Discurso durante a 81ª Sessão de Premiações e Condecorações, no Senado Federal

Sessão especial destinada à entrega do Diploma José Ermírio de Moraes aos agraciados em sua 6ª Premiação, conforme a Resolução nº 35/2009.

Autor
José Agripino (DEM - Democratas/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada à entrega do Diploma José Ermírio de Moraes aos agraciados em sua 6ª Premiação, conforme a Resolução nº 35/2009.
INDUSTRIA E COMERCIO:
Publicação
Publicação no DSF de 27/05/2015 - Página 22
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > INDUSTRIA E COMERCIO
Indexação
  • SESSÃO, ENTREGA, DIPLOMA, JOSE ERMIRIO DE MORAES, HOMENAGEM, RECONHECIMENTO, PESSOAS, CONTRIBUIÇÃO, MELHORAMENTO, EFICIENCIA, GESTÃO, INSTITUIÇÃO EMPRESARIAL.
  • CONGRATULAÇÕES, EMPRESARIO, LOCAL, BRASIL, MOTIVO, RESISTENCIA, DIFICULDADE, REFERENCIA, LEGISLAÇÃO, TRABALHO, JUROS, BUROCRACIA, INFLAÇÃO.

            O SR. JOSÉ AGRIPINO (Bloco Oposição/DEM - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Renan Calheiros e Senador Douglas Cintra, na pessoa de quem quero saudar todos os membros da mesa e que é o Presidente da Ordem José Ermírio de Moraes, responsável por esta festa, foi o Senador Douglas Cintra que, de forma abnegada, durante meses, recolheu dos seus colegas Senadores a indicação de quem deveria concorrer ao prêmio este ano, promoveu as reuniões, fez a votação, os convites e esta festa.

            É uma festa que, na verdade, Presidente Renan, é um grande momento para se fazer uma reflexão, como acabou de dizer um dos filhos de Antônio Ermírio, que foi meu amigo. Seu pai foi meu amigo, convivi com ele de perto e tinha grande admiração por ele, exatamente porque ele era um empresário com um sentido humanista muito forte, muito presente. Ele não era um materialista, mas um empresário gerador de emprego, que adorava o Brasil e queria o Brasil para os brasileiros. Ele fazia desse pensamento a sua prática como empresário.

            É o momento de reunirmos, Senador Fernando Collor, expoentes da indústria, do comércio e da agricultura. Aqui estão representantes da indústria, do comercia e da agricultura. V. Sªs são heróis. Nós somos a oitava economia do mundo. A primeira, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta, a sexta e a sétima têm uma diferença monumental em relação à nossa, porque elas guardam regras estáveis. V. Sªs enfrentam, no dia a dia, desafios que o Japão não enfrenta, que a Alemanha não enfrenta, que os Estados Unidos não enfrentam: a não permanência de regras, a carga de impostos, as regras trabalhistas, a taxa de juros que varia toda hora, uma inflação que às vezes sai de controle, a taxa de câmbio. São as variáveis que colocam em risco aquilo que é o maior risco de V. Sªs que é pagar uma folha para dezenas de milhares de funcionários. V. Sªs têm o meu mais profundo respeito, porque são empregadores, cumprem regras, enfrentam adversidades, pagam salários, garantem direitos e colocam este País em marcha. Eu quero dizer isso, porque tenho a consciência de que os problemas que enfrentamos hoje não são deste Governo, são de uma sequência histórica do País, da qual V. Sªs fazem parte. Eu queria cumprimentar todos como heróis da resistência, como representantes, num país capitalista, de geradores de milhares de empregos, que enfrentam a concorrência interna, a concorrência externa e a maior das adversidades que é a inconstância das regras, que talvez seja o seu maior adversário e o seu maior impeditivo no rumo do crescimento.

            E pego esse gancho para falar do meu afilhado, que é Nevaldo Rocha, um homem com mais de 80 anos de idade, que nasceu em Caraúbas, que é um pequeno Município do Rio Grande do Norte, e hoje foi capa da revista Forbes como o homem que ganhou na vida honestamente, com muito talento, com muita competência, também como o empresário que merece o aplauso do Brasil.

            Presidente Renan, faz tempo que V. Exª não vai a Natal. Indo a Natal, V. Exª poderia testemunhar alguns dos feitos de Nevaldo. Poderia, por exemplo, ver a fábrica da Guararapes, que tem mais de 15 mil empregados. Com mais de 15 mil empregados, na hora da troca do turno, a fila de ônibus é uma coisa inacreditável. Eu já fui à fábrica várias vezes, eu já almocei na fábrica, eu conheço muitos gerentes, muitos chefes de turno, porque eu me orgulho do que a Guararapes significa na história da indústria do Rio Grande do Norte. Mas V. Exª iria ficar impressionado com o shopping que Nevaldo construiu em Natal como um presente para a cidade. Os caminhos da Pátria passam pela terra de cada um de nós. E ele tem essa consciência. Ele precisava dar um presente à cidade e deu um shopping center que é o ponto de encontro das classes A, B, C, D até Z. Todos se encontram lá. E deu, dentro do shopping, o maior dos presentes: o Teatro Riachuelo. São Paulo não tem melhor, Rio de Janeiro não tem melhor. E ele fez por amor à terra.

            Ele é um cidadão que merece a nossa homenagem. E eu fiz questão de trazer o nome dele pela segunda vez e convencer os Senadores da sua importância, porque, mais do que capa da Forbes, que ele ganhou na competitividade no plano nacional e no plano internacional, porque ele é exportador também, ele é um exemplo de brasileiro e um exemplo de amor à terra. Acho que é importante cultivar os valores que têm apreço pela terra. E, mais do que tudo, Nevaldo tem apreço pela terra. E eu, como potiguar, tenho obrigação de homenageá-lo, a ele que emprega milhares de potiguares, a ele que homenageia com a cultura, com o entretenimento, com as novidades, a ele que significa um exemplo de retidão, de conduta como pai de família e como empregador, com a homenagem que o Senado presta nesta hora com o prêmio Antônio Ermírio de Moraes, em uma gestão muito bem conduzida pelo Senador Cintra, mas, acima de tudo, com modéstia, pela iniciativa que eu tive com a oportunidade de homenagear um brasileiro acima de qualquer suspeita e um potiguar que merece o aplauso do Brasil.

            Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/05/2015 - Página 22