Discurso durante a 76ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Celebração do 267º aniversário de Mato Grosso e considerações sobre as contribuições do estado para o País.

Autor
Blairo Maggi (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Blairo Borges Maggi
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Celebração do 267º aniversário de Mato Grosso e considerações sobre as contribuições do estado para o País.
Publicação
Publicação no DSF de 22/05/2015 - Página 313
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, ANIVERSARIO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ENFASE, IMPORTANCIA, AGROPECUARIA, REGIÃO, ECONOMIA, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, MELHORIA, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Senadoras e Senadores, Telespectadores e Ouvintes da TV e Rádio Senado, todos aqui presentes, muito boa tarde! Primeiramente gostaria de parabenizar todas as mães pelo seu dia, comemorado no dia 10 de maio.

            No mesmo final de semana também comemoramos, no sábado dia 9, o aniversário de Mato Grosso! São 267 anos de criação da Capitania de Mato Grosso!

            Um trecho do nosso hino diz: "Limitando, qual novo colosso, o ocidente do imenso Brasil, eis aqui, sempre em flor, Mato Grosso, nosso berço glorioso e gentil!"

            Esse Estado privilegiado pela sua exuberância natural, pela sua produção recorde de grãos e pelo seu rebanho bovino. Somos o celeiro do Brasil!

            Senhoras e senhores, após várias transformações em seu território, sendo a última em 1977, quando aconteceu a separação do estado que originou Mato Grosso do Sul, se iniciou um novo Mato Grosso, com crescimento vertiginoso conforme podemos destacar em seus números.

            A população que em 1980 era de 1.138.691 habitantes, em 2014 já era de 3.035.122.

            O número de municípios praticamente triplicou, pulando de 58 em 1980 para os atuais 141, ou seja, criou-se 83 novas cidades.

            Em 2010, quando deixei o governo de Mato Grosso, contabilizávamos 533 escolas estaduais, contra 57 em 1980.

            A evolução da economia do estado foi surpreendente! Destaco a parte da agropecuária que no período de 1990 a 2013 pulou de 4,1 milhões de toneladas de grãos por ano, para 48 milhões em 2014.

            Seu rebanho bovino também teve um crescimento vertiginoso! Entre 2000 e 2014 passou de 19 milhões de cabeças de gado para 28,7 milhões.

            O Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no território mato-grossense, aumentou 337%, nos últimos 11 anos.

            Este resultado permitiu que o estado elevasse a participação no PIB do Centro-Oeste de 14% para 18% no período. No contexto nacional, Mato Grosso responde por 1,72% do PIB brasileiro, atualmente em R$ 4,3 trilhões. No começo da última década, essa participação era de 1,25%.

            Contudo, este Mato Grosso novo de apenas 38 de seus 267 anos, carece de muita infraestrutura que permita o seu continuo crescimento, principalmente para escoar toda esta produção, toda essa riqueza, bem como, a projeção prevista de sua expansão com a intensificação do uso integrado do solo pelo tripé Lavoura- Pecuária -Floresta.

            A contribuição de Mato Grosso, que já é destaque na Balança Comercial do Brasil, somente vai continuar evoluindo, com a ampliação de sua malha viária, mas principalmente com os investimentos em ferrovias e hidrovias fundamentais no escoamento desta produção crescente.

            Mato Grosso é polo do desenvolvimento agropecuário. Safras recordes e rebanhos gigantescos inseriram nossa região no mapa mundial da produtividade de commodites.

            Deixamos a periferia para assumir papel de protagonistas na balança comercial brasileira.

            Segundo levantamento da Conab, impulsionada por soja e milho, a colheita de grãos deverá atingir 48,2 milhões de toneladas em Mato Grosso nesta safra 2014/2015. Superando-se a cada ano.

            Mais uma vez vamos liderar a colheita nacional, que será recorde com previsão de 198,3 milhões de toneladas de grãos. É a região Centro-Oeste que vem puxando por três anos consecutivos o recorde na safra de grãos no país!

            Sr. Presidente,

            A contribuição do agronegócio é decisiva para o PIB, para a geração de empregos e para as exportações. O setor irradia oportunidades e renda para toda a economia e é a base da economia brasileira.

            O Brasil se destaca no cenário mundial de grãos, carnes e fibras, comprovando sua eficiência produtiva no campo. Em Mato Grosso, nas últimas duas décadas, a produção agrícola cresceu 656%, segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

            O agronegócio é também um grande empregador, multiplicando empregos e renda por onde passa, além de garantir o saldo positivo na balança comercial. Elevou a qualidade de vida de quem está no campo, reduziu o preço dos alimentos e melhorou a quantidade e qualidade do consumo na mesa dos brasileiros.

            Nobres colegas, o Brasil é reconhecido mundialmente por sua alta produção agrícola e pecuária. O agronegócio hoje é o que alimenta o PIB nacional. É o que impulsiona os outros setores da economia, como a indústria e o comércio.

            Para continuar crescendo o setor precisa de uma logística mais eficiente, tributos mais justos, mais investimentos, créditos e seguro rural.

            Municípios mato-grossenses como Lucas do Rio Verde, Sorriso, Cláudia, entre outros, têm a agropecuária como principal atividade econômica e possuem os maiores índices de Desenvolvimento Humano (IDH) no Estado.

            Senhoras e Senhores, da mesma forma que o crescimento da sua produção, o índice de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM) em Mato Grosso, apurado a cada 10 anos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), também evoluiu positivamente.

            Tivemos um incremento no seu IDHM de 61,47% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional que foi 47,46%.

            Também aumentou a expectativa de vida dos mato-grossenses nessas duas décadas, passando de 64,5 anos em 1991 para 69,4 anos em 2000, e para 74,3 anos em 2010.

            Reduzimos a mortalidade infantil. Por mil nascidos vivos em 1991, morriam 33,6, em 2000 passamos para 27,5 e para 16,8 nos dados de 2010.

            Sr. Presidente, no que diz respeito à Educação os indicadores também estão melhores. Em 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola foi de 86,8%, bem superior à porcentagem apresentada em 1990 que era de 25,77% e de 63% no ano de 2000.

            A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental no ano de 1990 era de 33,96% e chegamos em 2010 com 85,82%.

            Já os jovens, entre 18 e 20 anos, com ensino médio completo cresceu 507% entre 1990 e 2010.

            Colegas Senadoras e Senadores, a economia de Mato Grosso pode ser medida pela evolução de seu PIB. Considerando apenas o período de 2000 a 2012 seu crescimento foi de 543,56%, passando de R$ 14.870.533.000 para R$ 80.830.108.000

            A renda per capita média de Mato Grosso cresceu 431,84% nos últimos doze anos, passando de R$ 5.937,87 em 2000 para R$25642,4 em 2012.

            A extrema pobreza, (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010), passou de 13,72% em 1991 para 7,83% em 2000 e para 4,41% em 2010.

            O Estado também gerou mais empregos nas últimas décadas. Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais, entenda-se, o percentual dessa população que era economicamente ativa, passou de 68,19% em 2000 para 70,23% em 2010.

            Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação,ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada, passou de 10,63% em 2000 para 5,75% em 2010.

            Sr. Presidente, se analisássemos esta evolução pelos Municípios de nosso estado, veríamos que assim como nossa infraestrutura, ainda temos muito a investir para alavancar o desenvolvimento desejado, pois apesar de termos os municípios que já citei com altos índices de IDHM, muitos outros vivem a espera da transformação do produto primário com a chegada tão esperada da industrialização, para a geração de emprego e renda.

            Senhoras e Senhores, muitos homens e mulheres contribuíram anonimamente para alicerçar esse Brasil Central da prosperidade e do desenvolvimento.

            Nesse aniversário de 267 anos do meu querido Mato Grosso, quero prestar homenagem às milhares de famílias que aqui vivem, trabalham dão força a nossa economia.

            Mato Grosso é uma terra de gente brava e trabalhadora, que sabe semear e plantar, mas, sobretudo, sabe colher prosperidade.

            Muito Obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/05/2015 - Página 313