O SR. OMAR AZIZ (Bloco Maioria/PSD - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O Senador Zeze Perrella tem conhecimento, é uma pessoa que vive o futebol e pode contribuir muito, para que possamos esclarecer a população brasileira sobre o que está se passando e, realmente, dar uma ordenada nisso.

            Acho que ele coloca um negócio bastante grave, até porque é de conhecimento dos presidentes das federações que há uma investigação em curso, feita não só pelo Senado, com uma CPI a ser instalada, mas também pela Justiça, pela Polícia Federal e por outros órgãos internacionais. Acredito eu que aquele presidente que, realmente, preza pela sua história não deve participar disso, até porque não podemos colocar todos os presidentes aqui como se todos fossem iguais. Não são iguais.

            Fazemos um apelo para que eles tenham discernimento neste momento, para não se contaminar. O que nós brasileiros - não é o Senado Federal - queremos é transparência. São milhões e milhões de reais que estão sendo colocados. Da mesma forma como há órgãos do Governo que estão sendo investigados e já estão até retornando recursos para a Petrobras, o povo brasileiro, que é o telespectador primeiro, que é o torcedor primeiro, tem necessidade de saber onde estão esses recursos. Esses recursos não pertencem ao presidente da CBF - nem a esse, nem aos que passaram -, pertencem aos clubes, aos jogadores de futebol, e assim por diante.

            Então, Senador Zeze, sua colocação é muito pertinente. Se todos forem lá, numa assembleia, sem a presença dos clubes, que são aqueles que fazem o espetáculo maior, e tomarem uma decisão dessas, em um momento em que se está investigando; se derem um cavalo de pau e colocarem a carroça na frente dos bois, para que não se resolvam os problemas, achando que, com uma manobra dessas, vão resolver o problema, com a saída de A ou de Brasil, não. A saída dessas pessoas poderá ser até traumática para elas próprias, se não tomarem cuidado com o que estão fazendo neste momento.

            Então, essa é a minha colocação, para que esses presidentes de federações não compactuem com isso - neste momento em que o Brasil quer transparência -, fazendo uma reunião de porta fechada, tomando decisões para a organização do futebol, que é do Brasil. Não é de pessoas que estão ali momentaneamente.