Pela Liderança durante a 93ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre a nova etapa do Programa de Investimentos em Logística, anunciada ontem pelo Governo Federal, no que se refere à Região Centro-Oeste.

Autor
Blairo Maggi (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Blairo Borges Maggi
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
TRANSPORTE:
  • Comentários sobre a nova etapa do Programa de Investimentos em Logística, anunciada ontem pelo Governo Federal, no que se refere à Região Centro-Oeste.
Aparteantes
Cristovam Buarque, Gleisi Hoffmann, Simone Tebet.
Publicação
Publicação no DSF de 11/06/2015 - Página 225
Assunto
Outros > TRANSPORTE
Indexação
  • COMENTARIO, LANÇAMENTO, PROGRAMA DE GOVERNO, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE, DEFESA, AMPLIAÇÃO, RODOVIA, LOCAL, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ENFASE, IMPORTANCIA, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO, GRÃO, REGIÃO CENTRO OESTE.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Presidenta.

            Eu fiz uma brincadeira com a Senadora Simone, mas quero dizer que esse trabalho que o Senador Luiz Henrique teve a oportunidade de iniciar em Santa Catarina, de fato, semeou por todo o Brasil, para os mais distintos e longínquos locais, sementes. E lá no meu Estado, na minha cidade de Rondonópolis, a Fundação André e Lúcia Maggi tem atividades - a minha irmã Fátima foi presidente desta fundação por vários anos e agora a minha filha Belisa é a presidente -, mantém uma casa em Joinville para crianças pobres da cidade de Rondonópolis, de Mato Grosso, que gostam da dança e querem dançar. Essas crianças vivem em Santa Catarina fazendo essa atividade.

            Minha irmã já disse, por várias vezes, que pessoas que vieram das vilas mais pobres da cidade de Rondonópolis conseguiram se formar em dança, conseguiram emprego, e algumas delas já dançam fora do Brasil.

            Quer dizer, isso nos mostra para onde vai uma semente - como V. Exª disse - plantada por um homem como o Senador Luiz Henrique. É um testemunho de dentro da minha casa, de dentro da minha empresa, da minha família, que sabe dar valor ao que esse homem, ao que esse cidadão implantou há anos em Santa Catarina e está dando frutos por todos os lugares do Brasil, nos mais distantes, como, por exemplo, a minha querida cidade de Rondonópolis, das pessoas das vilas que jamais teriam tido a oportunidade, se não fosse por esse caminho.

            A Srª Simone Tebet (Bloco Maioria/PMDB - MS) - Se V. Exª me permite, Senador Blairo.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) - Claro.

            A Srª Simone Tebet (Bloco Maioria/PMDB - MS) - É muito gratificante, é muito emocionante saber disso, que os homens públicos, quando exercem realmente a sua função com integridade, com honradez, com competência e capacidade, como foi o caso do Senador Luiz Henrique, fica não apenas na nossa memória, mas na memória das futuras gerações. O Brasil inteiro hoje tem jovens nessa escola em Santa Catarina, normalmente jovens carentes, jovens que realmente não têm recursos e recebem uma bolsa de estudos. Quer dizer, eles recebem para poder fazer parte desse grupo seletivo de jovens de uma escola tão renomada, como é a Escola de Teatro e Dança Bolshoi no Brasil. Obrigada.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) - Obrigado, Senadora Simone.

            Presidente, venho à tribuna nesta tarde para falar um pouco sobre o programa que foi lançado ontem, um programa de investimentos para o Brasil.

            E não vou ficar aqui discutindo os projetos que foram colocados fora da minha região, da Região Centro-Oeste e do Estado de Mato Grosso.

            Hoje, na Comissão de Infraestrutura, ouvindo alguns Senadores que lá se posicionaram, cheguei à conclusão de quanto é difícil para um ministro, para um governo atender a todas as regiões, a exemplo da Presidenta, que estava lá presente, reclamando das coisas do seu Estado, de outro do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná. É difícil colocar todos em um programa só e dizer: “Vamos resolver os problemas do Brasil”. É muito difícil.

            Agora, fica evidente e claro também, Senadora Lídice, que se não for o trabalho dos políticos, o trabalho dos Senadores, dos Deputados Federais, das Bancadas dos Estados, de estarem presentes nessas reuniões, de estarem presentes quando da formulação dessas políticas, pedirem, mostrarem e exigirem que tal rodovia, tal aeroporto, tal ferrovia é importante e necessária e tem viabilidade econômica, técnica e assim por diante.

            É por isso que vemos Estados que conseguem, às vezes, se sobressair, em determinados momentos, sobre outros, porque há uma presença e uma dedicação mais exclusiva sobre esse assunto.

            E aqui quero, então, fechar o foco sobre as obras que foram ontem ditas para o Centro-Oeste, especialmente para o meu Estado, Mato Grosso, e também para Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia e Pará.

            Mato Grosso está no centro geodésico da América do Sul. Quer dizer, lá em Cuiabá, há um marco, bem na frente da Assembleia Legislativa, em que está escrito “Centro Geodésico da América do Sul”.

            Senadora Lídice, isso quer dizer o seguinte: para qualquer lugar que quisermos sair, para o Atlântico ou para o Pacífico, as distâncias são praticamente iguais. Então, estamos longe, a 1,5 mil quilômetros, a 1,7 mil quilômetros e até a 2 mil quilômetros de distância a serem percorridos pelos produtos agrícolas produzidos no Estado de Mato Grosso.

            Portanto, qualquer uma das saídas que pedimos, por que trabalhamos, tem interferência em outros Estados. Se quisermos sair para o sul, passaremos por Mato Grosso do Sul; se quisermos sair pelo noroeste do Estado de Mato Grosso, passaremos por Rondônia; se quisermos sair para o norte, passaremos pelo Pará; se quisermos sair para o leste, passaremos por Tocantins e também por Goiás. Qualquer obra para essa região é regional, não é uma obra local.

            E quero destacar as obras que foram colocadas nesse programa. Eu, particularmente, pela experiência que tenho, acho que, com exceção de uma obra, que depois vou discutir aqui, as demais obras têm viabilidade econômica, já que serão concessionadas, e a iniciativa privada terá de fazer esse trabalho.

            Começo, então, pela duplicação da rodovia entre Rondonópolis e Goiânia, que passa pela cidade do meu amigo Trentini, que está aqui, que foi Prefeito de Alto Garças e que está acompanhado de Paulo, seu gerente da Fazenda Lagoa Vermelha, no Estado de Mato Grosso. Saindo, então, de Rondonópolis, é algo em torno de 700 quilômetros até Goiânia, uma obra que vai exigir alguns bilhões de reais. Mas há um ditado antigo que diz que do couro sai a correia, porque antigamente a correia era feita com couro do boi. Então, do boi sai a correia.

            Bem, se há produção agrícola, se há carga, se há veículo, se há gente e a conta paga, é óbvio que um empresário vai fazer as contas e, se houver retorno, estará, então, pensando nessa obra, que é a duplicação desde Rondonópolis até a cidade de Goiânia, chegando-se a Brasília.

            Também a BR-364, que sai de Comodoro, no noroeste do Estado de Mato Grosso, e vai até a cidade de Porto Velho, também uma duplicação, uma readequação. São mais 976 quilômetros. Toda a produção de Mato Grosso produzida no noroeste do Estado sai pela hidrovia Madeira-Amazonas, portanto uma obra também do interesse do Estado de Mato Grosso.

            Já está sendo feita a duplicação entre Itiquira e Sinop. Quer dizer, começa em Sinop, passa por Sorriso, Lucas do Rio Verde, Cuiabá, Jangada, Rondonópolis, Jaciara, Juscimeira e vai sair lá em Itiquira. É uma obra de 806km que está sendo duplicada. Quer dizer, é um novo modal que se constrói.

            Também a inclusão da BR-163, que sai de Sinop e vai até Miritituba, no Pará, por onde a soja de Mato Grosso poderá ser exportada por um caminho bem mais curto, em torno de mil quilômetros a menos do que nós fazemos hoje para os portos do sul, trazendo então competitividade para esses produtores.

            E também as ferrovias que foram alocadas e pensadas. Mato Grosso está de parabéns, está numa posição interessante, porque o Governo colocará em concessão pública uma ferrovia nova, chamada de Ferrogrão, que sai de Lucas do Rio Verde, passa por Sorriso, passa por Sinop, entra no Estado, passa lá por Guarantã, por Matupá e vai entrar no Estado do Pará, chegando até a cidade de Miritituba. Uma ferrovia em torno de mil quilômetros, que será uma ferrovia expressa e transportará milhões e milhões em cargas, ligando os chapadões de Mato Grosso, a zona de produção, pela ferrovia, chegando à ponta da hidrovia do Rio Tapajós, e de lá ganhando os navios indo para a Europa, para a Ásia, para qualquer lugar.

            Nós faremos, com esses projetos, o que o americano fez há cinquenta, cem anos, quando ligou os campos de produção pelas ferrovias, chegando às hidrovias, ganhando competitividade e o mundo inteiro. É isso que nós sempre desejamos e sempre lutamos para conseguir, e agora vemos a possibilidade de fazer essa ferrovia, que tem viabilidade técnica e econômica, porque tem carga. Nós temos lá hoje mais de 20, talvez até 30 milhões de toneladas de grãos já prontas, que são transportadas pelos portos do sul, que congestionam os portos do sul e que, nessa nova configuração, terão condições de serem implantadas.

            Ouço a nossa Ministra Gleisi, a Senadora Gleisi, que participou dessas discussões conosco, logo ali atrás, quando começávamos a preparar o terreno para a implantação desses programas. Depois, ouço o Senador Cristovam.

            A SRª Gleisi Hoffmann (Bloco Apoio Governo/PT - PR) - Obrigada, Senador Blairo. Eu, inclusive, vou falar hoje na tribuna exatamente sobre o Programa de Investimentos em Logística. Mas eu não poderia deixar de aparteá-lo, primeiro, para parabenizá-lo e enaltecer sua fala, porque V. Exª colaborou muito conosco na primeira fase do Programa de Investimentos em Logística. Não era fácil. É um programa complementar do PAC e que exige o interesse da iniciativa privada de participar. Nós sabíamos - e V. Exª também - que precisávamos facilitar o escoamento da produção das regiões Norte e Centro-Oeste do País, o chamado Matopiba, que nós temos nas regiões Norte e Nordeste, mais o Mato Grosso, que é hoje um dos grandes celeiros de produção junto com meu Estado, o Paraná. Obviamente, essa produção não pode descer toda para o Porto de Paranaguá, para o Porto de Santos. Então, queria enaltecer não só a ferrovia, com que o Estado do Mato Grosso colaborou muito. O Governo do Estado colaborou muito para que isso fosse uma r

            ealidade. V. Exª falou da necessidade do apoio dos políticos, dos Senadores, dos Deputados, mas também o interesse do governador para fazer as coisas acontecerem. Eu acho que foi muito importante o seu interesse desde que foi governador. Os terminais portuários de uso privado também são fundamentais para aquela região. Hoje, os maiores investimentos em TUPs estão exatamente na região...

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) - Norte.

            A SRª Gleisi Hoffmann (Bloco Apoio Governo/PT - PR) - ... que atende V. Exª, atende o Mato Grosso. Então, queria parabenizar e agradecer sua colaboração. Esse programa que a Presidenta lança é continuidade do primeiro, mas já muito melhorado, porque a gente vai aprendendo com a prática. Com certeza, não havia outra forma a não ser a sua Região Norte do País, no Estado de Mato Grosso, ser muito contemplada, porque ali está o novo caminho para o escoamento de nossa produção. Então, queria parabenizá-lo.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) - Muito obrigado, Senadora Gleisi.

            Ouço, com o maior prazer, o Senador Cristovam.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Senador Blairo, talvez, ninguém melhor do que o senhor para trazer para nós uma análise da importância dessas decisões. E, mais uma vez, eu venho aqui tendo de parabenizar as decisões corretas para o presente, mas carregado de preocupação sobre o futuro. Vou explicar: não há dúvida de que o Brasil precisa construir essa malha, essa infraestrutura para explorar a riqueza produzida nessa região, parte dela graças a pessoas como o senhor.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) - Obrigado.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Mas, o que me preocupa, Senadora Gleisi, é que nós estamos criando essa infraestrutura, voltada para a exploração da riqueza do presente, mas relegando a infraestrutura para a construção de um futuro distante que será, queiramos ou não, baseado na economia do conhecimento. Essas estradas vão passar ao lado de escolas vergonhosamente...

(Interrupção do som).

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Elas vão passar ao lado, em frente de escolas que não estarão explorando, preparando o terreno para a economia do conhecimento no futuro. Felizmente, essas estradas virão e temos que parabenizar o Governo por isso e elogiar o senhor pelo seu papel. Mas não podemos esquecer que, no mesmo momento em que as estradas são feitas, nossas universidades estão em greve; nossos professores estão sem receber o piso salarial; nossas crianças sem ter os seus cérebros fermentados para que ali, sim, surja a verdadeira energia do futuro, a verdadeira riqueza do futuro. Nós não temos futuro baseados apenas nessa maravilhosa riqueza que, felizmente, nós temos da exploração agrícola. Ela é fundamental, mas não será permanente. Hoje mesmo, devem estar sendo construídas produções semelhantes às nossas em outras áreas mais perto, por exemplo, da China, que farão difícil o mercado para os nossos produtos. Como já se passou com a borracha lá no Norte; como já se passou com o açúcar no Nordeste. A riqueza que eles trouxeram se esgotou não por parar, mas pela concorrência lá fora. Só o conhecimento é capaz de não sofrer essa concorrência, porque gera novos produtos. Então, ao mesmo tempo que o parabenizo pelo que está sendo feito, não posso deixar de olhar para o futuro do meu País, preocupado, porque não estamos fazendo plenamente o dever de casa para a construção do futuro, tomando boas decisões, necessárias para fortalecer o que já temos de bom no presente. Mas é preciso olhar 20, 30 anos à frente. Aí, o futuro está na escola.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) - Obrigado, Senador Cristovam. Concordo absolutamente com V. Exª. O conhecimento que temos hoje, a produção que temos, a sustentabilidade, a sustentação dessa produção já veio dos bancos da escola. Sem conhecimento nós não estaríamos aí. As decisões que estamos tomando hoje, em termos de infraestrutura, vêm exatamente ao encontro do que V. Exª colocou, porque daqui a 50 anos estará a África produzindo. E se nós não aproveitarmos agora para fazermos a infraestrutura necessária para sermos competitivos, seremos derrotados, vamos à bancarrota, e o Brasil não terá mais essa condição.

            Portanto, V. Exª está certo nos dois pontos que levantou: na educação e na preocupação com o tempo para poder fazer as obras que são necessárias.

            Eu quero cumprimentar aqui o nosso querido Deputado Nilson Leitão, que já foi prefeito da cidade de Sinop, é Líder da oposição na Câmara Federal e é um dos políticos responsáveis por essa quantidade de obras que hoje o Mato Grosso recebe, como intenção.

            Eu quero finalizar aqui - eu gostaria de falar mais, mas já estamos terminando o nosso tempo - e dizer o seguinte: das obras que aí estão colocadas, como, por exemplo, a ferrovia Bioceânica, eu, particularmente, Nilson, não acredito nela como uma obra pronta e acabada hoje, porque não tem viabilidade econômica e a viabilidade técnica é duvidosa. Mas não posso tirar o sonho de quem defende a obra; não posso tirar o sonho do governo chinês, se é que ele a está olhando como uma condição especial para ele, de política, no futuro, daqui a 50 anos, daqui a 60 anos, quando, talvez, eles estejam impedidos de negociar com os americanos e esse corredor não tenha preço. Quer dizer, o preço será a comida na mesa do chinês, sem passar pelo Canal do Panamá.

            Então, eu não posso discutir quando a decisão é política. A técnica recomenda não fazê-la, mas a política diz que deveremos estudá-la.

            Mesmo assim, dentro desses trechos da Bioceânica, há trechos importantes, como o que sai de Campinorte, chegando até Água Boa, ou chegando até Lucas do Rio Verde, e, na mesma linha, saindo de Sapezal e chegando a Porto Velho, que são ferrovias que serão implantadas e que têm carga, têm viabilidade econômica e técnica para serem feitas hoje.

            No futuro, Nilson, eu penso em um Mato Grosso, Roland Trentini, com uma ferrovia entrando pelo Oeste, chegando até Lucas do Rio Verde; uma ferrovia vindo de Porto Velho e chegando em Lucas; uma ferrovia que venha lá de Miritituba, passando por Sinop, sua cidade, ligando-a a Rondonópolis; e uma cruz, um x cruzando aquele imenso território, que pode fazer, lá, 100, 150 milhões, até 200 milhões de toneladas de grãos sozinho. E pode fazer porque tem território para isso, tem conhecimento, tem gente.

            O futuro, como disse aqui o Senador Cristovam, é incerto. Ele é incerto quando nós não sabemos aonde queremos ir, aonde vamos e como vamos, mas o futuro da infraestrutura e o futuro da educação são maravilhosos, eu não tenho dúvidas disso. É por isso que eu trabalho, é por isso que eu luto e é por isso que a classe política de Mato Grosso, hoje, está de parabéns, por vermos que, de todas as obras lançadas, oito obras são lançadas dentro do meu Estado, dentro da nossa região.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/06/2015 - Página 225