Discurso durante a 89ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Encaminhamento de artigo de autoria do Senador José Serra, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, intitulado “Nenhum genocídio deve ser esquecido”.

Autor
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SP)
Nome completo: Aloysio Nunes Ferreira Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Encaminhamento de artigo de autoria do Senador José Serra, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, intitulado “Nenhum genocídio deve ser esquecido”.
Publicação
Publicação no DSF de 03/06/2015 - Página 679
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, AUTORIA, JOSE SERRA, SENADOR, ASSUNTO, NECESSIDADE, COMBATE, DISCRIMINAÇÃO, LEGISLAÇÃO ESPECIAL, REFERENCIA, GRUPO ETNICO, OBJETIVO, PREVENÇÃO, HIPOTESE, GENOCIDIO.

            O SR. ALOYSIO NUNES FERREIRA (Bloco Oposição/PSDB - SP. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, com a permissão do Líder Caiado, que estava inscrito pela Liderança, eu queria solicitar a V. Exª que determinasse que, nos Anais desta sessão, fosse inscrito um artigo de autoria do Senador José Serra, publicado na Folha de S.Paulo, do dia 24 de abril de 2009.

            O título do artigo é: “Nenhum genocídio deve ser esquecido”, que é exatamente aquilo que todos nós dissemos quando aprovamos esse requerimento, que, aliás, foi subscrito por mais de 50, Senadores; 55 Senadores e Senadoras.

            “Nenhum genocídio deve ser esquecido”, deve ser lembrado, as vítimas reverenciadas. Sobretudo, nos esforçarmos como pessoas que integram o gênero humano, para que isso não se repita, para que a política internacional seja efetivamente pautada pelo princípio do respeito aos direitos humanos, para que nenhum povo seja privado do seu lar nacional por guerras, por perseguições religiosas, perseguições étnicas.

            Esse foi o episódio que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, que vitimou milhares e milhares de armênios; mais de um milhão: 1,5 milhão de armênios.

            A Turquia, desde o tempo do Império Otomano, era um país multirracial, multiétnico - e ainda o é. Mas é preciso que a Turquia reconheça esse erro, esse crime que foi cometido no passado - mais do que um erro - e que possa estabelecer um diálogo produtivo com a Armênia de hoje, um diálogo que não pode ser travado com base no esquecimento, um diálogo que possa apontar para um futuro de cooperação, um futuro de bom entendimento entre esses dois países, mas que signifique também um compromisso com o respeito à vida, o respeito à diversidade e o compromisso de que isso nunca mais se repita.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/06/2015 - Página 679