Discurso durante a 94ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a homenagear o Sr. Luiz Henrique da Silveira, Senador da República, falecido no dia 10 de maio último, nos termos do Requerimento nº 499/2015.

Autor
Vanessa Grazziotin (PCdoB - Partido Comunista do Brasil/AM)
Nome completo: Vanessa Grazziotin
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a homenagear o Sr. Luiz Henrique da Silveira, Senador da República, falecido no dia 10 de maio último, nos termos do Requerimento nº 499/2015.
Publicação
Publicação no DSF de 12/06/2015 - Página 27
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA, EX SENADOR, ELOGIO, VIDA PUBLICA, ATUAÇÃO, POLITICA.

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Muito obrigada, Senador Jorge Viana.

            Quero cumprimentar os integrantes da Mesa, cumprimentar o Governador de Santa Catarina Raimundo Colombo. Quero cumprimentar o ex-Governador e Senador Jorge Bornhausen, aqui presente, também o ex-Governador, Senador, meu amigo querido Casildo Maldaner. Quero cumprimentar o Prefeito da cidade de Joinville - todos aqui fazem questão de dizer, a maior cidade de Santa Catarina -, Prefeito Udo Döhler.

            Quero cumprimentar a senhora, D. Ivete. Nós ali falávamos, a respeito da senhora, que grande parte do que foi e do que conquistou o Senador, Governador e Prefeito Luiz Henrique foi por conta dessa vida que a senhora levava com ele e tanto o ajudou.

Não foram poucas vezes, D. Ivete, que eu, da tribuna ou daqui mesmo, a via sentada ali atrás, caminhando com o Senador Luiz Henrique. Como os Senadores mais jovens disseram, que pena que não pudemos ter uma convivência maior com ele.

            Conheci Luiz Henrique a minha vida toda, acho que nasci conhecendo o Senador Luiz Henrique. Sou Senadora do Amazonas, mas nasci em Santa Catarina. Na década de 70, eu vivi em Lages. E quero cumprimentar todos os convidados presentes cumprimentando Renato Simões, querido, mas, na década de 70, quando vivi em Lages, meu pai deixou temporariamente o banco onde trabalhava para ajudar Dirceu Carneiro na Prefeitura de Lages. Além de Lages, nós tínhamos Luiz Henrique em Joinville, tínhamos Renato em Blumenau, cidade natal do Senador Luiz Henrique. E eu tenho tios que vivem no Estado até hoje e que eram muito mais do que amigos, mas correligionários muito firmes do Governador Luiz Henrique.

            Quando chegamos aqui ao Senado, Senador Berger, ele perguntou, e fiquei muito emocionada: “Quem são Vidomar e Vildomar?” Aí falei: como, Senador? “Quem são Vidomar e Vildomar?” Governador Colombo e eu, muito emocionada, disse: são irmãos do meu pai. E ele disse: “Meus grandes amigos”. E contava muitas histórias, muitas passagens interessantes das campanhas que fazia por todo o Estado de Santa Catarina.

            Não preparei nada, mas tenho certeza de que só o fato de eu vir aqui e falar, lembrar e destacar a importância que o Senador tinha não só para Santa Catarina, mas para o Brasil e para os jovens políticos deste País creio ser muito importante, porque é muito raro ver pessoas com a trajetória do Senador Luiz Henrique. Iniciou no movimento estudantil, filiou-se ao MDB e, até hoje, era do PMDB, um único partido, porque tinha uma única ideologia: fazer o bem às pessoas, trabalhar pelo seu Estado, de que ele tinha muito orgulho, muito orgulho. Isso tudo que ouvimos aqui, todos os Municípios ligados por asfalto, todos os Municípios com os melhores indicadores sociais.

            Quantas vezes eu ouvi o Senador Luiz Henrique falar com muito orgulho! Não com vaidade, mas com orgulho e o sentimento daqueles que usufruem de todo esse desenvolvimento, de todas essas conquistas.

            Então eu quero dizer, Dona Ivete, e também já disseram aqui, que o Luiz Henrique não preparou ninguém. Eu me lembro dele, Senador Casildo, como o Senador Randolfe, na homenagem que aqui fizemos ao Senador gaúcho muito amigo dele Pedro Simon. E ele cantou aquela música cuja passagem o Senador repetiu aqui, mas rapidamente parou, porque eu tenho certeza de que ali ele sentiu a saudade de alguém que foi muito mais do que um amigo seu, mas que comungava com os mesmos princípios, com as mesmas ideias, com o mesmo modo de fazer política.

            Dona Ivete, não temos mais o Senador Luiz Henrique presente fisicamente ao nosso lado, mas nós teremos, e o Brasil terá, o Senador Luiz Henrique e o Governador para sempre. Feliz a família que tem alguém para dizer: tivemos um grande homem do nosso lado, um homem cujo nome jamais será apagado da história do nosso País.

            Um beijo no coração da senhora, a seus filhos, a todos. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/06/2015 - Página 27