Fala da Presidência durante a 94ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a homenagear o Sr. Luiz Henrique da Silveira, Senador da República, falecido no dia 10 de maio último, nos termos do Requerimento nº 499/2015.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a homenagear o Sr. Luiz Henrique da Silveira, Senador da República, falecido no dia 10 de maio último, nos termos do Requerimento nº 499/2015.
Publicação
Publicação no DSF de 12/06/2015 - Página 34
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA, EX SENADOR, ELOGIO, VIDA PUBLICA, ATUAÇÃO, POLITICA.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Eu quero cumprimentar o Carlos Adauto

Virmond Vieira, amigo do Senador Luiz Henrique pelas palavras. Ele falou aqui em nome da família.

    O Senador Luiz Henrique fez muitas homenagens aqui da tribuna em momentos especiais de despedida. E eu quero, tendo o privilégio de poder estar aqui presidindo esta sessão, na condição de 1º Vice-Pre- sidente, fazer referência a algo que era uma das paixões da vida dele que era sempre escrever, lembrar poe- sias, como homem da arte. Eu fico olhando aqui o Valdir, o Pavel, o Alexandre. Ainda agora a Dª Ivete falava de paixões do Senador Luiz Henrique. Existe um antigo provérbio africano que fala que quem quer ir rápido vai sozinho, quem quer ir longe vai com muitos. O Senador Luiz Henrique teve essa vida tão rica, porque sempre

procurou ir com muitos. Por isso, foi tão longe em tudo o que fez.

    Por último, agradecendo mais uma vez ao Governador Colombo, aos ex-Governadores - aqui são vários ex-Governadores -, ao Prefeito de Joinville e à família, eu quero tentar fazer algo em homenagem a ele. É um poema que fala da grandeza do mar:

A grandeza do mar

Você sabe por que o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso?

É porque teve a humildade de colocar-se a alguns centímetros abaixo de todos os rios.

Sabendo receber, tornou-se grande.

Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios, não seria mar, mas sim uma ilha.

Toda sua água iria para os outros e estaria isolado. A perda faz parte.

A queda faz parte. A morte faz parte.

É impossível vivermos satisfatoriamente.

Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer. É impossível ganhar sem saber perder.

É impossível andar sem saber cair.

É impossível acertar sem saber errar. É impossível viver sem saber morrer.

Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará. Porque o máximo que poderá acontecer a você, é cair, errar e perder. E isto você já sabe.

[E, no final, diz]:

Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade o ganho e a perda, o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte.

    Não tenho dúvida de que o Senador Luiz Henrique é uma das figuras mais importantes que passaram pela política brasileira.

    E, como era um apaixonado pela arte, pela cultura e pela música, como ensinava a todos nós o amor por sua família e também por essas artes todas, nós queríamos, antes de declarar encerrada a sessão, ouvir, atra- vés de uma apresentação voluntária do saxofonista da Aeronáutica Sargento Magnus, a apresentação de uma música que ele adorava e não se cansava de ouvir.

Por gentileza.

(Procede-se à execução musical.)

(Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Apoio Governo/PT - AC) - A Presidência agradece às autoridades, a D. Ivete, à família, aos amigos e a todos que nos honraram com sua presença.

Eu queria que nós déssemos mais uma salva de palmas à memória e à vida do Senador Luiz Henrique.

(Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/06/2015 - Página 34