Pela ordem durante a 63ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Registro da realização pelo Senado Federal de audiência pública com mulheres venezuelanas, cujos maridos são presos políticos na Venezuela.

Autor
Cássio Cunha Lima (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PB)
Nome completo: Cássio Rodrigues da Cunha Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SENADO:
  • Registro da realização pelo Senado Federal de audiência pública com mulheres venezuelanas, cujos maridos são presos políticos na Venezuela.
Publicação
Publicação no DSF de 08/05/2015 - Página 103
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, SENADO, AUDIENCIA PUBLICA, PARTICIPAÇÃO, MULHER CASADA, MARIDO, PRESO POLITICO, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, ENFASE, DEFESA, RESTABELECIMENTO, DEMOCRACIA, LIBERDADE, GOVERNO ESTRANGEIRO, CRITICA, RECUSA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, RECEBIMENTO, REUNIÃO, GRUPO, MULHER, NACIONALIDADE ESTRANGEIRA, PERIODO, DIA INTERNACIONAL, MÃE.

            O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Oposição/PSDB - PB. Pela ordem. Sem revisão do orador) - Eu acabo de chegar, Sr. Presidente, da Comissão de Relações Exteriores, onde diversos Senadores, Senadoras, Deputados e Deputadas atenderam ao convite do Presidente daquela Comissão, Senador Aloysio Nunes Ferreira, que, de forma providencial, realiza, neste instante, uma audiência pública com mulheres bravas, corajosas venezuelanas, cujos maridos estão na condição de presos políticos naquele país.

            O Senado da República faz uma audiência, neste instante, com a presença de diversos partidos, não apenas nós do PSDB, sob o comando do nosso Presidente nacional, Senador Aécio Neves, e do Presidente da Comissão, Senador Aloysio Nunes Ferreira, mas também partidos da oposição brasileira e da Base de sustentação do Governo. Até mesmo o Senador Lindbergh, filiado ao PT, esteve presente, na reafirmação do compromisso que o nosso País sempre terá, por um princípio da nossa Constituição, nos valores das liberdades individuais e nos princípios da democracia. Acredito que com essa audiência inauguraremos um tempo novo na luta para que as liberdades democráticas na Venezuela sejam restauradas.

            Dentro de poucos instantes, a reunião da Comissão de Relações Exteriores chegará à sua etapa final. E a Srª Mitzy, a Srª Lilian e a Srª Rosa - a Srª Rosa chora a dor de uma filha assassinada -, dentro de poucos instantes, serão recebidas pelo Presidente do Congresso Nacional, o que reputo um gesto simbólico muito importante para que o Parlamento brasileiro possa reafirmar o seu compromisso inarredável com os valores da nossa democracia e das liberdades individuais.

            Mas não posso deixar de trazer uma nota de lamento pela recusa da Presidente Dilma Rousseff, do PT, de receber essas mulheres nos dias que antecedem o Dia das Mães, que também será celebrado na Venezuela no próximo domingo. Nem mesmo a condição de gênero fez com que a Presidente Dilma Rousseff tivesse sensibilidade para acolher essas mulheres, que trazem na face a marca da coragem, da altivez, da grandeza e os sulcos da dor e do sofrimento. São mulheres altivas, mulheres que acreditam que, maior do que os seus dramas pessoais, estará presente sempre o compromisso por uma Venezuela livre e melhor.

            E na minha fala, que foi muito breve, atendendo à recomendação do Senador Aloysio Nunes, lembrei Thiago de Mello: “Faz escuro, mas eu canto”, porque, por mais longa que seja a noite, amanhecerá.

            E nossa luta, a luta do povo venezuelano e do povo brasileiro, que têm crença na democracia, não será em vão, porque, repito - e encerro, Sr. Presidente -, por mais longa que seja a noite, amanhecerá.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/05/2015 - Página 103