção, fora outros R$50 bilhões que foram jogados pelo ralo pela gestão incompetente...
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Roberto Costa cita R$10 milhões para o Presidente do PSDB.
O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Oposição/PSDB - PB) - Será investigado. O PSDB quer clareza na investigação.
A diferença que há entre o PSDB e o PT é que o PSDB não passa a mão em seus quadros que praticam crimes, como o PT faz. O PT não tomou uma única providência em relação aos seus filiados que foram condenados no mensalão. O PT, simplesmente, manteve em seus quadros partidários filiados que foram condenados e que são tratados como verdadeiros heróis, com musiquinha e tudo.
Então, nós precisamos ter - e concluo, Sr. Presidente - a devida compreensão da diferença profunda do momento que nós estamos vivendo. Este é um instante em que o Brasil precisa fortalecer as instituições, fazer com que o País possa avançar e não permitir que paire dúvida em relação ao procedimento de qualquer que seja a autoridade. Porque, do contrário, todo esse desânimo que, infelizmente, toma conta do povo brasileiro, essa desesperança que se espraia pelo País inteiro e que tem reflexo, inclusive, na nossa economia, porque as pessoas perdem a perspectivas de futuro...
Os governos podem, sim, perder popularidade. É normal da atividade pública um governo A, B ou C ter uma alta de popularidade ou uma baixa de popularidade. É natural de quem governa, de quem administra. Os governos não podem perder é credibilidade. E é uma crise de credibilidade, talvez a mais grave, que o Brasil enfrenta hoje, porque não há confiança nos rumos que o País poderá ter no comando frouxo do Governo, que não consegue, sequer, manter coerência com um discurso de campanha eleitoral.
Então, nós vamos, sim, insistir na apuração desses fatos. Vamos procurar o Ministério Público para que sejam esclarecidos, para que haja uma transparência absoluta, que a sociedade exige, de qual é o papel da Presidente Dilma Rousseff, do PT, na compra de Pasadena e de outros negócios mal sucedidos da Petrobras.
A República exige esses esclarecimentos. Se, porventura, foram deletados os arquivos, seguramente estão registrados nos discos rígidos dos computadores, e qualquer perito, não precisa ser um extraordinário perito, tem a capacidade de recuperar esses arquivos que ficam registrados no disco rígido dos computadores, a não ser que também esses discos rígidos tenham desaparecido.
São esses esclarecimentos que nós queremos ter em nome da República.